terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

 

CONHEÇA A HISTÓRIA QUE INSPIROU SING SING, DRAMA INDICADO A TRÊS PRÊMIOS NO OSCAR 2025

Protagonizado por Colman Domingo, longa chega aos cinemas em 13 de fevereiro, com distribuição da Diamond Films

São Paulo, fevereiro de 2025 - Indicado a três categorias do Oscar, SING SING chega aos cinemas de todo o Brasil em 13 de fevereiro, contando uma história real sobre o poder transformador da arte. Com distribuição da Diamond Films, o longa do diretor Greg Kwedar acompanha detentos que, dentro da penitenciária que dá nome ao filme, encontram acolhimento e propósito ao formar um grupo de teatro, no qual encenam grandes clássicos de Shakespeare e peças autorais.


A iniciativa retratada no filme, chamada Rehabilitation Through the Arts (RTA), existe de fato e tem efeitos positivos comprovados: enquanto a média nacional de reincidência nas prisões dos Estados Unidos é acima de 60%, entre os participantes do RTA é abaixo de 5%. Ainda assim, são poucos aqueles que são familiarizados com o programa. O próprio Kwedar conheceu o RTA por acaso, em 2016, quando foi ajudar um amigo que produzia um curta documental dentro de uma prisão de segurança máxima.



Passando pelos corredores da penitenciária, o cineasta se deparou com um detento em sua cela, acompanhado de um cão resgatado. "Meu mundo virou de ponta-cabeça", lembra. Naquele instante, ele entendeu que se tratava de um programa de reabilitação tanto para o homem, quanto para o animal. Emocionado com a relação de companheirismo entre eles, Kwedar começou a pesquisar outras iniciativas diferentes nos presídios nos EUA, e foi assim que descobriu o programa que inspiraria SING SING.

A fagulha para a trama veio quando leu um artigo na Esquire, sobre uma das peças montadas pelo grupo, intitulada "Breakin' the Mummy's Code" – um musical original, centrado em uma viagem no tempo. "Tinha algo no tom [da obra], o drama inerente do ambiente difícil [da prisão] e a experiência humana transformadora, justapostos à leveza de uma comédia maluca", conta Kwedar. "Pensei que talvez este pudesse ser o pontapé para contar uma história que mostrasse para as pessoas a capacidade de alguns indivíduos, que são ou estereotipados, ou esquecidos.”

Para chegar ao que hoje é um forte candidato ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, Kwedar e seu colaborador de longa data, o roteirista Clint Bentley, mergulharam em pesquisas. Contando com a ajuda de pessoas envolvidas no RTA, como o dramaturgo e diretor de teatro Brent Buell, interpretado no filme pelo ator Paul Raci ("O Som do Silêncio"), eles foram em busca do melhor jeito para contar essa história.

"Muitas pessoas veem a prisão como um ambiente propício para o drama, mas a gente sempre tenta escolher um mundo que é inerentemente interessante, mas encontrar jeitos diferentes de navegá-lo", explica Bentley. No caso de SING SING, para eles isso significava se distanciar de tropos convencionais, associados à violência.

Já na primeira versão de SING SING, era nítida a necessidade de contar uma história coletiva. "RTA é sobre comunidade. Precisávamos de uma maneira autêntica de contar uma história sobre amizade", recorda Kwedar. A dupla, então, encontrou duas âncoras narrativas muito poderosas de John “Divine G” Whitfield e Clarence "Divine Eye" Maclin, ambos antigos membros do RTA.

Condenado injustamente por um crime que não cometeu, Divine G já tinha uma proximidade com as artes antes de conhecer o RTA. Na juventude, ele se inscrevera em uma escola especializada em atuação, dança e canto, mas o bullying que sofreu na sua vizinhança o fez desistir. Curiosamente, na prisão, ele reencontrou essa sua faceta criativa, passando horas e horas na biblioteca: não só estudando maneiras de provar sua inocência, mas também escrevendo romances e peças.

Já a aproximação de Divine Eye com o RTA se deu quase por acidente. Na época considerado uma espécie de lobo solitário de SING SING, ele extorquia outros detentos e vendia drogas na prisão, tendo muito pouco interesse em qualquer atividade artística. Contudo, num dia chuvoso, ele foi obrigado a "fazer negócios" na capela da prisão, onde o RTA apresentava uma de suas peças e, ali, viu presos expressando suas emoções livremente, sem serem considerados fracos.

"No palco, a história era outra. Era entretenimento", lembra Maclin, que interpreta a si mesmo no filme. "Não demorou muito para que eu percebesse que aqueles caras tinham filhos, como eu. Mães que se importavam com eles, como a minha. Fora do RTA, eu nunca pensaria nos relacionamentos dos outros".

"Nossas vidas mudaram depois que conhecemos os Divines", afirma Bentley que, como Kwedar, foi imediatamente impactado pela presença magnética de ambos, cada um à sua maneira. "Divine G tem intensidade e foco, é uma pessoa que não perde um segundo da vida. Já Clarence tem um carisma irrefreável e uma sabedoria profunda, conquistada com lições duras da vida", analisa Kwedar. "Os dois foram muito abertos e vulneráveis ao dividir suas histórias com a gente". Não à toa, o roteiro de SING SING foi feito a oito mãos, com a colaboração ativa de Divine G e Maclin.

Mas, como SING SING revela com sensibilidade, os Divines não foram os únicos a encontrar no RTA uma forma positiva de assimilar e compartilhar suas emoções. Na verdade, com um elenco formado majoritariamente por membros atuais e antigos do programa, fica evidente como a arte conforta, motiva, cria laços e revela novas maneiras de encarar o mundo.

Com estreia marcada para 13 de fevereiroSING SING é distribuído pela Diamond Films e concorre a prêmios nas categorias Melhor Ator para Colman Domingo, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Canção Original.

 

Sobre a Diamond Films
A Diamond Films é a maior distribuidora independente da América Latina. Fundada em 2010, se destaca por distribuir os melhores filmes independentes da indústria cinematográfica. Atualmente, a empresa atua em sete países da América Latina: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e México. No ano de 2016 começou a atuar no mercado europeu, por meio da sua filial na Espanha. No Brasil desde 2013, a Diamond Films distribuiu títulos como “Os Oito Odiados”, “Moonlight - Sob a Luz do Luar”, “Green Book - O Guia”, “Moonfall – Ameaça Lunar”, “No Ritmo do Coração”, “Spencer”, “A Pior Pessoa do Mundo”, “Órfã 2: A Origem”, “One Piece Film Red”, “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, “Fale Comigo”, “Zona de Interesse”, “Anatomia de Uma Queda” e “Guerra Civil

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