sábado, 25 de novembro de 2023

 


Livro e Exposição Ubuntu são apresentados na Embaixada do Brasil em Londres  

Lançado no Brasil, a versão literária da iniciativa é finalista do Prêmio Jabuti e a exposição estará em Londres até 1º de dezembro de 2023. 

Créditos: André François

Crédito Imagem: André François

Da união de culturas através da sensibilização do olhar sobro o ato de cuidar e a conexão entre as pessoas, o projeto Ubuntu: Eu sou porque nós somos realizou sua estreia internacional na Embaixada do Brasil em Londres, na Inglaterra, no dia 20 de novembro. A iniciativa é apresentada pelo Ministério da Cultura e ONG ImageMagica, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. 

 

Idealizado pelo fotógrafo André François e a jornalista Paula Poleto, o projeto conta com imagens inspiradoras que trazem a reflexão sobre a conexão humana em diferentes culturas ao redor do mundo. As obras estão disponíveis na versão literária, finalista ao Prêmio Jabuti 2023, e em uma exposição com visitas guiadas na Sala Brasil, da Embaixada do Brasil até 1º de dezembro. 

 

Na noite inaugural, realizada em 20 de novembro na Embaixada do Brasil em Londres, aproximadamente 130 pessoas prestigiaram a estreia das obras expostas. Dentre os presentes, destacaram-se personalidades como o embaixador Antonio Patriota, a chefe do Setor Cultural da Embaixada, Ana Flavia Bonzanini, e o chefe executivo da Tutu Foundation UK, Clive Conway. 

O fotógrafo, André François, na noite de estreia com o embaixador Antonio Patriota. Crédito Imagem: Bruna Casotti.

Ubuntu tem as suas origens de uma filosofia sul-africana, que se centra na humanidade, na pertença e na comunidade. ‘Umuntu ngumuntu ngabantu’, um provérbio Zulu, explica bem: ‘Uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas’. Ou simplesmente: eu sou porque nós somos. 

 

Ao longo de 13 anos, o fotógrafo e a jornalista registraram inúmeras iniciativas positivas na educação e na saúde em comunidades de 15 países. Temas como acesso à água, o cuidado ao meio ambiente e os direitos humanos também fazem parte do projeto. 

 

Para alcançar tantas histórias, André e Paula, com a colaboração da produtora Camila Pastorelli, visitaram diversos lugares ao redor do mundo, como as comunidades Yanomami, em Roraima, no Brasil, e os Inuits, em Nunavut, no Canadá, passando por Japão, China, Bolívia, Camboja, Estados Unidos e Haiti, até África do Sul, Lesoto, Moçambique, Quênia, Uganda, Ruanda e Burundi. 

 

No evento mais recente da pandemia da Covid-19, a dupla foi mais uma vez a campo para registrar o importante trabalho das equipes de saúde com os pacientes brasileiros. Todos os temas abordados estão interligados e nos mostram a importância dessa conexão humana para seguirmos adiante. 

Crédito Imagem: ONG ImageMagica.

Pelas lentes de François, as imagens mostram comunidades ao redor do mundo e conectam os espectadores a diferentes pontos de vista, buscando as particularidades de cada cultura e como elas vivem a partir do poder do ‘nós’. 

 

“Não é um livro sobre lugares, mas sobre pessoas que se conectam por meio de diferentes ações. Normalmente, os fotógrafos viajam para mostrar como as pessoas ao redor do mundo têm uma vida simples e difícil, com a intenção de trazer algo para elas. Eu acredito que com o Ubuntu seja exatamente o contrário: as pessoas têm muito a nos ensinar. Às vezes temos a sensação de que não precisamos de nada nem de ninguém, mas se olharmos para as possibilidades que o coletivo traz, acredito que podemos ter uma vida melhor”, disse André. 

 

A jornalista e idealizadora-parceira Paula Poleto selecionou mais de 60 mil imagens durante o projeto e chama a atenção para o fato de que todos os temas apresentados no livro estão interligados e nos mostram a importância da conexão humana para seguirmos em frente. Ela relata que "construir o Ubuntu foi um esforço para compreender como a saúde, a educação e a cultura estão relacionadas através da interação humana. Nos perguntamos como poderíamos juntar fotos de desastres ambientais, com crises humanitárias e plantações no meio de favelas no Quênia. Foi durante o trabalho que percebemos como o André estava captando a essência do 'nós’”.  

 

A obra literária de Ubuntu contou com a curadoria da holandesa Corinne Noordenbos, fotógrafa e educadora visual. Segundo André, a convivência profissional com a artista o “virou do avesso” e o fez conhecer melhor sobre como contar uma história completa por meio de imagens. 


A autora de Everyday Ubuntu, Mungi Ngomane, escritora sul-africana e neta de Desmond Tutu, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, também assina o prefácio em Ubuntu: Eu sou porque nós somos sobre a importância da conexão humana e o elo entre as pessoas. 


A exposição traz uma seleção de retratos feitos ao longo dessa experiência transformadora de aprendizado que é o Ubuntu. Ao olhar nos olhos das pessoas retratadas podemos, muitas vezes, nos ver refletidos ali, nas dores, nos desafios e na resiliência que nos une como seres humanos. 

Horário de funcionamento da exposição 

Data: 20 de novembro a 01 de dezembro 

Horários: Seg-Sex - Das 10h às 18h / Sábado - Das 11h às 16h 

Visitas guiadas às quintas-feiras, das 17h às 18h 

Local: Sala Brasil - Embaixada do Brasil em Londres 

Endereço: 14-16 Cockspur Street SW1Y SBL 

Para obter mais informações sobre o Ubuntu ou comprar livros, envie um e-mail para camila@imm.ong 

Sobre a ImageMagica 

Idealizada pelo fotógrafo e empreendedor social André François, a ImageMagica tem como missão promover o desenvolvimento humano por meio da fotografia. Com a convicção de que a transformação começa pelo olhar, a ONG desenvolve ações nas áreas de educação, saúde e cultura estimulando as pessoas a refletirem sobre o seu entorno e, assim, transformarem a si próprias e o ambiente onde vivem. Desde 1995, já foram mais de 400 mil olhares transformados com projetos realizados em 19 países. Saiba mais em: https://imm.ong/ 

Sobre André François 

André François é fotógrafo brasileiro, empreendedor social e autor de 9 livros. Há mais de 30 anos cria documentários fotográficos no Brasil e no mundo. Desde 2005, o trabalho fotodocumental de François tem-se centrado principalmente na saúde e na educação. Seu maior e mais recente projeto, Ubuntu, é o resultado dos últimos 13 anos de trabalho. André é reconhecido e premiado por diversas organizações, como Fundação Conrado Wessel, Prêmio Empreendedor Social, organizado pela Fundação Schwab e jornal Folha de S. Paulo, Coleção Pirelli-Masp, Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial da Saúde (OMS) , Médicos Sem Fronteiras, entre outros. O fotógrafo também é fundador da ImageMagica, uma organização sem fins lucrativos que desde 1995 desenvolve projetos de impacto social em todo o Brasil. 



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