INVERNO
Pedro Lichtnow
Eu abrigo invernos calorosos
Folhas caídas ao chão de solidões
Ventos severos atravessam em mim
Recortam e reúnem camas soldadas
Em noites de estrelas incendiárias
INVERNO
Pedro Lichtnow
Eu abrigo invernos calorosos
Folhas caídas ao chão de solidões
Ventos severos atravessam em mim
Recortam e reúnem camas soldadas
Em noites de estrelas incendiárias
Cândido
Auspicioso, Cândido
Com ladrilhos brancos
Pedras pueris
Lastros nas calçadas livres
Em meio aos carros e turbantes
vivos
Por janelas e frestas
Olhares rápidos e desconfiados
Eu caminho por passos abertos
Por gente sincera e homens
oprimidos
Pedro Lichtnow |
Quem é Pedro Lichtnow?
Paranaense radicado em Curitiba, Pedro Lichtnow é jornalista, escritor e palestrante existencialista. Atua há mais de 20 anos nas áreas de jornalismo e assessoria de imprensa. Tem formações em Comunicação Social/Jornalismo e especializações em Comunicação Política/Imagem (UFPR) e em Marketing Estratégico (FGV).
Também tem formações em Inteligência Emocional, Neurociência, Programação Neurolinguística, Física Quântica, Análise Comportamental, Coach de Vida e Conscienciologia. No momento, está concluindo as formações em neuropsicanálise e logoterapia.
É autor dos livros Catarse e Quem sou eu? Também é coautor do Livro Rodovias - Caminhos Entre Culturas. Ainda em 2023, vai lançar o romance SOM DA SACADA -Memórias de uma guerra invisível, sobre a história da pandemia ainda em curso.
Poemas Urbanos |
A MINHA PARIS
Curitiba é minha Paris
Minha solidão sensata
Aos passos moribundos
De céus escuros e lastros
Do tempo dos ladrilhos frios
De noites geladas
Dos cabarés escuros
Das mulheres de cetim
De sinais vermelhos, serenos
Ao Sena e às neblinas do palácio
À XV vívida na retina
Às câmeras da madrugada
Ao som de passadas pesadas
O passado nunca se vai
Ele permanece no canto calado, quieto e vivo
Sem som ou vícios
Com cortinas e fumaças,
Artistas, verdades e mentiras
Ilusões perdidas
Esperanças ávidas
Curitiba de alma, prazeres, carnes
Cobiças
Suspeitas e armadilhas
De saias alongadas, quantas feridas...
Curitiba, minha Paris
Minha menina
Divã, santa e blasfêmia
Com dias fechados e céu nublado
Em outonos estranhos e verões passageiros
AFINAL, QUEM SOMOS?
Uma das perguntas mais simples e complexas, ao mesmo tempo, de responder no mundo, é quando alguém lhe questiona: "Quem é você?" Normalmente, falamos sobre a nossa profissão, origens e preferências.
Reconhecer quem somos tem a ver com identidade e a identidade não é algo fixo, mas uma construção contínua, ao longo da vida.