Sabedoria e resistência: o papel dos guias na Umbanda
Filósofo e sacerdote Rodrigo Queiroz explica o que são Preto-Velho, Caboclo, Exu, Pombagira e outras entidades
Os guias são figuras essenciais para a Umbanda, religião afro-brasileira que teve origem há mais de 115 anos, quando o Caboclo das Sete Encruzilhadas se manifestou em Zélio Fernandino de Moraes pela primeira vez. Com o objetivo de trazer conhecimento sobre essas forças ancestrais dentro e fora dos terreiros, o filósofo, sacerdote e professor, Pai Rodrigo Queiroz, lança Entidades da Umbanda.
A obra, que integra a coleção Umbandalogia, publicada pela Citadel Grupo Editorial, é um mergulho nas sabedorias, rituais, elementos, comportamentos e características dos guias. Queiroz, que é médium ativo desde 1996, aborda ainda a forma como as entidades se conectam aos praticantes durante as giras, criando pontes entre o plano espiritual, além de ajudar o leitor a compreender o papel transformador desses mentores, que ensinam a cultivar virtudes como paciência, coragem e liberdade.
Do Caboclo que conecta os umbandistas à força das florestas ao Preto-Velho que resgata lições de humildade e resistência, cada entidade carrega uma herança espiritual que transcende o tempo. As Crianças, por exemplo, resgatam a inocência e a alegria; já os Exus e Pombagiras, com sua energia intensa e desafiadora, rompem barreiras e fazem lembrar da importância de abraçar as dualidades da vida.
No livro, o autor não apenas descreve arquétipos, mas se aprofunda nas origens culturais e mostra como as manifestações refletem a pluralidade do Brasil. “No Norte ele pode se apresentar como um Caboclo da Amazônia, com sabedorias que refletem o conhecimento sobre ervas e florestas tropicais. Já no Sul, pode trazer a tradição dos Pampas, conhecendo as ervas e raízes daquela terra”, exemplifica o sacerdote.
Por meio de relatos, reflexões e ensinamentos, Pai Rodrigo Queiroz destaca a essência terapêutica e psicológica da religião, evidenciando como os rituais e a interação com as entidades podem ajudar na cura da criança interior e no equilíbrio emocional. Com uma abordagem que valoriza tanto o estudo teórico quanto a vivência prática, Entidades da Umbanda celebra a riqueza da espiritualidade brasileira, reafirmando a Umbanda como uma religião de acolhimento, resistência e transformação.
FICHA TÉCNICA
Título: Entidades da Umbanda
Subtítulo: Segredos revelados das forças ancestrais
Autor: Rodrigo Queiroz
Editora: Citadel Grupo Editorial
ISBN: 978-6550475406
Número de páginas: 368
Preço: R$ 69,90
Onde encontrar: Amazon
Sobre o autor
Rodrigo Queiroz é fundador e presidente do Instituto Cultural Aruanda (2004), criador e diretor da primeira plataforma de ensino online da religião, Umbanda EAD (2006), médium ativo desde 1996 e sacerdote. Filósofo de formação, especialista em Psicologia Positiva, une os conhecimentos científicos do desenvolvimento humano com as pesquisas e vivências mediúnicas de terreiro. Atua como mentor pessoal de sacerdotes de Umbanda pelo mundo e orienta milhares de médiuns ativos espalhados por diversos países, aplicando seus saberes e validando uma nova e organizada maneira de viver e espalhar a religião mundo afora por meio da sua comunidade online Confraria Umbandalogia.
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Sobre a editora
Transformar a vida das pessoas. Foi com esse conceito que o Citadel Grupo Editorial nasceu. Mudar, inovar e trazer mensagens que possam servir de inspiração para os leitores. A editora trabalha com escritores renomados como Napoleon Hill, Sharon Lechter, Clóvis de Barros Filho, entre outros. As obras propõem reflexões sobre atitudes que devem ser tomadas para quem quer ter uma vida bem-sucedida. Com essa ideia central, a Citadel busca aprimorar obras que tocam de alguma maneira o espírito do leitor.
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Um comentário:
A cantora Cláudia Leitte deverá se manifestar para apuração de eventuais danos morais à honra e dignidade das religiões de matriz africana. A determinação é do Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), que deu o prazo de 15 dias para a artista.
O inquérito foi aberto devido à alteração da letra da música "Caranguejo", em que a cantora substitui a referência a orixá Yemanjá por "Yeshua", em alusão a Jesus Cristo. A mudança gerou polêmica nas redes sociais, além de ter sido criticada por lideranças religiosas.
Para falar sobre este caso, sugiro o professor, filósofo e sacerdote de Umbanda, Pai Rodrigo Queiroz. Ele, que é também autor de livros sobre a religião, pode abordar a importância de datas como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21), para lutar contra o racismo religioso
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