Se a rotina de Caio Horowicz tivesse uma trilha sonora, a música “Um Dia Útil”, de Maurício Pereira, certamente estaria na playlist. Entre ensaios, palcos, câmeras e aulas, ele vive a intensidade de quem escolheu a arte como ofício – um misto de fé e neura, tesão e fantasia, brilho e incerteza. Ator, diretor e pedagogo, seus trabalhos transitam entre teatro, cinema e streaming. Quando não está mergulhado nesse turbilhão criativo, encontra outros jeitos de desafiar o corpo e a mente: escaladas, aventuras ou tocando violão. Agora, soma ao currículo um feito importante: faz parte do elenco de AINDA ESTOU AQUI, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional. Recentemente, no dia 27 de março, estreou A BATALHA DA RUA MARIA ANTÔNIA, de Vera Egito, e Caio pode ser visto no cinema em diversas cidades brasileiras. Filmado em 21 planos-sequência, o longa recria um dos confrontos mais marcantes da resistência estudantil contra a ditadura militar no Brasil. Caio dá vida a um dos jovens no embate entre estudantes da USP e do Mackenzie em outubro de 1968. Formado em Artes Cênicas com habilitação em Direção Teatral pela ECA/USP e em atuação pela Escola de Arte Dramática (EAD/USP), Caio entrou para a lista da Forbes Under 30 em 2022, na categoria Artes Dramáticas. |
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Caio Horowicz no set de ‘Ainda Estou Aqui’ |
Desde sua estreia no cinema com CALIFORNIA, de Marina Person – que lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Festival do Rio –, acumulou trabalhos em filmes como ZÉ, MÚSICA PARA MORRER DE AMOR e HEBE - A ESTRELA DO BRASIL. No streaming, está em BOCA A BOCA, LOV3, DA PONTE PRA LÁ e 5X COMÉDIA, e já foi indicado a prêmios como o Prêmio Contigo! de TV e o Prêmio F5. Nos palcos, Caio esteve em cartaz com A BANDA ÉPICA DAS NOITES GERAIS, ao lado da Companhia do Latão. No espetáculo, uma banda de rock alternativo se vê presa no interior de Minas Gerais após um contratempo na turnê e precisa lidar com personagens que revelam camadas profundas da história e da identidade do país. No fim do dia, entre a euforia de um palco iluminado e o silêncio de um quarto escuro, ele mais uma vez se encontra nos versos de “Um Dia Útil”, de Maurício Pereira. A cabeça não desliga, entre a adrenalina da arte e a calmaria de voltar para casa. Mas é desse turbilhão que ele tira sustança para seguir criando, brilhando, experimentando. E amanhã é mais um grande dia – comum, intenso, imprevisível, como só a vida de um artista pode ser. |
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