quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Esporte a Toda Prova.

 


Can-Am busca a sétima vitória em sete anos no Rali Dakar

·      O navegador brasileiro Gustavo Gugelmin poderá ser tetracampeão, três ao lado do norte-americano Austin Jones

 

·      Outras duas duplas brasileiras, Rodrigo Varela e Ênio Bozzano e Cristiano Batista e o português Fausto Mota, também estarão na competição


 

Gustavo Gugelmin e Austin Jones no Dakar de 2023

Fotos: Divulgação



Em 5 de janeiro terá início a maior competição off-road do globo, o Rali Dakar 2024, com a Can-Am buscando a sétima vitória consecutiva na classificação geral em sete anos de disputa na categoria UTVs. E os números são ainda mais grandiosos porque, além da expectativa acima citada, a Can-Am poderá se sagrar campeã pelas mãos do norte-americano Austin Jones e do catarinense de Lajes (SC) Gustavo Gugelmin, que partem para o tricampeonato já que venceram em 2022 e 2023. E mais: Gugelmin, que já é o brasileiro mais vitorioso da história do Dakar nos UTVs, se ganhar será tetracampeão (em 2018, arrematou o título navegando para um dos mais vitoriosos pilotos brasileiros de rali, Reinaldo Varela).

 

A 46ª edição promete ser tão ou mais emocionante, com a Arábia Saudita sediando o evento pelo quinto ano consecutivo. Começa em Al Ula e se estende por cerca de 7.891 quilômetros, finalizando em 19 de janeiro em Yanbu. De acordo com a organização, este ano, 354 veículos estão inscritos, incluindo 36 UTVs. Com um prólogo, 12 etapas e 14 dias de corrida, o Dakar 2024 terá aproximadamente 5.000 quilômetros de especiais (disputa cronometrada), sendo cerca de 60% de trechos inéditos.

 

A grande novidade é a etapa de 48 horas no Empty Quarter, ou Quarteirão Vazio, uma imensidão de areia e dunas no Sudeste do país. Desta vez, os competidores poderão ajudar uns aos outros à noite. Às 16 horas, devem rumar para o primeiro acampamento que alcançarem dentre os oito disponíveis. Somente outros competidores que tenham pernoitado no mesmo local estarão disponíveis para auxílio. Na manhã seguinte, o cronômetro volta a ser acionado para determinar os melhores do desafio.

 

Para Gustavo Gugelmin, a confiança no desempenho do UTV Can-Am e na durabilidade do conjunto faz do Maverick X3 um veículo de altíssimo desempenho, sendo a escolha da maioria das duplas participantes. E essa confiança vem desde 2018, quando começaram a desenvolver o UTV: “Isso nos dá a tranquilidade para enfrentar um Dakar que estamos considerando um dos mais difíceis, com provas mais longas. Teremos etapa de dois dias correndo no meio do deserto e dormindo por lá. Será um grande teste para veículos, pilotos e navegadores”, revela o brasileiro e acrescenta:

 

“Enquanto vejo muitos competidores sonharem em ir para o Dakar, eu terei a chance de me tornar tri e tetracampeão. São conquistas muito significativas e às vezes nem eu mesmo acredito onde cheguei. Ao mesmo tempo, a expectativa que depositam em nós é muito grande e a gente faz parecer fácil, mas não é, nem de longe. Estar lá é desafiador, sentimos medo, raiva, ficamos felizes, refletimos sobre nossas vidas. São muitas emoções em 15 dias e fica difícil relatar em palavras tudo isso. Mas asseguro que vamos com tudo, Austin e eu, para levar a Can-Am ao lugar mais alto do pódio mais uma vez. E, claro, o Brasil também por minhas mãos”.

 

Outras duplas brasileiras também estarão na edição 2024. Uma delas pela primeira vez. Rodrigo Varela, o atual campeão sul-americano de Rally Cross-Country e um dos filhos de Reinaldo Varela (vencedor do Dakar de 2018 juntamente com Gustavo Gugelmin), participará da competição ao lado do navegador brasileiro Enio Bozzano Júnior, na categoria T4:


“Estaremos a bordo de um Can-Am Maverick X3 preparado na Europa e que está muito redondo para a disputa. Mesmo sendo uma prova muito desafiadora, estou super ansioso para chegar na Arábia Saudita e enfrentar meu primeiro Dakar dando o meu melhor para fazer uma excelente prova. Já tenho experiência em provas internacionais com o Bozzano e acredito que o entrosamento e história dele no Dakar vão ajudar muito nesse desafio. As dicas do Reinaldo também, afinal é campeão dessa prova e nossa inspiração”.

 

 Cristiano Batista, o atual campeão na categoria UTV T4 do FIA World Cup for Cross Country Bajas 2023, competirá pela segunda vez o Dakar pela South Racing Can-Am. Sua primeira participação foi em 2023. Seu navegador será o português Fausto Mota.

 

Factory Racers Can-Am

Muito bem estabelecida no segmento de alto desempenho devido ao seu legado em esportes a motor e uma oferta de produtos muito competitiva, a Can-Am entra com tudo pela 7ª vitória consecutiva na geral entre os UTVs. Para tal, conta com uma nova equipe composta por experientes pilotos de rali.

