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segunda-feira, 16 de março de 2015

“Let's just kiss and say goodbye”

E se o teatro acabar hoje?


Essa é a provocação da diretora Elisa Ohtake, contestadora por natureza, ao apresentar “Let's just kiss and say goodbye” no Festival de Teatro de Curitiba

A diretora teatral Elisa Ohtake traz sua vitalidade, coragem e ousadia pela primeira vez para o Festival de Teatro de Curitiba neste ano. O performático, provocativo e reflexivo espetáculo “Let's just kiss and say goodbye” faz parte da Mostra da 24a edição do Festival. O trabalho é resultado da formação de Elisa em teatro e dança, dos mergulhos pela Filosofia e Comunicação e de casa. Elisa tem uma árvore genealógica com nomes de fácil reconhecimento: a mãe atriz Célia Helena, o pai arquiteto Ruy Ohtake, a irmã atriz Ligia Cortez e a avó artista plástica Tomie Ohtake, que morreu recentemente aos 101 anos.

Elisa pisou cedo nos palcos, aos sete anos. “Comecei criança, pois minha mãe e minha irmã abriram uma escola de teatro em São Paulo”. Agora, aos 35 anos, dirige, ilumina e faz o cenário para que outros atores – escolhidos a dedo por ela – possam interpretar uma cena como se fosse a última vez que pisam no palco. A ideia da temática de “Let's just kiss and say goodbye” veio a partir de percepções de realidade: “No momento me interessa estudar a vitalidade radicalmente, na vizinhança com a dor, a morte, o risco, a festa. É um desafio político num mundo cada vez mais capitalista que cultua a excitação incessante como padrão de percepção, de ação”, revela. 

Seu processo criativo revela a discrição que herdou da mãe e o vanguardismo, legado da avó. “Crio a maior parte da peça sozinha, antes dos ensaios começarem. Mas o encontro com os atores é decisivo e acabo de criar com eles, numa escuta muito atenta para o jeito de ser de cada um, suas idiossincrasias e seus desejos mais urgentes e profundos”. É esta mistura que a diretora nos evidencia em seu trabalho. 

O “Let's just kiss and say goodbye” foi apresentado em São Paulo antes de vir a Curitiba e o entendimento do público segundo Elisa, tem sido “muito bom para pessoas que prezam concepções de teatro abertas, explodidas, performáticas, bem como novos jeitos de se pensar a dramaturgia”.

Elisa anda ocupada. Seu espetáculo "Tira Meu Folego" ganhou o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Artes de melhor espetáculo de dança em dezembro de 2014 e o grupo está circulando pelo país. Além disso, o ator Pedro Granato a convidou para dirigir um monólogo. “Aceitei na hora, pois adoro e admiro o Pedro”, conta.

O 24º. Festival de Teatro de Curitiba é apresentado pelo Banco Itaú e Tradener e tem patrocínio da Renault do Brasil, Petrobras, Copel, Fundação Cultural de Curitiba/Prefeitura de Curitiba e UEG Araucária, além do apoio da Itaipu Binacional.

A venda dos ingressos está disponível pela internet (www.festivaldecuritiba.com.br) e nas bilheterias oficiais do evento, instaladas no ParkShoppingBarigüi, Shopping Mueller e Palladium Shopping Center. Os ingressos para os espetáculos da Mostra custam R$ 70,00 e R$ 60,00 (inteira) e R$ 35,00 e R$ 30,00 (meia-entrada). Os valores maiores são para os espetáculos em cartaz nos teatros Guaíra, Guairinha, Positivo e Bom Jesus, que têm custos de bilhetagem superiores aos demais.


SERVIÇO:
“Let's just kiss and say goodbye”
31 de março e 1 de abril
Teatro Bom Jesus

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

News da Hora


Prêmio IMPAR Curitiba\ APAMT – Associação Paranaense de Medicina do Trabalho, II Congresso Paranaense de Medicina \  VII Festival de Cinema da Lapa \inscrições para o prêmio Ozires Silva de Empreendedorismo Sustentável

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Festival de Cinema Judaico 2014

4º Festival de Cinema Judaico de Curitiba

 11 e 16 de novembro, a Comunidade Israelita do Paraná e a B´nai B´rith Paraná promovem o 4º Festival de Cinema Judaico de Curitiba PR
          


