chega na Capital do Estado.
Nara Leão é uma figura emblemática para compreender a música, a cultura e a sociedade do Brasil nas décadas de 60, 70 e 80. Seus comportamentos inovadores e transformadores se manifestam em um repertório distinto e em uma trajetória que continua a ressoar mais de trinta anos após sua ausência.
Solo inédito ocupa o palco do Teatro Fernanda Montenegro, no Shopping Novo Batel. Ingressos à venda
Estrelado por Zeze Polessa, o solo inédito com texto e direção de Miguel Falabella, “Os Olhos de Nara Leão”, chega a Curitiba em curta temporada com apresentações no Teatro Fernanda Montenegro, no Shopping Novo Batel, de 21 a 23 de fevereiro.
Nara Leão, um ícone para se entender a música, a cultura e a sociedade brasileira dos anos 60, 70 e 80, possuía atitudes pioneiras e revolucionárias, que refletem em um repertório singular e com uma trajetória que reverbera mesmo após mais de três décadas de sua partida.
O musical é fruto do arrebatamento causado pela cantora em Zeze Polessa, que partilha o desejo de revivê-la nos palcos, tendo ao seu lado, na autoria e direção, seu amigo Falabella, parceiro em uma série de projetos teatrais. Polessa cresceu ouvindo e acompanhando a carreira de Nara pelos discos e inúmeros sucessos apresentados em festivais na TV. Durante a pandemia, ao ler uma biografia da cantora, a atriz enfileirou diversas entrevistas e livros sobre o período, quando intuitivamente, começou ali a fazer uma pesquisa daquela que seria a sua próxima personagem.
Na montagem, Nara Leão está em cena para compartilhar com o público algumas lembranças e reflexões, como se estivesse vindo de algum lugar do futuro - ou passado. Em um grande fluxo de consciência, o texto traz momentos e canções da cantora sem preocupação com cronologias, datas ou outras formalidades, bem no estilo Nara, uma intérprete que sempre se permitiu a liberdades como artista e mulher.
“Ao se apresentar, ela logo diz que está de volta graças ao privilégio do teatro. Eu não procuro imitar o seu jeito de falar ou cantar, existe uma liberdade em todo este processo e isso não poderia ser diferente com alguém que sempre foi tão livre”, reflete Zezé, que interpreta ao vivo alguns dos muitos sucessos de Nara, como “A Banda”, ”Corcovado”, “Marcha da Quarta-feira de Cinzas”, entre tantos outros.
Com direção musical de Josimar Carneiro, cenário de Marco Lima e iluminação de Cesar Pivetti, o espetáculo perpassa por diversos estilos e movimentos dos quais Nara participou. Ela, que sempre esteve em constante mutação, nunca se deixou rotular ou ficar presa a um determinado gênero musical, já tendo estado no coração do nascimento da Bossa Nova, flertado com o Tropicalismo, participado dos festivais da canção, protagonizado o lendário show “Opinião”, com João do Vale e Zé Ketti, tendo escolhido a estreante Maria Bethânia para substituí-la. Ela ainda resgatou antigos compositores, cantou samba-canção, músicas de protesto, rock n’roll e jovem guarda. Sua liberdade e inquietação refletiam em sua criação artística.
“As canções de Nara me acompanham há muito tempo, eu já sabia as letras de uma boa parte do repertório e agora o desafio foi justamente selecionar quais as músicas que entrariam na peça, já que ela produziu muito ao longo da vida e gravou sempre canções muito pertinentes e necessárias”, conta a atriz. Não é a primeira vez que Zezé canta em cena. Sua trajetória foi pontuada por alguns musicais, como “Noel Rosa”, de Domingos de Oliveira, “Receita de Vinícius”, e em “A Noviça Rebelde”, tendo sido protagonista em uma versão inovadora.
Os ingressos estão à venda pelo Disk Ingressos com valores a partir de R$65 (meia-entrada) + taxa adm. As sessões ocorrem às 20h, nos dias 21 e 22 de fevereiro, e às 19h, no dia 23 de fevereiro.
