A oposição tentou lançar Corina Yoris, uma professora de filosofia de 80 anos sem experiência política, mas o partido de Yoris, Vente Venezuela, falhou em inscrever sua candidatura, deixando o ex-diplomata Edmundo González como candidato. Durante a campanha, vários membros da oposição foram presos. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Imprensa denunciou que o Estado estava bloqueando a circulação de informações às vésperas da eleição, com a Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) ordenando o bloqueio.
A oposição também acusa o governo de dificultar a inscrição dos venezuelanos exilados no processo eleitoral. Dos mais de 8 milhões de refugiados, apenas 68 mil conseguiram se registrar para votar no exterior. O Dr. Faustino da Rosa Júnior critica: "A exclusão dos exilados do processo eleitoral é uma tentativa descarada de manipular o resultado. Impedir a participação de uma parte significativa da população é antidemocrático e inaceitável." Além disso, há denúncias de que observadores internacionais estão sendo impedidos de entrar na Venezuela devido a bloqueios no espaço aéreo e marítimo, com vídeos mostrando observadores reclamando de supostas deportações.
O Dr. Faustino acrescenta que "a reação do Brasil, ao invés de promover justiça e democracia, parece acatar e até legitimar ações ditatoriais. Precisamos de uma postura firme e ética no cenário internacional que defenda os direitos humanos e a justiça." Com as denúncias de fraude, a vitória de Nicolás Maduro foi oficialmente confirmada pelo CNE. Se o resultado se mantiver, Maduro deve permanecer no poder até 2030. O Dr. Faustino da Rosa Júnior prevê que "a derrota de Maduro nas urnas foi tão significativa quanto clama a oposição, o que provavelmente resultará em um aumento na repressão do regime, com a intensificação da repressão aos opositores."
Em meio a essa crise, o Brasil, maior nação latino-americana, mais uma vez demonstra uma total submissão a Maduro, passando de protagonista regional a piada diplomática internacional. Bons tempos em que o Itamaraty era liderado por figuras como Rio Branco parecem distantes.
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