Co-produção de marcas é alternativa aos incentivos públicos e patrocínio para entretenimento
Produção associada simplifica acesso a financiamento e gera mais valor para empresas
Encontrar patrocinadores para o audiovisual não tem sido tarefa fácil para produtoras independentes. E isso não é só uma implicação da pandemia do coronavírus. Em 2019, o governo federal anunciou um corte de 43% do fundo para o setor, colocando barreiras para financiamento público e leis de incentivo. Ao mesmo tempo, marcas de diversos portes e segmentos nunca estiveram tão preocupadas em cruzar suas campanhas de marketing com entretenimento.
Diante deste cenário, segundo André Sobral, fundador e produtor da Abrolhos Filmes, a tendência é que produtoras busquem marcas, e vice-versa, para co-produção de filmes e séries, passando a serem também exibidoras de conteúdo. O formato é uma alternativa ao patrocínio e product placement. “Ao invés de apenas colocar uma verba e esperar seu nome aparecer nos créditos, as empresas participam mais ativamente das produções e envolvem-se no roteiro. O resultado é a geração de valor muito mais significativo para seus produtos e audiência”, afirma.