Jornalistas da Al Jazeera apontados pelas Forças de Defesa Israelenses (IDF) como membros do Hamas e da Jihad Islâmica, em imagem divulgada em 23 de outubro de 2024. (IDF via The Times of Israel)
Israel obteve uma série de documentos de comunicação interna que indicam a ligação entre membros do Hamas na Faixa de Gaza e produtores da agência de notícias catariana Al Jazeera. As evidências encontradas revelam tentativas do grupo terrorista de modificar a narrativa sobre o massacre ocorrido no sul de Israel em 7 de outubro de 2023. Parte do material obtido pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) e pelo Shin Bet, serviço de inteligência doméstico israelense, foi divulgada pelo Centro de Inteligência e Informação sobre Terrorismo Meir Amit.
O relatório destaca a transmissão recente de um programa investigativo da Al Jazeera, cujo objetivo era reforçar a narrativa de “vitória” do Hamas após a entrada em vigor do atual acordo de cessar-fogo. O programa também buscava justificar o massacre de 7 de outubro como uma “operação militar legítima”, retratando o líder do Hamas, Yahya Sinwar, como um “herói” que permaneceu na frente de batalha até a morte, ignorando toda a destruição que ele infligiu à população da Faixa de Gaza.
Uma das principais evidências dos laços do Hamas com a Al Jazeera são as imagens exclusivas divulgadas pela rede de notícias, que mostram Sinwar no fronte de batalha, além de gravações raras de Mohammed Deif, comandante militar do grupo terrorista. O relatório também apresenta os nomes de vários jornalistas da Al Jazeera filiados ao Hamas, alguns dos quais conseguiram imagens em primeira mão das libertações de reféns israelenses nas últimas semanas.
Em 24 de janeiro de 2025, a Al Jazeera exibiu um episódio especial do programa “O Que Está Escondido É Maior", que retrata o massacre de 7 de outubro a partir da perspectiva da ala militar do Hamas. O programa descreve o ataque como um suposto ato de resistência, justificado pelo Islã, e que teria como alvos apenas militares, ignorando os crimes cometidos contra civis, incluindo mulheres e crianças.
O programa incluiu testemunhos de importantes líderes militares do Hamas, como Mahmoud al-Haddad, que detalhou como os membros do grupo terrorista se reuniram 24 horas antes do ataque para ajustar os últimos detalhes do plano. Também foi exibido um documento apresentado como a ordem original emitida por Mohammed Deif em 5 de outubro de 2023, autorizando o ataque e fornecendo detalhes sobre sua execução. O episódio da Al Jazeera mostra como o Hamas enganou Israel, criando a ilusão de que estava satisfeito com as concessões financeiras e não representava uma ameaça ao país, enquanto, nos bastidores, finalizava os preparativos para o massacre.
“Há cada vez mais evidências de que a Al Jazeera não é um meio de comunicação isento e confiável, mas sim um braço de propaganda do Hamas, contribuindo para a desinformação e a escalada dos conflitos no Oriente Médio. Não é à toa que a emissora tem sido banida por praticamente todos os países da região, como Arábia Saudita, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein”, aponta André Lajst, presidente executivo da StandWithUs Brasil e cientista político especialista em Oriente Médio. “Contudo, infelizmente, muitos veículos no Brasil e em outros lugares do mundo usam a Al Jazeera como fonte de informação’’, ele completa.
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