A PEDRA NO CARNAVAL
No carnaval a pedra
se fantasia de flores,
a pedra tem amores,
dissabores,
a pedra se disfarça
mas não há farsa
que a pedra não veja,
a pedra toma cerveja
e ainda é pedra,
ela percorre a avenida
da saída ao início,
a pedra é doce feito fel,
é mel que figura na louca,
é precipício.
No carnaval a pedra
vive para esclarecer que é pedra,
no carnaval a pedra não reza,
a cartilha?
A pedra se solta na ladeira,
faz besteira, brincadeira?
A pedra namora, beija,
é marinheiro, é bailarina
ou general, a pedra é mal?
A pedra se fantasia, se disfarça,
mas não se esquece que é da massa,
massa mole, pedra dura que não fura,
a pedra é vertigem, é fumaça,
namoradeiro, patrulheira,
é porta-bandeira, se veste de máscara
em formato de pedra,
a pedra ergue, degenera, empedra,
tudo que é não era,
a pedra não erra,
no bloco raso ou fundo
é porco imundo, é bela,
a pedra no carnaval
é só e somente pedra.
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