“Não é um livro sobre lugares, mas sobre pessoas que se conectam por meio de diferentes ações. Normalmente, os fotógrafos viajam para mostrar como as pessoas ao redor do mundo têm uma vida simples e difícil, com a intenção de trazer algo para elas. Eu acredito que com o Ubuntu seja exatamente o contrário: as pessoas têm muito a nos ensinar. Às vezes temos a sensação de que não precisamos de nada nem de ninguém, mas se olharmos para as possibilidades que o coletivo traz, acredito que podemos ter uma vida melhor”, disse André.
A jornalista e idealizadora-parceira Paula Poleto selecionou mais de 60 mil imagens durante o projeto e chama a atenção para o fato de que todos os temas apresentados no livro estão
interligados e nos mostram a importância da conexão humana para seguirmos em frente. Ela relata que "construir o Ubuntu foi um esforço para compreender como a saúde, a educação e a cultura estão relacionadas através da interação humana. Nos perguntamos como poderíamos juntar fotos de desastres ambientais, com crises humanitárias e plantações no meio de favelas no Quênia. Foi durante o trabalho que percebemos como o André estava captando a essência do 'nós’”.
A obra literária de Ubuntu contou com a curadoria da holandesa Corinne Noordenbos, fotógrafa e educadora visual. Segundo André, a convivência profissional com a artista o “virou do avesso” e o fez conhecer melhor sobre como contar uma história completa por meio de imagens.
A autora de Everyday Ubuntu, Mungi Ngomane, escritora sul-africana e neta de Desmond Tutu, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, também assina o prefácio em Ubuntu: Eu sou porque nós somos sobre a importância da conexão humana e o elo entre as pessoas.
A exposição traz uma seleção de retratos feitos ao longo dessa experiência transformadora de aprendizado que é o Ubuntu. Ao olhar nos olhos das pessoas retratadas podemos, muitas vezes, nos ver refletidos ali, nas dores, nos desafios e na resiliência que nos une como seres humanos.
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