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segunda-feira, 22 de julho de 2024

 

Ney Matogrosso, Zahy Tentehar, Frejat, Letrux e Mahmundi se unem pela causa animal


Idealizada pela Proteção Animal Mundial, a música Defaunação – que tem letra

de Carlos Rennó e composição de Péricles Cavalcanti – foi lançado  17 de julho, Dia da Proteção às Florestas, e visa engajar o público em defesa da vida silvestre



 

São Paulo julho de 2024 –O desmatamento na Amazônia Legal, Cerrado e Pantanal alcançou 21.000 km2 – o equivalente a 48 vezes a capital paranaense, Curitiba – segundo dados do PRODES 2023, programa desenvolvido e operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). 

 

Os números sobre focos de incêndio e quantidade de hectares atingidos, muitas vezes, desviam a atenção sobre os maiores impactados, conhecidos também como vítimas invisíveis: os animais silvestres. Cada habitat devastado contém histórias de centenas de espécies – a exemplo da onça-pintada, anta, tamanduá-bandeira, lobo-guará, queixada, tatu-bola, jacaré, tuiuiú, arara, zogue-zogue, entre outros – que perdem o lar ou a vida. Os que se aventuram em busca de um novo território com oferta de água, comida e abrigo correm ainda o risco de atropelamento. A cada segundo, estima-se que 17 animais silvestres morrem nas estradas brasileiras, um total de quase meio bilhão ao ano.

 

Para dar visibilidade a essas vítimas invisíveis e sensibilizar o público, por meio da arte, a Proteção Animal Mundial idealizou a música “Defaunação”, termo que alerta sobre a ação humana de forma intensa e constante nos biomas e que impacta diretamente a vida silvestre. Os cinco versos, cantados por Ney Matogrosso, Zahy, Frejat, Letrux e Mahmundi, chamam a atenção sobre os riscos provocados pela agropecuária industrial – que causa imenso sofrimento também em animais de fazenda, como bovinos, aves e porcos – que são criados como meras mercadorias, e não como seres vivos. A música – que tem letra de Carlos Rennó, composição de Péricles Cavalcanti e produção da Bijari – lembra ainda que os animais são sencientes, ou seja, que assim como os seres humanos são capazes de sentir emoções complexas como medo, dor ou alegria.

 

A percepção do sofrimento dos animais silvestres é que motivou o cantor Ney Matogrosso a se se tornar um ativista em defesa dos animais.

 

“Eu era adolescente e estava na fazenda do meu avô e eu fui acompanhar um grupo que saiu para caçar porque era algo considerado normal, caçar para comer. Mas os homens atiraram num bando de macacos e eu vi as mães tentando proteger os filhotes. Balearam também um gavião e eu fui acudir o animal, que estava com tanta dor que cravou a garra na minha mão e eu não tive coragem de tirar. Naquele momento eu entendi tudo”.

 

Para o músico Frejat, o ser humano pode ser considerado um dos animais mais nocivos dentro do planeta.

 

“A visão do homem é egoísta e destrutiva. É importante lembrar que vivemos com milhares de outras espécies e que é necessário respeitar. Não estamos aqui sozinhos”.

 

A cantora Mahmundi destacou que é a primeira vez que participa de um projeto em prol da vida silvestre.

 

“Tem muita gente envolvida nessa música linda, animais participando com os sons. Eu sou suspeita porque amo música e amo bicho, então quando recebi esse convite foi uma benção”.

 

Despertar a curiosidade do público, na avaliação da cantora Letrux, é mais um dos atrativos de “Defaunação”.

 

“Minha sugestão é curtir a música, prestar atenção no nome dos animais e pesquisar sobre eles para aprender sobre a importância da preservação das espécies. Não é porque saímos da escola que precisamos deixar de querer aprender. O melhor agora é que não existe a pressão para uma nota alta no boletim”.

 

Para a atriz e cantora Zahy Tentehar a canção também desperta o lado lúdico no público. Por isso, ela conta qual animal silvestre ela gostaria de ser.

 

“Uma ave, para voar longe, pousar numa árvore, ficar cantando. Voar é um negócio bonito, poder olhar do alto, ter uma visão ampla de tudo”, revela.

 

A coordenadora de Vida Silvestre na Proteção Animal Mundial, Júlia Trevisan, afirma que a música é especial por apresentar os conceitos de defaunação e refaunação.


“São termos diferentes e distantes do dia a dia, mas extremamente relevantes quando se fala de conservação e restauração ambiental. É importante falar sobre a defaunação que estamos vivenciando e que silenciosamente está matando quem habita a floresta. Da mesma forma que é importante promover a refaunação, que significa a reintrodução ou a volta de espécies da fauna para seus habitats naturais. Precisamos conhecer esses termos para entender a importância da fauna silvestre e como nossas florestas dependem dos animais para se manter saudáveis e prosperar. E, nada melhor do que artistas com grande alcance para levar essa mensagem para o público”, avalia.


 Dia de Proteção às Florestas, visite o site e siga as redes sociais da Proteção Animal Mundial.

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Ficha técnica

 

Música: Defaunação

Argumento: Proteção Animal Mundial

Letra: Carlos Rennó

Composição: Péricles Cavalcanti

Arranjo, teclados e programações: Xuxa Levy

Guitarras: Renato Galozzi

Violões e guitarras: Frejat

Vozes: Ney Matogrosso, Zahy Tentehar, Frejat, Letrux e Mahmundi

Produção Executiva: Carolina Marçal

Distribuição: Beth Moura

Gravado nos estúdios Casa do Mato/ RJ

 

Videoclipe

Direção, artes e animações: Estúdio Bijari (Alexandre Marcati, Dani Violin, Débora Pistore, Geandre Tomazoni, Marcela Návia, Marcelo Macedo, Olavo Ekman)

Direção de fotografia: Fred Siewerdt

Imagens adicionais: Thomas Pam

Edição: Guilherme Peres

 

Sobre a Proteção Animal Mundial (World Animal Protection)

A Proteção Animal Mundial move o mundo para proteger os animais há quase 50 anos e é a voz global do bem-estar animal, com mais de 70 anos de experiência em campanhas por um mundo onde os animais vivam livres de crueldade e sofrimento. Atuamos em 47 países e mantemos 12 escritórios. Colaboramos com as comunidades locais, o setor privado, a sociedade civil e os governos para mudar a vida dos animais para melhor.



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Equipe Blog Leite Quentee news