  Entre os dias 11 e 16 de novembro, a Comunidade Israelita do Paraná e a B´nai B´rith Paraná promovem o 4º Festival de Cinema Judaico de Curitiba. Será no Cineplex Batel, do Shopping Novo Batel. Serão oito sessões de filmes nacionais e internacionais que tem como pano de fundo a cultura judaica.
            A estreia traz o filme Blumenthal, uma comédia ácida que narra conflitos familiares atuais após a morte de um escritor egocêntrico. Para quem gosta do cinema mais experimental e estudantil, serão exibidos curtas-metragens da prestigiada faculdade Sam Spiegel, a mais importante formadora de cineastas de Israel. O belíssimo documentário Dançando em Jaffa mostra ao mundo um incrível projeto de dança entre crianças israelenses e palestinas. O também documentário Estamos Aqui, Danken Got, das diretoras curitibanas Cintia Chamecki e Andrea Lerner, conta a história da imigração judaica ao Paraná.
A questão do abuso sexual é trazida pelo festival através do documentário Brave Miss World que conta uma das histórias mais chocantes, e ainda assim pouco conhecida, da Miss Universo que sofreu abuso sexual semanas antes da premiação e hoje luta pelo direito das mulheres. Acima e Além conta a história do grupo de jovens que lutou fortemente após a criação de Israel contra as forças inimigas e acabou formando o que viria a ser a fortíssima Força Aérea Israelense; O Cardeal Judeu mostra outra história pouco conhecida de como um homem que foi forçado a se converter ao cristianismo para sobreviver na Segunda Guerra acabou quase se tornando papa. E, por fim, o evento fecha com o emocionante relato de como o senhor Julio Gartner, hoje residente em São Paulo, conseguiu manter-se vivo durante o Holocausto. A sessão de Sobrevivi ao Holocausto contará com a presença de Gartner e do diretor do filme, o paulistano Marcio Pitliuk.
            Os ingressos custam R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia). Informações: (41) 3538-6272.

Dia 11/11, terça-feira:
20h30 - Blumenthal
EUA, 2013, 96 min., Ficção
Direção | Seth Fisher
Elenco | Seth Fisher, Brian Cox
Sinopse | Celebrado dramaturgo, Harold Blumenthal faleceu de uma parada cardíaca enquanto ria de sua própria piada. Agora, seu distante e ciumento irmão, Saul, deve enfrentar seus fantasmas pessoais. Enquanto isso, a esposa de Saul, Cheryl, e seu filho Ethan, devem lidar com seus próprios obstáculos pessoais através de um conjunto de circunstâncias tão improváveis e irônicas que poderiam ter sido tiradas de uma das peças de Harold.

Dia 12/11, quarta-feira:
16h – Seleção de Curtas-Metragens da Sam Spiegel Film & Television School
Israel, Vários, 120 min.
Direção | Vários
Elenco | Vários
Sinopse | Tida como a melhor faculdade de cinema de Israel, a tradicional Sam Spiegel School fez uma seleção dos filmes produzidos por seus alunos que foram melhor recebidos pelo público mundial. Conflitos familiares, tensões geográficas, inquietudes humanas, discussões sociais são alguns dos temas debatidos através da sensibilidade imagética desenvolvida pelos graduados na Sam Spiegel.

20h – Dançando em Jaffa
Israel/ EUA, 2013, 87 min, Documentário
Direção | Hilla Medalia
Sinopse | Pierre Dulaine cumpre um sonho ao longo da vida e leva o seu programa de aulas de dança à sua cidade natal, Jaffa. Ensina crianças israelenses, judeus e palestinos, a dançar juntos e a respeitar uns aos outros. O filme explora as complexas histórias de três crianças, que são forçadas a confrontar questões de identidade, segregação e preconceito racial, enquanto dançam com seu inimigo. Pierre transforma suas vidas ao longo de quatro meses, o que confirma a sua convicção de que a dança pode preencher o ódio e fornecer os primeiros passos para uma mudança real.

