Para contratos de até 90 dias, por exemplo, a diária do Real Plaza Flat Residence será de R$ 72,75 para duas pessoas, já incluídos os valores de condomínio, luz, gás, serviços de internet e TV à cabo, além de limpeza diária, troca de roupa de cama e portaria 24 horas. De acordo com o presidente da Comissão de Representantes do edifício, trata-se de uma nova modalidade no mercado. "A base de cálculo é uma tabela progressiva, ou seja, o valor diminui de acordo com o tempo de locação. Outro fator que reflete no preço é a locação sendo contratada diretamente com a administração do edifício, através do "pool" dos proprietários, o que não gera custo de terceiros", explica Luiz Gonzaga Bettega Sperandio.
Cada unidade tem 44 metros quadrados internos, com sacada, cozinha, lavanderia, quarto e sala que pode ser dividida em dois cômodos, constituindo um segundo quarto. Todos os apartamentos possuem decoração e móveis padronizados, enxoval completo e jogos de louças e talheres. "O tamanho do apartamento é maior do que os flats de hoje, que tem aproximadamente 33 metros quadros, o que oferece mais conforto para longas estadias", diz Sperandio. Em 2011, o projeto do prédio passou por modernizações, visando atualizar sua forma de utilização, e atualmente conta também com restaurante, academia, piscina, sala de convivência, garagem e área comercial.
A nova modalidade de flat residence do Real Plaza foi definida em assembleia geral, em 2013, sendo aceita por 56% dos proprietários das 195 unidades. Segundo o presidente da comissão dos donos dos imóveis, hoje esse percentual chega a 82%. "As demais unidades serão usadas pelos proprietários, somente para moradia própria, dos filhos ou de parentes de segundo grau, conforme prevê a convenção", esclarece.
História
A construção do edifício com 39 andares e 112 metros de altura começou em 1984. No entanto, já em 1988, a obra foi paralisada com o pedido de falência da construtora HD. A empresa Construerg Construções e Empreendimentos Ltda - construtora para quem a HD passou os imóveis na época - tentou dar continuidade, mas não cumpriu financeiramente com as suas responsabilidades para o prosseguimento da construção.
Posteriormente, os proprietários numa reunião de esforços retomaram as obras, mas tiveram que parar em 1994, em razão da Construerg, que era detentora de muitas unidades, não contribuir para o seu avanço. Na justiça, os proprietários dos imóveis conseguiram levar a leilão as unidades pertencentes à Construerg em 2008 e 2009. O capital das vendas viabilizou, a partir de 2011, a conclusão da obra. A entrega das chaves aos proprietários está acontecendo somente agora em 2014, 30 anos após o início da construção, devido às suspensões, processos judiciais e até invasão de sem-teto.
"Devido a todos esses entraves, surgiram boatos de que o prédio era torto e oferecia riscos, mas isso nunca foi verdade. Os laudos técnicos da época e os laudos da modernização de 2011 comprovam que o prédio é bem sólido e não apresenta nenhum problema técnico, inclusive sendo superdimensionado para os padrões atuais", garante Sperandio.
Quando começou a ser construído, o prédio seria o mais alto de Curitiba, hoje não é mais. Tem um edifício no cruzamento das ruas Comendador Araújo e Visconde do Rio Branco mais alto, além de outros em construção. "Agora, o novo desafio para os proprietários é tornar o prédio rentável com o sistema de locação na forma residence, recuperando a região e seu entorno e oferecendo a cidade mais uma forma de moradia por locação temporária", finaliza o presidente da Comissão de Representantes do Real Plaza.
Serviço:
REAL PLAZA FLAT RESIDENCE
Rua José de Alencar, 20 - Cristo Rei
(No Viaduto Capanema, na esquina com a Rua Presidente Affonso Camargo)