O filme é inspirado na história real de Bernard Jordan, interpretado por Caine, que em 2014 ficou famoso ao fugir da casa de repouso para se encontrar com outros veteranos da II Guerra na Normandia para comemorar os 70 anos do Dia D. A aventura de Bernie, que durou 48 horas, também marca o aniversário de 60 anos de casamento com Rene (Glenda Jackson). Assim, A GRANDE FUGA celebra não apenas a coragem de um homem em realizar o seu sonho, como também seu amor eterno. Caine conta que tinha 89 anos quando recebeu o roteiro, a mesma idade que Bernard, e, a princípio, recusou o papel, pois tinha se considerado aposentado, mas uma cena em especial, entre o protagonista e um grupo de alemães, chamou sua atenção, e ele decidiu fazer o filme. O ator também destacou a parceria com Jackson, com quem fizera “A Inglesa Romântica”, em 1975. “Era incrível estarmos juntos novamente. Mentalmente, não havíamos envelhecido. Ainda éramos jovens, e nos divertimos fazendo o filme”, conta Caine. Também conhecido por “O Retorno de Johnny English” e “O Retrato de Dorian Gray”, o diretor Oliver Parker aceitou o convite de comandar o roteiro de William Ivory por suas conexões familiares com a história, cujo pai foi um jovem capitão na Birmânia. “É preciso muito trabalho para se colocar no lugar de outra pessoa. Mas, de certa forma, é disso que se trata a arte. Está ajudando as pessoas a entenderem como é ser outra pessoa, tirando você de uma pequena bolha - que é a sua própria consciência - para compartilhar alguma compreensão e alguma empatia com outra pessoa”, disse sobre o caráter sentimental de A GRANDE FUGA. Falecida em junho de 2023, a atriz Glenda Jackson, que também foi uma grande ativista política, teve A GRANDE FUGA como o seu canto do cisne. Quatro vezes indicada ao Oscar® (venceu em duas ocasiões, por “Mulheres Apaixonadas” e “Um Toque de Classe”), o projeto também foi um dos poucos “sim” que deu nos últimos anos, sendo convencida a fazê-lo sobretudo pelo caráter do protagonista vivido por Michael Caine, “um homem que age de forma muito humana em tempos muito difíceis”. |
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