No Dia da Mentira, especialista alerta: divulgar notícia falsa é crime | ||
Conteúdo mentiroso que circula na internet deixou de ser inofensivo como as pegadinhas de 1º de Abril. No Brasil, produzir ou compartilhar fake news tem implicações legais | ||
O mundo é digital. As reuniões são online. Os encontros, virtuais. O trabalho, remoto. No século 21, as mentiras também deixaram de ser analógicas. As pegadinhas antes tradicionais em 1º de abril ganharam uma versão “moderna” com as fake news contadas instantaneamente pela web para milhões de pessoas, todos os dias. O problema é que elas não são inofensivas como as brincadeiras do Dia da Mentira. Quem faz o alerta é a doutora em Direito Penal pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Mariel Muraro, professora dos cursos de Direito e Criminologia do UNICURITIBA. Especialista em Criminologia Crítica, ela diz que, guardadas as devidas proporções, é possível dizer que as fake news são as mentiras da era digital. “O agravante é que elas têm uma amplitude maior pela facilidade de divulgação por meio das redes sociais e do compartilhamento.” Atualmente, três em cada quatro brasileiros têm acesso à internet, de acordo com o Centro Regional para o Desenvolvimento de Estudos sobre a Sociedade da Informação, um departamento do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) ligado ao Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br). Isso significa que 75% da população está exposta a notícias falsas e aos danos que elas podem causar. |