Sabemos de fato o que é biodiversidade?
A palavra está na boca do povo, mas a sustentação de políticas públicas voltadas à conservação não admite entendimentos enviesados

Foto Divulgação / Pixabay
Por Reuber Brandão*
As palavras biodiversidade e diversidade estão na boca do povo. Somos frequentemente confrontados com o uso desses termos na mídia, na política, nas conversas coloquiais, mas poucos realmente buscam saber qual é, de fato, a sua definição. Infelizmente, a informação rasa predomina e parece haver uma crença coletiva de que o entendimento dos conceitos será absorvido pela simples repetição dos termos. E isso é perigoso, pois acaba provocando entendimentos enviesados que levam ao empobrecimento da percepção do mundo ao nosso redor.
Se não compreendermos a diversidade de forma precisa e abrangente, a definição de políticas públicas eficientes para a sua proteção fica prejudicada, penalizando toda a sociedade. Proponho uma aproximação ao tema com base na Teoria da Informação. Se utilizarmos os chamados índices de informação para a leitura de um texto, por exemplo, poderemos entender a riqueza das letras presentes (lógica de organização) e a abundância na qual aparecem (forma como se repetem ao longo do texto). Conteúdos escritos com poucas letras acabam não trazendo informação, assim como aqueles em que as letras se repetem em demasia também não. Esses dois parâmetros (riqueza e abundância), importantes elementos da Teoria da Informação, são a base dos índices de diversidade e podem ser aplicados em uma enormidade de campos de pesquisa, desde a Informática até a Ecologia.