O Dia da Independência do Brasil, celebrado em 7 de setembro, marca a ruptura formal com Portugal em 1822 e simboliza a luta pela autonomia política e identidade nacional.
Para a professora de História do Marista Escola Social Ecológica, Aline Di Giuseppe, a data carrega o peso histórico e colonial de um país que buscava se afirmar como uma nação independente, enfrentando desafios internos e externos para consolidar sua soberania e, principalmente, contradições inerentes ao projeto de cidadania e participação popular que seria implementado na ocasião.
Além de valor histórico, o 7 de setembro é uma oportunidade para refletir sobre a importância da cidadania. Mais do que apenas votar nas eleições ou cumprir leis, o conceito envolve engajamento ativo na sociedade, a defesa dos direitos individuais e coletivos e a participação consciente nos debates que moldam o futuro do país.
Comemorar a independência é, portanto, também reafirmar o compromisso de cada cidadão com o desenvolvimento de uma sociedade mais igualitária e inclusiva.
Confira 7 sugestões de livros indicados por Claudia Borinelli, bibliotecária do Colégio Marista Santa Maria:
- Aprendiz de futuro, de Gilberto Dimenstein
Esse título trata de questões relacionadas à cidadania e aos direitos humanos, que são discutidas em diálogo com a ideia de inclusão digital. A igualdade no acesso à tecnologia, cada vez mais importante na sociedade, é uma das principais maneiras de participação na sociedade digital.
Cidadão de papel, de Gilberto Dimenstein
Nessa obra, o autor leva para a sala de aula a discussão da cidadania em nosso país. Com exemplos de cidadania e imagens impactantes, o autor apresenta aos jovens o Brasil de agora para formar os cidadãos de amanhã.
História da cidadania, de Jaime Pinsky
Esse livro de referência do Pinsky traz a ideia de que exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais. Ele traz todo o processo histórico que levou a sociedade ocidental a conquistar esses direitos, assim como dos passos que faltam para integrar os que ainda não são cidadãos plenos.
Tem um lugar para mim? – de Fátima Mesquita
A autora fala sobre preconceito, discriminação, racismo, estereótipo, bullying, homofobia, respeito, direito, cidadania, igualdade, diversidade, paz, entre outros temas e conceitos que estão diretamente ligadas aos Direitos Humanos. Ela explica que, embora cada pessoa seja diferente a seu modo, somos todos iguais enquanto seres humanos. Iguais e diferentes.
O jeito de cada um: iguais e diferentes – (Coleção Conversas sobre Cidadania)
Um debate sobre como as pessoas são iguais em sua humanidade, mas diferentes em suas preferências e histórias de vida. Na coleção, são ponderados importantes conceitos como o respeito que reside em valorizar a igualdade e aceitar as diferenças entre as pessoas.
Cidadãos do mundo: para uma teoria de cidadania, de Adela Cortina
Neste livro, a autora faz uma análise ao longo da história, nos aspectos social, econômico, civil e intercultural, do termo cidadania. Ela propõe uma cidadania que represente um ponto de união entre a razão individual, os valores e normas que consideramos humanizadores, de modo que estes possam se consolidar e ser assumidos por todos e, assim, construir uma teoria da cidadania capaz de converter o conjunto da humanidade numa comunidade alicerçada na solidariedade da qual ninguém fique excluído.
Carta à prefeita, de Fernando Carraro
Juninho tem 10 anos e vive com sua família numa cidade pequena. Num dia chuvoso, a caminho da escola, ele se dá conta de que um dos semáforos na rua não funciona. Ao chegar à escola, Juninho conta a todos sobre esse problema. A professora Zelina, então, percebe que é hora de falar sobre os problemas da cidade e, portanto, decide dar aos alunos aulas sobre políticas públicas. Depois da primeira aula, os alunos têm uma ideia para tornar a cidade um lugar melhor para todos. Assim, nasce a carta com uma série de ações sociais endereçada à prefeita Mariana, que se envolve no projeto de uma maneira especial.
Como sugestão extra, fica a dica do livro: “A invenção dos direitos humanos”, de Lynn Hunt. A obra explora os paradoxos dos direitos humanos, como a persistência da escravidão após a Declaração de Independência dos EUA (1776) e a luta das mulheres pelo voto. São analisados o desenvolvimento de direitos fundamentais, focando em três grandes documentos históricos: as declarações dos EUA, da Revolução Francesa e da ONU.
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