Virada Cultural
A partir das 14h do dia 5 de novembro (sábado), 25 artistas plásticos e designers iniciam uma proposta inédita de intervenção urbana na Praça Tiradentes, no centro de Curitiba. Vinte e cinco portas estarão dispostas em círculo no meio da praça e a cada hora, até às 14h do dia seguinte (domingo), um artista entra em cena para utilizar uma delas como suporte para sua obra de arte. Os trabalhos serão depois leiloados pela Fundação de Ação Social e os recursos revertidos para os programas sociais da Prefeitura.
A proposta foi concebida em conjunto pela Coordenação de Artes Visuais da Fundação Cultural de Curitiba e pelo Coletivo de Artistas Mucha Tinta. A ideia também foi encampada pela Fundação de Ação Social, que está confeccionando as portas em sua marcenaria. No dia da Virada, as portas serão levadas para a Praça Tiradentes, pintadas pelos artistas e devolvidas à FAS para um leilão.
“A FAS está sempre pronta para colaborar com ações culturais, pois reconhece que um evento como esse é fundamental para promover a integração da cidade”, diz a presidente da Fundação de Ação Social, Marry Ducci. Para a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Roberta Storelli, “a proposta tem tudo a ver com o tema da Virada (Viva a Cultura da Paz), na medida em que concilia arte e solidariedade”.
De acordo com a produtora e coordenadora do Coletivo Mucha Tinta, Giusy de Luca, as portas estão sendo feitas de forma primorosa pelos artífices da Prefeitura. “Inicialmente havíamos pensado no uso de tapumes como suporte para as obras, mas depois optamos pelas portas por sua utilidade, o que garante que o trabalho artístico não se perca”, diz Giusy de Luca.
A coordenadora do Mucha Tinta destaca também o aspecto social agregado à proposta, o que valoriza ainda mais o empenho dos artistas que cederão gratuitamente os direitos sobre as obras. “Os artistas terão total liberdade para criar e utilizar técnicas diversas, produzindo suas pinturas sob o olhar do público da Virada”, afirma.
A intervenção reunirá artistas de Curitiba e dos estados de São Paulo Rio de Janeiro e Santa Catarina. A sequência das intervenções é a seguinte: Renato Faccini (14h), Celestino Dimas (15h), Rômolo (16h), Diogo César (17h), Guilherme Caldas (18h), Jorge Galvão (19h), Thiago Syen (20h), Mikimba (21h), Francisco Gusso (22h), Guilherme Santana (23h), Fernando Rosenbaum (00h), Olho Wodzynski (01h), David Heal (02h), Juliano Domingues (03h), DW Ribatski (04h), Bozo Krusty (05h), Eduardo Berbel (06h), Etiene Pellizari (07h), Fernando Franciosi (08h), Mariana Zarpellon (09h), Denise Kim (10h), Rimon Guimarães (11h), Thiago Mild (12h), Fred Freire (13h) e Café (14h).
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Palco no Museu Paranaense reúne
bandas na Virada Cultural
O Museu Paranaense, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC), vai receber uma programação especial durante a Virada Cultural de Curitiba. No dia 5 de novembro (sábado), um palco montado no jardim do local vai reunir bandas de diferentes estilos musicais durante sete horas ininterruptas. Das 12 às 17 horas o público poderá conferir apresentações de integrantes do projeto Ruído nas Ruínas. As bandas escaladas são Felix Bravo, Trombone de Frutas, Cosmonave, Trem Fantasma e Confraria da Costa. Em seguida, quem sobre ao palco é o projeto lítero-musical No Compasso do Tango. O público também terá a oportunidade de visitar as obras expostas no Museu Paranaense, que ficará aberto das 11 às 20 horas.
Felix Bravo – 12 horas
Duo formado pelos compositores João Felix e Bernardo Bravo. Suas músicas absorvem influências da música brasileira (erudita e popular) e de ritmos africanos. A produção é fundamentada em referências literárias. Acompanhados por um trio de afro-samba-jazz, apresentam “músicas para se ouvir em silêncio”.
Trombone de Frutas – 13 horas
Os músicos recriam e experimentam novos formatos para canções já conhecidas da MPB. A banda é composta de percussão, guitarra, baixo, bateria, violão, teclados e flauta.
Cosmonave – 14 horas
Tendo em sua formação os irmãos Yan (guitarra e voz) e Yuri Lemos (baixo e voz) e Ricardo Mianes (bateria), a Cosmonave venceu, em 2008, o Festival Garagem de Talentos. Nesse mesmo período gravaram o primeiro CD. Em 2009 participaram do projeto Open Studio – A Grande Garagem que Grava.
Trem Fantasma – 15 horas
Quarteto toca composições próprias inspiradas na psicodelia de 1967 e no peso dos anos 70. Procura não se prender a nenhum rótulo, abrangendo espontaneamente instrumentos e arranjos diferentes em cada música.
Confraria da Costa - 16 horas
A proposta do show é transportar a plateia para o convés de um navio onde é realizada uma verdadeira “esbórnia musical”. A banda se intitula como o “verdadeiro rock n´roll do século 16”. Na formação, os músicos Jan (violino), Marcello (guitarra e bandolim), Ivan (vocal, violão e flauta), Pantaleoni (baixo) e Abdul (bateria e voz).
No Compasso do Tango – 17 horas
O pianista Julio Enrique Gómez, a poetisa Roza de Oliveira, o cantor Milton Isack Fadel e o casal de dançarinos Angelo e Leo irão trazer um pouco da Argentina para a Virada Cultural. O grupo apresentada a origem do tango, desde o surgimento na periferia de Buenos Aires até o sucesso na Europa.
Serviço:
Virada Cultural
Museu Paranaense - Ruído nas Ruínas
Dia: 5 de novembro de 2011, a partir do meio-dia.
Endereço: Rua Kellers, 289 - São Francisco. Curitiba.
Entrada gratuita.