Literatura Atual.

 O texto reflete uma profunda conexão com a arte e  a literatura, transparecendo tanto a sua vivência quanto o processo criativo que lhe é intrínseco.

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Por  Belmiro Santos.

Desde muito jovem, a arte sempre foi uma parte essencial da minha vida. Desenhos e palavras fluíam em mim como se fossem extensões do meu ser. , fui percebendo, conforme meus estudos e autodescobertas, que não faço distinção entre poesia, pintura e o cotidiano. Para mim, tudo está entrelaçado, e essa conexão traz uma beleza singular para as experiências diárias, mesmo aquelas marcadas pelo sofrimento e pela solidão. O que, à primeira vista, pode parecer negativo, acaba se transformando em riqueza expressiva e artística.

Compreendi que, mesmo em meio a uma crise, como as guerras que observamos ao nosso redor, a essência da arte não se limita a retratar os conflitos. Ao invés disso, é a maneira como absorvemos e interpretamos esses acontecimentos que molda nossa expressão artística. Hoje, ao refletir sobre meu percurso, percebo que sempre carreguei dentro de mim um grande livro, um grande projeto que desejava materializar. As memórias não estavam organizadas em um diário, mas sim em cartas destinadas à minha irmã que estava longe. Essas cartas, embora simples, carregavam um peso literário que só fui perceber mais tarde.

Com o tempo, cada fragmento da minha vida começou a se conectar, levando-me a dividir essa obra interna em três partes: "Santo de Plaza", "O Choque da Neve" e "Um Lugar ao Sonho". Até agora, apenas "O Choque da Neve" foi publicado, mas outros dois projetos também estão em desenvolvimento. Cada um deles, apesar de independente, dialoga entre si através da ideia central que é a arte e sua capacidade transformadora. É uma busca constante por sobreviver da arte e, ao mesmo tempo, refletir questões universais a partir de minhas vivências particulares.

O livro que escrevi são frutos de uma rigorosa pesquisa e uma enorme vontade de compartilhar experiências significativas. Acredito que o que apresento pode ser valioso para a comunidade artística,e geral, não porque eu seja alguém especia
l, mas porque vivi e testemunhei a arte e a arte da vida em sua essência. O papel da arte, como sempre entendi, é o de ser um testemunho e um catalisador de emoções e reflexões. Estudar e conhecer são caminhos futuros para o autor, mas vivenciar é o que realmente transforma. O escritor, ao trabalhar e cultivar suas ideias, se torna um agricultor da palavra; o leitor, então, é quem colhe os frutos disso. A arte vive em nós, e ao compartilhá-la, contribuímos para uma teia de experiências humanas que nos conecta cada vez mais.

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