Somos livres ou prisioneiros da sociedade?
Pioneira no estilo literário "ficção puzzle", Simone Maryam levanta uma discussão filosófica sobre as ilusões da liberdade, o poder dos desejos e os limites da ganância humana no livro "Mãe Liberté"
O livro Mãe Liberté transporta os leitores para os conflitos de um Brasil escravocrata com o objetivo de refletir sobre um tema que, mesmo depois de séculos, permanece atual: a luta pela liberdade. Com um romance ambientado em um dos períodos mais violentos do país, Simone Maryam retrata ganâncias e maldades humanas que ainda hoje são aprisionadores sociais e de individualidade.
No enredo, as trajetórias de muitos personagens se cruzam e formam um panorama complexo da realidade de uma época atravessada por intensos preconceitos raciais, de gênero e classe. Entre os arcos que aparecem, há um senhor de engenho que nega as ideias do pai e quer se distanciar do sistema escravocrata; um homem branco que, na infância, foi abandonado pela família em Portugal e adotado por uma mãe negra; uma mulher escravizada com sonhos de alforriar a si e a suas companheiras; um jovem gay que precisa esconder os sentimentos para sobreviver à homofobia.