Como uma das mais importantes artistas ambientais da atualidade, a francesa Anne de Carbuccia tem retratado artisticamente e documentado, durante a última década, as ameaças ao planeta causadas pelo homem, incluindo secas, oceanos de plástico, espécies extintas e culturas ameaçadas. Seu longa PROTETORES DO PLANETA TERRA já está disponível no streaming e traz reflexões necessárias para o dia de hoje, 22/04, Dia Internacional da Terra. A data, que teve início em 1970 nos Estados Unidos com um fórum ambiental com 20 milhões de pessoas reunidas pra protestar contra a poluição, foi fundamental para a aprovação de leis ambientais pioneiras sobre emissão de gases nocivos e proteção de espécies ameaçadas. O dia 22 de abril foi então adotado pela ONU em 2009 como data dedicada a promover em todo o mundo a consciência ambiental e o desenvolvimento sustentável. Em 2024, no entanto, a comemoração chega sob alertas de um prazo para a redução do aquecimento global e do desmatamento. Nesse sentido, o documentário de Anne aborda a necessidade de mudança frente aos danos causados pelo consumo excessivo de recursos naturais, reflexo das atividades humanas no meio ambiente. A diretora explica que, ao longo da infância, ela foi muito inspirada pelo trabalho do pai, que era editor francês do grande documentarista e oceanógrafo Jacques-Yves Cousteau. "Boa parte da minha infância eu passei vivendo ao ritmo das expedições e descobertas da equipe de Cousteau. Na época, quase tudo o que eles faziam era ‘pela primeira vez’. Suas filmagens e diários de bordo chegavam regularmente até nós, era como uma câmera de maravilhas de novas descobertas quase em tempo real! Cousteau era bastante poético e um homem da marinha cultivado, e ao lado dele sempre estavam o filósofo Ferdinand Lallemand e alguns sonhadores que faziam parte de sua equipe. Quando era pequena, passava horas ouvindo-os discutir suas expedições. Então, combinar o amor e a paixão pelo mundo natural com poesia, filosofia, antropologia e produção cinematográfica veio naturalmente para mim”. Mais tarde, quando a artista começou a testemunhar a crescente destruição da biosfera, sentiu que precisava se expressar através da arte, da poesia e da produção cinematográfica. Viajando pelo mundo enquanto produzia seu trabalho artístico, Anne encontrou diversos jovens que trabalham para salvar o planeta tendo esse compromisso inabalável como um dos seus objetivos. São esses jovens que a artista chama de Protetores do Planeta. O longa retrata de forma poética o árduo trabalho dessa juventude que luta por um mundo melhor. “Comecei a filmar porque muitas pessoas não acreditavam realmente que eu estava indo fisicamente a esses lugares para criar minhas instalações. Aos poucos, a realização do filme documental tornou-se uma narrativa, uma história. Comecei escrevendo e dirigindo alguns curtas-metragens e tive uma noção do extraordinário alcance do filme, de quanta consciência você pode criar com o cinema. É um dos instrumentos mais poderosos para a mudança. Então é claro que o próximo passo foi um longa-metragem!”, conta. Por meio de uma viagem cinematográfica emocionante, PROTETORES DO PLANETA TERRA atravessa os continentes para encontrar estes agentes de mudança que dedicam suas vidas ao nosso planeta. Conhecemos Lili no Yucatán, Tashi no Mustang, Dasha na Sibéria, Mariasole na Itália, Alexandria em Nova York e Jared na Amazônia peruana. São jovens que estão combatendo as secas, protegendo recifes, ajudando refugiados climáticos e defendendo a Amazônia; e todos eles estão contribuindo para criar um novo sistema. Eles formam um coletivo de empoderamento cidadão e suas vozes se tornam uma voz no filme. Anne conta que o conceito de Protetores do Planeta Terra surgiu aos poucos ao longo do tempo. “Comecei a visitar cada vez mais lugares remotos que são quase impossíveis de chegar sem um morador local ou um guia: é preciso ser convidado ou ter bons contatos por lá. Eu conhecia pessoas nas minhas exposições ou alguém via a arte e depois me convidava para ir ao seu país. Foi assim que criei esta rede única de amigos e aliados.” Ela explica que quanto mais viajava, mais encontrava essas pessoas notáveis fazendo coisas desafiadoras e inovadoras em ambientes muitas vezes extremos. “Sem eles eu nunca teria criado minha arte naquelas terras distantes. Por meio destas experiências, um padrão começou a tomar forma: a vida destes jovens que amavam a sua região e cultura e agiam para protegê-las. Suas histórias tornaram-se maiores do que a única narrativa da arte. Eles também foram um exemplo tão positivo para mim que decidi que também poderiam ser para outros.” A produção do filme é da fundação One Planet One Future e a obra já está disponível no Amazon Prime Video e no Apple TV. |
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Equipe Blog Leite Quentee news