Vídeo compartilhado pelas Forças de Defesa de Israel mostra momento da explosão. (Reprodução/IDF via X)
Na madrugada desta sexta-feira (19), um drone disparado pelos Houthis, a partir do Iêmen, atingiu um prédio residencial próximo à embaixada dos EUA em Tel Aviv, no centro de Israel. Um homem foi morto no ataque e outras dez pessoas ficaram feridas.
As sirenes de alerta não soaram no local e o drone não foi interceptado. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF), o incidente está sob investigação, com indícios de erro humano quanto à falha na interceptação. Além disso, os EUA afirmaram ter impedido outros quatro drones que estavam em rota para Israel.
O local do impacto foi próximo a vários hotéis e à filial da embaixada dos Estados Unidos em Tel Aviv. Muitos dos hotéis na área estão atualmente abrigando israelenses deslocados que tiveram que deixar suas casas nas fronteiras norte e sul em meio à guerra em andamento.
O porta-voz militar dos Houthis do Iêmen disse que o grupo continuaria a atacar Israel em solidariedade aos palestinos na guerra de Gaza e que Tel Aviv continuará a ser um alvo primário “dentro do alcance de nossas armas”.
O Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que Israel responderia. “O establishment da defesa está trabalhando para fortalecer imediatamente todos os sistemas defensivos e acertará as contas com qualquer um que prejudique o Estado de Israel ou direcione o terror contra ele”, disse ele em comentários fornecidos por seu gabinete após uma avaliação realizada com oficiais das Forças de Defesa Israelenses (IDF, da sigla em inglês) sobre o ataque do drone Houthi.
“Desde o ataque perpetrado pelo Hamas no sul de Israel em 7 de Outubro, o país tem sido alvo de vários outros grupos terroristas financiados pelo Irã, como o Hezbollah, no Líbano, e os Houthis, no Iêmen”, afirma André Lajst, cientista político e presidente executivo da StandWithUs Brasil. “Devido à gravidade do ataque, é esperado que Israel retribua, atacando alvos iranianos no Iêmen. Isso, contudo, pode levar ao envolvimento de vários outros atores internacionais no conflito, aumentando ainda mais a instabilidade na geopolítica mundial e colocando em risco a eclosão de uma guerra regional entre Israel e os proxies do Irã no Oriente Médio”, conclui o especialista.
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