A atuação de Rodrigo Mercadante como Mário de Andrade, nos oferece uma interpretação rica e multifacetada do escritor. Mário de Andrade é performado por um ator que vive intensamente esse personagem, interpretando-o durante anos, em espetáculos diversos. E agora trás à tela, com intensidade e sutileza, um Mário de Andrade com uma complexidade jamais exposta.
ELENCO
Rodrigo Mercadante, é ator, diretor de teatro e músico. Formado pela Escola de Arte Dramática (EAD-ECA-USP) e pela Universidade Livre de Música (ULM). Trabalha há 30 anos com o movimento de teatro de grupo em SP. Trabalhou com Antunes Filho e Ilo Krugli. É um dos fundadores da Cia. Do Tijolo, coletivo de artistas, que há 18 anos, possuem um trabalho de criação em espetáculos musicais.
Em 2011 recebeu o prêmio FEMSA de melhor ator, por O Mistério do Fundo do Pote ou como Nasceu a Fome. Concorreu ao prêmio Shell de melhor direção (2014) com Cantata para um Bastidor de Utopias e ao prêmio Governador do Estado (2017) pelo espetáculo O Avesso do Claustro.
Nos últimos 26 anos, Rodrigo vem dando corpo à figura de Mário de Andrade, desde “A Farsa da Amante Mal Amada” (1998). Foram ainda 8 trabalhos no teatro, na música, na performance, e no áudio visual com: “Mario 110/SP450” (2003); “Barafonda” (2011); e no show musical no aniversário de São Paulo em 2018.
Dora Freind, 25 anos, é atriz, performer e dramaturga do Rio de Janeiro. Formada em artes cênicas pela UNIRIO, Dora trabalha desde os 15 anos. Iniciou sua carreira no filme “Mate-me por favor” (2015) de Anita Rocha da Silveira que estreou no festival de Veneza. No festival, Dora foi premiada como atriz. Repetiu a parceria com Anita no filme “Medusa” (2021). No filme “As Polacas” de João Jardim, teve sua estreia no Festival do Rio de 2023. Dora foi premiada como atriz coadjuvante no festival de Punta Del Este. Na televisão, trabalhou como atriz em novelas como Amor de Mãe (2020) de Zé Villamarim e no streaming fez sua estreia na Netflix com a série “De volta aos 15” (2023).
No filme “Mário de Andrade, o turista aprendiz” (2024) de Murilo Salles, Dora encarou o desafio de viver Dolur/Dulce, a filha de Tarsila do Amaral. “Estudar cada gesto dela e descobrir a personagem não só pelo corpo, mas também pela arte, pela tinta, pelas texturas, pela cor, foi uma experiência intraduzível. O Turista Aprendiz é um filme que permitiu que cada ator fosse também artista criador. Num processo singular em que o roteiro apontava caminhos, mas não dava respostas, havia espaço para a atriz exercitar ideias, instintos e sua criatividade.
Murilo Salles não parecia se preocupar em tirar de nós acertos, de trilhar um caminho em linha reta. Ele nos provocava com pistas e imagens, incentivando sempre o risco cênico. Para mim, diz Dora, “Mário de Andrade, o turista aprendiz” é um filme sensorial, tanto em processo quanto em resultado. É um mergulho num rio escuro sem bússola nem direção. O que fica é uma sensação selvagem e muito sabor.”
Dora de Assis é atriz, dramaturga, autora e artista visual. Seus dois livros, “Poesia Rouca” (2020) e “Lagartixa Sem Rabo” (2024) foram publicados pela Editora Philos. Trabalha como atriz há onze anos, com sua estreia no cinema também no filme “Mate-me Por Favor” (2015) de Anitta Rocha da Silveira. Seus últimos trabalhos no cinema foram como Sandra Pêra em “Homem com H” de Esmir Filho e como Daniela em “Adeus, Verão!” de Diego de Jesus. Na televisão, foi uma das protagonistas de “Malhação: Toda Forma de amar” (2019-2020). É formada em Artes Visuais pela UERJ (2021) e estudante de Licenciatura em Artes Cênicas pelo Célia Helena. Nos palcos, assina a coautoria do espetáculo “FELICIDADE À VENDA” (2024) dirigido por Natasha Corbelino, no qual está em cena como atriz, junto de seus pais, Lucília de Assis e Alexandre Dacosta. Autora e atriz da peça “ponto ZER0” (2023-2024) dirigida por Débora Lamm. Esse ano estreia como Margarida Guedes Penteado, a Mag, uma das protagonistas no longa “Mário de Andrade, O Turista Aprendiz” de Murilo Salles.
Lorena da Silva - Lorena é atriz, diretora, professora e autora. Mestra em Artes Visuais pela PPGAV/UFRJ e Paris VIII. Tem uma carreira entre o Brasil e a França. Atuou em mais de 50 peças de teatro entre autores clássicos e contemporâneos. Na França, por seus trabalhos como protagonista das peças de Nelson Rodrigues com direção de Alain Olivier recebeu indicações de prêmios pela sua atuação em "Anjo Negro" e "Toda nudez será castigada " No cinema atuou em curtas e longas como Sonhos Roubados de Sandra Werneck, Romance de Geração de David França Mendes, Baixo Gávea de Haroldo Marinho Barbosa entre outros.
É Co-fundadora da L'acte, produziu alguns de seus espetáculos e eventos entre europeus e brasileiros. No filme Lorena é Dona Olivia Guedes Penteado.
Zahy Guajajara – performance - Zahy Guajajara é uma mulher indígena, multiartista, nascida na aldeia Colônia, na reserva indígena Cana Brava, no Maranhão. Filha da pajé Elzira, e de Seu Quinca, mestiço. Do povo Tenetehara-Guajajara, tem o Ze’eng eté, dialeto do tronco tupi-guarani, como sua primeira língua. Em 2010, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde tornou-se atriz e ativista. Na cidade, ela foi uma das líderes da aldeia Maracanã, ocupada de 2006 a 2013 por indígenas que reivindicavam a revitalização e o reconhecimento histórico do prédio onde havia sido o Museu do Índio.
Na televisão, trabalhou na minissérie “Dois Irmãos”, da TV Globo; no cinema, participou do filme “Não devore meu coração” e, no teatro, atuou em “Macunaíma – Uma rapsódia musical”. Seu trabalho mais recente como atriz foi em “Guerra em Iperoig” (2020), da Companhia de Teatro Mundana. Hoje, está em processo como co-diretora em uma adaptação de “Macunaíma” para o cinema.
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