Melhor Documentário - Randam Festival 2014

Dia 13/11, quinta-feira:
16h – Estamos Aqui, Danken Got
Brasil, 2012, 84 min., Documentário
Direção | Cintia Chamecki, Andrea Lerner
Sinopse | "Estamos Aqui" conta, por meio de dezenas de entrevistas, a história da imigração judaica do leste europeu para o Brasil, especialmente para Curitiba. São testemunhais de imigrantes e de seus filhos, que abordam passagens entre 1889 a 1970. O filme trata da vida precedente na Europa, da vinda para a América, com seus mistérios e desafios, do encontro e da convivência com os brasileiros e outros imigrantes, da solidariedade e das diferenças, e dos pioneiros que acolheram os demais. Relata-se também como enfrentaram a Segunda Guerra Mundial, sem notícias da família e dos amigos que ficaram na Europa, além do luto pelos que foram dizimados e das comemorações pelo final da guerra. E, finalmente, de como se deu a incorporação à cultura brasileira, sem perder-se o senso de comunidade judaica, tanto na primeira quanto na segunda geração de imigrantes.

20h – Brave Miss World
Estados Unidos, 2013, 92 min, Documentário
Direção| Cecilia Peck
Sinopse| Em outubro de 1998, a então adolescente Linor Abigail foi brutalmente esfaqueada e estuprada enquanto trabalhava como modelo em Milão, na Itália. Semanas depois, ela seria coroada Miss Universo, a primeira Israelense a receber tal título. Durante cinco anos, a diretora Cecilia Peck acompanhou Linor na missão de confrontar o seu passado e quebrar o silêncio e vergonha entre sobreviventes de abuso sexual como Linor. De Hollywood até um centro para vítimas de estupro em universidades americanas, passando por vítimas em cidades menores na África do Sul, Linor se tornou uma ativista global pelos direitos de vítimas de abuso sexual enquanto lidava com sua própria dor e com o medo de saber da possibilidade de seu estuprador ser solto pela justiça. Uma inspiradora história sobre um grave problema sofrido nos quatro cantos do mundo, contada sob a música do famosíssimo compositor Hans Zimmer.

Dia 14/11, sexta-feira:
16h – Acima e Além
EUA/Reino Unido/Israel, 2014, 87 min, Documentário
Direçã|            Roberta Grossman
Sinopse| Em 1948, um grupo de pilotos da II Guerra Mundial voluntariou-se para lutar por Israel na Guerra da Independência. Como membros do “Machal” – voluntários do exterior – estes rapazes não apenas viraram o jogo, prevenindo a possível aniquilação de Israel no próprio momento de sua criação, mas também criaram a base para a criação da Força Aérea Israelense. Acima e Além é a história deles.

Dia 15/11, sábado:
21h – O Cardeal Judeu
França, 2012, 90 min, Ficção
Direção | Ilan Duran Cohen
Elenco | Laurent Lucas, Aurelien Recoing, Audrey Dana
Sinopse | O filme conta a história de Jean-Marie Lustiger, filho de judeus poloneses, que manteve sua identidade judaica mesmo depois de se converter ao catolicismo e ingressar no sacerdócio. Chegou a ser nomeado Arcebispo de Paris e tornou-se confidente do Papa João Paulo II. Um drama verídico sobre a fé e a identidade.
Prêmio de Público – Boston Jewish Film Festival 2013
Grande Prêmio - Festival de Luchon 2013

Dia 16/11, domingo:
16h – Sobrevivi ao Holocausto
Brasil, 2014, 90 min, Documentário
Direção | Caio Cobra e Marcio Pitliuk
Sinopse | Julio Gartner é testemunha ocular do Holocausto. Sua história pessoal, entre 1939 e 1945, confunde-se com o maior crime já cometido pela humanidade, o assassinato de seis milhões de judeus de forma planejada e industrial.
O documentário acompanha este sobrevivente do Holocausto, que mostra pessoalmente o que viveu antes, durante e depois da tragédia. Durante mais de três semanas, a equipe filmou os locais onde tudo aconteceu. Sempre acompanhados de Julio Gartner e de Marina Kagan, uma brasileira tão jovem quanto o Julio que viu o fim da guerra, recém-libertado dos campos de trabalhos forçados. Marina estabelece o encontro do passado com o presente.
Uma superprodução brasileira e um dos mais complexos documentários já feitos no Brasil. Filmado em mais de 15 cidades da Polônia, Áustria, Itália, França e Brasil. “Sobrevivi ao Holocausto” é um documento da afirmação da vida, um legado inesquecível e uma história inacreditável.

Com a presença do diretor Marcio Pitliuk e do sobrevivente Julio Gartner.