Ninguém odeia o Natal mais que Bruno Aleixo. Odeia tanto que a estreia de "O Natal do Bruno Aleixo" no Brasil vai ser depois do Natal, um autêntico Natal pós-traumático, com sessões confirmadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, e outras capitais a confirmar. Isso porque o filme traz o personagem tendo novamente que lidar com seus fantasmas, a ansiedade e as mágoas que a época festiva sempre traz de volta.
Quem dirige o longa são os criadores do controverso e divertido personagem, o humorista, roteirista e apresentador de TV português João Moreira e o roteirista Pedro Santo. Os diretores se inspiraram em "Um Conto de Natal", de Charles Dickens, para colocar Bruno Aleixo no papel do lendário Ebenezer Scrooge.
Depois de conquistar os brasileiros e estrear "O Filme do Bruno Aleixo", o personagem volta ao Brasil na companhia de seus peculiares amigos com a jornada de "O Natal do Bruno Aleixo", que conta logo de início com o genial O Homem do Bussaco (metade homem, metade monstro peludo), o Busto (literalmente um busto de Napoleão) e a criatura Renato Alexandre (livremente inspirado em O Monstro da Lagoa Negra).
Nesta leitura contemporânea do clássico, Bruno Aleixo é assombrado por memórias natalinas nada ideais, como ceias chatíssimas e presentes péssimos, Bruno mergulha em um universo de sonhos peculiares que revelam a evolução do seu vínculo com a data. Mas ela também mostra que, até quem detesta o Natal, tem seus momentos!
"É nossa pretensão partir do celebrado arquétipo do 'Conto de Natal' de Dickens, tantas vezes adaptado nos mais diversos formatos artísticos, agora com Bruno Aleixo assumindo o papel de Ebenezer Scrooge. Instalando-se quase de imediato o conflito-base (na medida em que é estabelecida desde logo a existência de uma relação profundamente antagônica entre a personagem e o dia do Natal), serão, neste cenário, os sonhos de um Aleixo aparentemente em estado de coma a nos guiarem através de diversos natais. E, aqui, será então esta dinâmica onírica a assumir a função que habitualmente está consagrada aos três espíritos canônicos que visitam Scrooge", explicam os diretores.
"Todavia, serão seis, e não três, os natais visitados por Aleixo nos seus sonhos, com particular relevância para as ceias passadas (na figura da infância, pré-adolescência e duas fases distintas da idade adulta), não deixando ainda assim de expor as também clássicas versões 'presente' e 'futura'. Esta viagem espelhará a evolução do vínculo do personagem Bruno Aleixo com o Natal, pretendendo-se refletir também sobre a própria transformação que as celebrações e costumes natalícios foram sofrendo ao longo dos anos. Deixando-se ainda a premonição do que poderão vir a ser os Natais futuros se determinadas circunstâncias se mantiverem. Os Natais de Aleixo, sim, mas, mais uma vez, nunca apenas de Aleixo", completam João Moreira e Pedro Santo.
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