 

Na categoria T3 competirão:

 

·      Austin Jones – o norte-americano é bicampeão do Rali Dakar em 2023 (T3) e em 2022 (T4), ambos ao lado do navegador brasileiro Gustavo Gugelmin. Ele também venceu a Copa do Mundo FIA de Ralis Cross-Country de 2021 na categoria T4 e é duas vezes vencedor do Baja 1000 e Campeão Internacional SCORE na Classe Trophy Truck Spec;

 

·      Chaleco Lopez – três vezes campeão do Rali Dakar (T4 em 2019 e 2021 e T3 em 2022), o chileno Francisco “Chaleco” Lopez é uma das maiores estrelas sul-americanas da modalidade. Esta é sua 11ª participação. Neste ano, buscará o título depois de terminar em 5º no ano passado.

 

·      Rokas Baciuška – o piloto lituano terminou em 2º na Classe T4 no Dakar 2023. Nesta edição, competirá na classe T3 depois de dominar a categoria T4 no Campeonato Mundial de Rally-Raid de 2023;

 

Na categoria T4 competirão:

 

·      João Ferreira – o principal piloto de cross-country de Portugal uniu forças com os Can-Am Racers para competir nesta edição do Dakar na Classe T4. João acaba de vencer o Rally do Marrocos na categoria T4;

 

·      Sara Price – a piloto norte-americana de off-road da Can-Am anunciou oficialmente sua entrada na edição de 2024 do Dakar na categoria T4 após vencer o desafio “Road to Dakar” apresentado pela A.S.O., organizadora do Rali Dakar.

 

Honrando uma lenda

Este ano, Lukas Lauda, ​​filho de Nikki Lauda, ​​correrá sob a bandeira South Racing. Em homenagem ao seu pai, seu o Can-Am Maverick X3 apresentará uma pintura única, ecoando o icônico esquema McLaren/Marlboro. No entanto, os logotipos serão substituídos pelos logotipos da BRP/Can-Am.

 

Bastidores

Outra novidade da marca canadense durante a competição ficará por conta do papel multifacetado do Can-Am Defender, que atuará como uma ferramenta versátil nas mãos da equipe South Racing. O UTV auxiliará no transporte, nas operações de recuperação e até na montagem do acampamento, demonstrando suas múltiplas funções, seu valor e importância no mundo das corridas off-road.

 

Protagonismo Can-Am

Vencer corridas tornou-se algo frequente para a Can-Am desde que revelou sua aclamada plataforma Maverick X3 em 2017. De lá para cá foram muitos pódios, algo que se confirmou também em 2023 com os primeiros lugares em duas das maiores competições do planeta: o Sertões com Deni Nascimento e Gunnar Dums e o Dakar com Austin Jones e Gustavo Gugelmin.

  

Historicamente, o primeiro ano dos UTVs como categoria oficial do Dakar foi em 2017, quando a prova foi realizada entre Argentina, Paraguai e Bolívia. Entretanto, a Can-Am não participou, pois o regulamento não contemplava modelos turbo a gasolina.

 

Foi Reinaldo Varela, o patriarca da Família da Poeira, quem deu início ao grande domínio da Can-Am no maior rali do mundo e coroou uma trajetória incrível nas mais diversas provas do Brasil e do exterior com o título mais importante de sua carreira: a conquista do Rali Dakar 2018, tendo ao seu lado justamente o navegador catarinense Gustavo Gugelmin, parceiro de tantas provas e vitórias e que agora compete com o norte-americano Austin Jones. A competição daquele ano foi iniciada em Lima, no Peru, com passagem pela Bolívia e concluída em Córdoba, na Argentina.

 

Em 2019, com o Dakar todo realizado no Peru, houve grande crescimento no grid dos UTVs, com 30 tripulações inscritas. Naquela temporada, a última da competição em solo sul-americano, a Can-Am ganhou de vez o protagonismo na prova, com 24 veículos na disputa. O chileno Francisco Chaleco López, oriundo da categoria motos, faturou o Dakar pela primeira vez, tendo como navegador o conterrâneo Álvaro León Quintanilla. Varela e Gugelmin terminaram em terceiro.

 

No ano seguinte, em 2020, Casey Currie venceu o Dakar em um Maverick X3, dando à Can-Am a terceira vitória consecutiva na competição. Os veículos Can-Am cruzaram a linha de chegada em todas as dez primeiras posições. Na sequência, em 2021, Chaleco López venceu pela segunda vez a prova e arrematou o título na categoria protótipos leves com um Maverick X3, mesmo competindo na categoria UTV.

 

Em 2022, começou a saga da dupla Jones/Gugelmin. Após duas semanas intensas com doze etapas e mais de oito mil quilômetros de percurso se sagraram campeões na categoria T4, com uma vantagem apertadíssima de apenas 02m37s para os segundos colocados. E a história se repetiu no ano passado com mais uma vitória do americano e do brasileiro a bordo do Can-Am Maverick X3, porém na categoria T3, com quase uma hora de vantagem sobre a dupla vice-campeã.

 

Fato é que, em todos esses anos, é inegável a preferência de pilotos e navegadores pelos UTVs Can-Am, o que só reforça o protagonismo da marca canadense também no Rali Dakar.

Rodrigo Varela Competirá pela primeira vez no Dakar

Foto: Duda Bairros

 

Gugelmin e Jones comemorando o bicampeonato na edição passada

Foto: Divulgação

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