sexta-feira, 7 de março de 2025

 

Sob as luzes do Ártico, três mulheres reinventam seus caminhos

No Dia Internacional da Mulher, essas histórias reforçam que recomeçar é sempre possível e que, por vezes, um novo caminho surge ao olhar para o céu





Para muitas dessas mulheres, a realização do sonho de ver a aurora boreal é algo que transcende a simples aventura. É a chance de conectar-se com a natureza, superar desafios pessoais e, ao mesmo tempo, encontrar uma rede de apoio e companheirismo.


Em um mundo onde caminhos previsíveis parecem ser a regra, algumas pessoas encontram coragem para reescrever suas histórias. Três mulheres brasileiras tiveram suas vidas transformadas após testemunharem a aurora boreal. Mais do que um fenômeno celeste, as luzes do ártico iluminaram novas possibilidades e despertaram a força necessária para uma mudança de rumo.

Juliana Marques: Do consultório para a liberdade nômade

Juliana Carolina Marques sempre demonstrou interesse pela complexidade das emoções humanas. Como psicóloga especializada no tratamento da dor, dedicou anos ao acompanhamento de pacientes. No entanto, ao viajar para a Islândia em 2022, vivenciou uma experiência que redefiniu sua própria jornada.

A experiência de presenciar a aurora boreal trouxe uma nova perspectiva sobre a vida. O impacto foi tão significativo que a decisão de abandonar o consultório físico e se tornar nômade digital veio naturalmente. Atualmente, atende pacientes de diferentes partes do mundo enquanto segue explorando novos destinos e buscando novas auroras.

Lucimara Cabral: Do mundo corporativo ao ártico

Por duas décadas, Lucimara Cabral atuou no mundo corporativo como gerente de contas em uma multinacional. Durante anos, seguiu uma rotina estruturada, até que, aos 48 anos, decidiu se reinventar. Após visitar 40 países em uma jornada de autodescoberta, percebeu que seu verdadeiro lugar não estava em um escritório.

A participação em uma expedição para ver a aurora boreal despertou um antigo desejo: trabalhar com turismo. A conexão com o fenômeno celeste marcou um ponto de virada e levou à decisão de se tornar tour leader. Hoje, já guiou viajantes em 13 viagens para o ártico, proporcionando a outras pessoas a chance de vivenciar essa experiência transformadora.

Juliana Moura: Quando o sonho vira trabalho

Desde a infância, Juliana Moura demonstrava fascínio pelo céu. O sonho de ver a aurora boreal a levou à Finlândia em 2012, onde teve seu primeiro encontro com as luzes do norte. O impacto dessa experiência a motivou a retornar ao ártico diversas vezes ao longo dos anos.

A trajetória tomou um novo rumo em 2022, quando surgiu o convite para liderar expedições em busca da aurora. Atualmente, com 19 viagens guiadas por ela em destinos como Lapônia, Islândia e Alasca, alia paixão e profissão ao compartilhar essa experiência com outros viajantes.

O papel das mulheres nas expedições para a aurora boreal

Marco Brotto, que já realizou mais de 160 expedições com 100% de visualização da aurora boreal, destaca o papel fundamental das mulheres em suas viagens.

"As mulheres constituem a maior parte do meu público. Minha equipe e eu nos dedicamos a oferecer a melhor infraestrutura e conforto, para que elas possam vivenciar uma aventura segura e inesquecível", afirma Marco.

Para muitas dessas mulheres, a realização do sonho de ver a aurora boreal é algo que transcende a simples aventura. É a chance de conectar-se com a natureza, superar desafios pessoais e, ao mesmo tempo, encontrar uma rede de apoio e companheirismo.

Para essas três mulheres, a aurora boreal representou mais do que um espetáculo natural. Foi um marco de transformação e renovação. No Dia Internacional da Mulher, essas histórias reforçam que recomeçar é sempre possível e que, por vezes, um novo caminho surge ao olhar para o céu.



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