Etarismo e a ditadura do relógio
Cortella e Terezinha Rios falam de preconceito e qualidade de vida na velhice
Em 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos chegará a dois milhões – o que representará cerca de um quinto da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em meio a essa transformação, surge a necessidade de repensar o conceito sobre o envelhecimento. Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios propõem uma abordagem filosófica e crítica para tratar desse tema no livro Vivemos mais! Vivemos bem? Por uma vida plena, publicado pela editora Papirus 7 Mares.
Em 11 capítulos, eles partilham questões como a ditadura do relógio, planos para o futuro e qualidade de vida na maturidade. Uma questão bastante urgente debatida pelos autores é o fenômeno do etarismo – a discriminação e o preconceito em relação à idade. Cortella reconhece que existe uma desvalorização dos idosos e que ela é mais evidente na cultura ocidental contemporânea, influenciada pelo produtivismo, que subestima as contribuições e as capacidades dos mais velhos.
A ideia de vida longa implica viver mais e viver bem. Mas, no meu entender, viver bem não é só chegar a uma idade mais avançada com qualidade material de vida. É também adquirir a capacidade de olhar a trajetória. Porque a vida não é só o agora, é o percurso. (Cortella, em Vivemos mais! Vivemos bem?, p. 17)
Rios complementa a discussão ao ressaltar a necessidade de uma instrução crítica e emancipatória para combater o etarismo. Ela destaca que os idosos são frequentemente desconsiderados, o que reflete uma subvalorização dos direitos fundamentais que pertencem a todos os seres humanos. Para a especialista, a educação desempenha um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. “Na nossa cultura, o velho vale menos. E o que significa valer menos? Ser olhado de uma maneira que despreza os direitos que ele tem como ser humano”, comenta a filósofa.
Ficha técnica
Título: Vivemos mais! Vivemos bem?
Subtítulo: Por uma vida plena
Autores: Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios
Editora: Papirus 7 Mares
ISBN: 978-65-5592-043-7
Dimensões:14x21cm
Páginas: 128
Preço: R$ 52
Onde encontrar: Amazon
Sobre Mario Sergio Cortella: É filósofo, escritor e palestrante, com mestrado e doutorado em Educação pela PUC-SP, onde atuou como professor titular por 35 anos (1977-2012). Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), tendo antes sido assessor especial e chefe de gabinete do professor Paulo Freire. É autor de diversos livros nas áreas de educação, filosofia, teologia e motivação e carreira.
Instagram: @cortella
Sobre Terezinha Azerêdo Rios: É graduada em Filosofia pela UFMG, com mestrado em Filosofia da Educação pela PUC-SP e doutorado em Educação pela USP. Com mais de 30 anos de experiência como professora na PUC-SP, é pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Educador (Gepefe) da Faculdade de Educação. Atua como assessora e consultora em projetos de formação de professores e educação continuada em várias áreas.
Instagram: @terezinha.rios
Sobre a Papirus 7 Mares: Criada em 2008, a Papirus 7 Mares é um selo editorial da Papirus Editora que se destaca pela publicação de obras nas áreas de filosofia, psicologia e educação, além de temas relacionados ao desenvolvimento pessoal e profissional. Com um catálogo diversificado e autoral, busca promover o conhecimento e o debate sobre questões relevantes para a sociedade contemporânea.
Site: https://papirus.com.br
Instagram: @papiruseditora
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Divulgação | Papirus 7 Mares baixar em alta resolução |
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Equipe Blog Leite Quentee news