O MECANISMO EXISTE OU É SOMENTE UM SERIADO DA NETFLIX?
A série optou por começar em 2003, com o escândalo do Banestado, no Paraná.
E no início, é tudo preto no branco: os policiais federais são os heróis absolutos. Os bandidos, uma gangue caricata que acaba escapando pelos dedos dos mocinhos graças à burocracia e a má vontade do Ministério Público (que passa a série toda sofrendo uma crítica velada).
Gerson / Ruffo O delegado Gerson Machado é uma das figuras menos famosas da vida real a inspirar a série. Investigou Alberto Youssef (mais sobre ele abaixo) no Banestado, mas se aposentou antes da Lava Jato começar – e ficou deprimido. Já a maluquice de Marco Ruffo (e sua voz sussurada) são contribuições exclusivas de Selton Mello à ficção.
Verena / Erika A delegada Erika Mareno, a inspiração por trás da protagonista Verena, recebeu o crédito por nomear a Operação Lava-Jato, da qual participou de 2013 a 2016. Depois de sair da força-tarefa, ela se envolveu em uma polêmica ao investigar o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, que cometeu suicídio. Essa semana foi empossada como superintendente da PF em Sergipe.
Juiz Paulo Rigo / Sérgio Moro Moro é um dos heróis da série, naturalmente. Seu personagem é metódico, sereno e apaixonado pela Justiça. Mas não se trata de um arquétipo da perfeição: os últimos episódios revelam um Moro embriagado pela fama, que adota uma nova assinatura para dar autógrafos mais marcantes e regozija-se com os panelaços – que não são tratados pelo roteiro como manifestação de indignação justa, mas de ingenuidade dos eleitores que tinham votado em Aécio – quer dizer, em Lúcio.
Esses são os principais personagens da vida real, ou melhor, do seriado em questão, mas o melhor mesmo é ver para crer, pois os bastidores são piores ou dependendo do ponto de vista, melhores vistos com atenção.
Cômico ou não, na realidade ou na ficção, a operação Lava Jato, ainda em trâmite, está a condenar os “incondenáveis” políticos de colarinho branco!
E assim segue o baile para as Eleições de 2018.!