Uma amizade eternizada nos palcos
Zeze Polessa e Miguel Falabella se conheceram no Rio de Janeiro, no final da década de 70, na icônica montagem de “O Despertar da Primavera”, no Parque Lage, de onde despontaram uma série de outros nomes, todos muito jovens, reuniram suas criatividades numa versão moderna de um clássico do teatro expressionista alemão. A montagem fez um sucesso estrondoso e lançou seus nomes ao movimento cultural da cidade. Juntos estavam Maria Padilha, Daniel Dantas, Rosane Goffman, entre outros. Desde então, dividiram o palco em espetáculos como “Mephisto” e “O Submarino”, também com texto de Miguel. Em 1996, ela estrelou a premiada “Florbela Espanca – A Bela do Alentejo”, monólogo sobre uma personalidade feminina marcante (a poeta portuguesa Florbela Espanca), com direção dele. A trajetória da dupla se fortaleceu ainda nas novelas “Salsa e Merengue” e “A Lua me Disse”, em que Miguel escreveu personagens especialmente para Zezé, além da turnê com “A Mentira”, em 2019, espetáculo que os reuniu novamente em cena. “Os monólogos da vagina”, foi mais um sucesso que Zezé atuou e Miguel dirigiu.
Sinopse: Ao longo de toda a sua trajetória, Nara Leão assumiu um compromisso intenso com a liberdade e se eternizou como uma das grandes personalidades brasileiras do século passado. Zeze Polessa revive agora o mito desta mulher pioneira, que marcou época, quebrou tabus, lançou modas e esteve no centro de movimentos como a Bossa Nova, o Tropicalismo, os grandes festivais, o resgate do samba e as canções de protesto durante a ditadura militar. Escrito e dirigido por Miguel Falabella, “Os olhos de Nara Leão” traz de volta a cantora, que volta do passado – ou do futuro – para dividir com a plateia as suas lembranças e reflexões, além de reviver seus muitos sucessos radiofônicos, como “A Banda”, “Diz que fui por aí”, “Corcovado” e “Marcha da Quarta-Feira de Cinzas”.
Ficha técnica:
“Os Olhos de Nara Leão” com Zeze Polessa e texto e direção de Miguel Falabella
Assistente de direção: Erica Montanheiro
Direção musical, arranjos e produção musical: Josimar Carneiro
Cenografia: Marco Lima
Desenho de luz: Cesar Pivetti
Desenho de som: Arthur Ferreira e João Gabriel Mattos
Figurino: Nathália Duran
Visagismo: Marcelo Dias
Músicos (estúdio): André Boxexa ( e percussão); Antônio Guerra (Piano e acordeon); Josimar Carneiro (Violão); Pedro Aune (Contrabaixo); Rui Alvim (Saxofone, clarinete e clarone).
Preparadora vocal: Mariana Baltar
Camareira: Maninha Xica
Operador de luz: Lucas Leicam
Operação de som: João Gabriel Mattos
Diretor de palco e microfonista: Douglas Fernandes
Gerente de comunicação, design e mídias digitais: Gigi Prade
Performance e pesquisa de conteúdo: Leila Guimarães
Concepção visual: Kelson Spalato
Fotógrafa: Priscila Prade e Flavio Colker
Audiovisuais: Gatu Filmes
Assessoria de imprensa: Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho
Assessoria de imprensa Curitiba: TIP - Performance de Mídia
Brica Braque Produções e MJC Polessa:
Direção de produção: Priscila Prade
Produção executiva: Fernando Trauer
Produção: Dani Agarelli
Assessoria jurídica: Andrea Francez
Administração: Kelly Marietto
Idealização: Zeze Polessa
Realização: Brica Braque Produções e Polessa Produções
Serviço:
“Os Olhos de Nara Leão” em Curitiba
Com Zeze Polessa, texto e direção de Miguel Falabella
Datas: 21 a 23 de fevereiro (sexta, sábado e domingo)
Local: Teatro Fernanda Montenegro (Shopping Novo Batel) - Rua Cel. Dulcídio, 517 - Batel
Ingressos: A partir de R$65 (meia-entrada) + taxa adm pelo Disk Ingressos ou na bilheteria do teatro. Verifique valores especiais por meio de Ingresso Solidário e clubes de descontos.
Classificação etária: Livre.
Duração: 80 minutos
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