Contaminações entre população e bancários devem aumentar com novas etapas de pagamento centralizado do auxílio emergencial
Alerta é da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), que aponta descentralização do pagamento do benefício e realização de ampla campanha informativa como medidas imprescindíveis para solução definitiva de filas e aglomerações em agências
Brasilia — Com um atraso de mais de duas semanas, o governo federal promete divulgar, “nos próximos dias”, o calendário de pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 para, pelo menos, 50 milhões de beneficiários que receberam a primeira parte do benefício. Outras 17 milhões de pessoas aguardam a conclusão da análise de solicitação do auxílio, que ainda poderá ser estendido a mais categorias profissionais, como motoristas de aplicativos, caminhoneiros, garçons e agricultores (abrangidos pelo Projeto de Lei 873/2020, aprovado no último dia 22). Com o pagamento do benefício mantido centralizado na Caixa Econômica e o aumento previsto da quantidade de beneficiários — que, segundo o próprio governo, pode chegar a 100 milhões de pessoas — a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) alerta para a provável intensificação de filas e aglomerações em agências do banco e o consequente aumento do risco de contaminação pela Covid-19 tanto da população quanto dos cerca de 50 mil bancários à frente do atendimento à sociedade.