SP-ARTE 2024

 

- Schuster Móveis foca no design modernista de Bernardo Figueiredo. A reedição da cadeira dos Arcos, desenhada pelo arquiteto e designer especialmente para o Palácio do Itamaraty, será lançada no evento.

Foto: Bernardo Figueiredo Cadeiras dos Arcos e mesa de reunião, ambas desenhadas em produzidas por Bernardo Figueiredo em 1967 para a Sala do Conselho de Política Exterior, no Palácio do Itamaraty.

Com uma história de 56 anos no design nacional, a empresa gaúcha Schuster Móveis e Design, detém um trabalho totalmente singular em solo brasileiro, dominando a marcenaria artesanal com minúcia artística na manufatura de mobiliário autoral.   Em sua primeira participação oficial na SP-ARTE, que acontece de 3 a 7 de abril no Pavilhão da Bienal em São Paulo, a marca apresenta a reedição de uma das peças mais icônicas do arquiteto e designer modernista Bernardo Figueiredo, criada nos anos 1960, a cadeira dos Arcos. Este projeto nasceu de duas histórias paralelas que tiveram início em diferentes espaços temporais e que se encontram para enaltecer o design modernista brasileiro na atualidade.   Responsável por reeditar peças consagradas do designer deste 2011 e ao lado da família representada pelas filhas Angela Figueiredo e Adriana Figueiredo, responsáveis pela preservação do Acervo Bernardo Figueiredo, trabalham para a divisão da obra de Bernardo em diferentes frentes, como exposições, palestras e livro. Encabeçados com maestria pela produtora cultural e filha Angela Figueiredo. A Schuster Móveis também reeditou em 2017 outras peças de uso palaciano e convivial de Bernardo nos 50 anos da inauguração do Palácio do Itamaraty, além de cuidar pessoalmente da restauração de algumas peças originais de Bernardo. “Foi uma honra para meu pai ter sido convidado para participar da criação do mobiliário e de espaços importantes para o Palácio do Itamaraty ao lado de artistas e designers tão relevantes para nosso pais. Também foi um desafio para ele criar móveis de grandes dimensões para os salões de recepções. Apaixonado pela arquitetura do palácio, criou a cadeira dos Arcos em homenagem a um dos prédios mais bonitos de Brasília.” Diz Angela Figueiredo

A história que contamos agora iniciou-se nos anos 1960, quando Bernardo Figueiredo foi convidado pelo Embaixador Wladimir Murtinho para fazer parte do grupo de criação e decoração dos espaços do Palácio do Itamaraty, em Brasília, em companhia de grandes nomes da arquitetura, do design e das artes plásticas, como: Joaquim Tenreiro, Sergio Rodrigues, Burle Marx, Manabu Mabe, Djanira e tantos outros.   Em 2010, Bernardo e a Schuster se conheceram e foi um encontro perfeito entre criador e fábrica. Pelo olhar da Schuster, o interesse em valorizar a história do design brasileiro e manter viva uma obra tão expressiva foi o ponto de fortalecimento dessa parceria que ali nascia. Por outro lado, Bernardo se encantou com o processo produtivo da fábrica, o fazer sob demanda, a seleção criteriosa de matérias-primas, a forte conotação manual e a aplicação de tecnologia como respaldo.   Unindo o contexto temporal, a Schuster Móveis apresenta na SP-Arte 2024 a reedição de uma das peças mais icônicas de Bernardo, criada nos anos 1960, a cadeira dos Arcos, importante peça na construção da identidade brasileira. E que ainda hoje está presente nos espaços do palácio. O Palácio do Itamaraty é considerado uma das obras-primas criadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer, também conhecido como Palácio dos Arcos, é a sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Quem visita o Palácio fica impactado com tamanha beleza, pelas dimensões dos seus espaços, com as inúmeras obras de arte expostas, o design e paisagismo e a arquitetura deslumbrante. “A cadeira dos Arcos sintetiza o olhar cuidadoso de Bernardo ao projetar. Pensada para ser uma peça confortável, suas curvas acomodam o corpo humano. Ao mesmo tempo que enfatizam a forma escolhida para representar o Ministério das Relações Exteriores–os arcos. Em 2017, em cerimônia de comemoração dos 50 anos da inauguração do Palácio Itamaraty, Bernardo Figueiredo foi condecorado postumamente com a Ordem do Rio Branco, devido à sua contribuição fundamental no desenvolvimento do projeto do Ministério das Relações Exteriores em Brasília.” Trecho do livro Bernardo Figueiredo, designer e arquiteto brasileiro–Amanda Beatriz Palma de Carvalho, Karen Matsuda e Maria Cecília Loschiavo dos Santos (org,). Para Wilson Schuster, diretor da Schuster Móveis, “Desde as primeiras reedições, o desejo de desenvolver a cadeira dos Arcos esteve presente. Mas a dificuldade em replicá-la era enorme. Tínhamos apenas alguns rabiscos que o próprio Bernardo deixou para a gente e contamos também com a generosidade de Richard Valansi do Museu das cadeiras do Rio de Janeiro, que emprestou para nós um modelo similar muito idêntico ao do Palácio do Itamaraty.”   Já para Mila Rodrigues, curadora de produtos da marca “Esta participação da Schuster Móveis é muito tocante para nós, já que tivemos a oportunidade de conhecer pessoalmente Bernardo e acontecer no ano em que ele completaria 90 anos. Apresentar um produto tão emblemático como a cadeira dos Arcos, que teve sua criação inspirada no Palácio dos Arcos, considerada a casa do Brasil e que representa a força e a beleza de nosso país para nós brasileiros e principalmente para os estrangeiros, é muita emoção”   Durante a SP-ARTE, os visitantes poderão conferir a linha do tempo que narra a trajetória profissional de Bernardo Figueiredo e o encontro com a Schuster Móveis. Além de conferir a perfeição da reedição da cadeira Arcos em primeira mão.     Schuster Móveis e Design www.moveis-schuster.com.br @schustermoveisdesign @bernardofigueiredo_acervo