Na segunda, 20, Dia da Consciência Negra, o Canal Brasil vai exibir uma entrevista inédita com Tony Tornado. Na conversa, o ator conta sua história até chegar a seu primeiro papel na televisão, passando pelo exército e pelo exílio na época da ditadura, e relembra seus trabalhos mais icônicos. O papo vai ao ar no Cinejornal, às 13h15.
Ao falar sobre a novela “Roque Santeiro”, em que interpretou Rodésio, capataz que trabalhava para a viúva Porcina (Regina Duarte), Tony faz uma reflexão sobre a presença de profissionais negros no elenco e uma comparação com a realidade de hoje. "Eu fiz uma novela na TV Globo chamada ‘Roque Santeiro’ que tinha um elenco de mais de 130 atores e, acredite, só tinha eu de negro, apenas um, só eu. Nós tivemos um avanço muito grande, graças a Deus. Hoje é uma felicidade toda vez que eu ligo a televisão e é um elenco com dez, doze atores negros, é uma vitória. Claro, ainda não é o ideal, mas estamos bem encaminhados e eu fico feliz de ter feito parte desse início”, conta.
Outro momento que o ator recorda é quando foi o vencedor do V Festival Internacional da Canção, em 1970, com "BR3". Tony conta que a música foi um sucesso, mas sua vitória uma zebra, já que concorria com nomes como Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Milton Nascimento. “Claro que eu fui uma zebra, imagina! Olha com quem eu estava concorrendo. Acontece que eu estava trazendo uma coisa nova. A ‘BR3’ e toda aquela complexidade, o intérprete, a música, a dança, principalmente o intérprete, desculpe a modéstia, eram diferentes. Era um negão, com um cabelo deste tamanho em uma época que alisavam o cabelo para ficar igual ao Nat King Cole. E eu não usava a camisa volta ao mundo com aquela gravatinha aqui não, era peito nu e eu tinha um sol no peito. Era tudo muito novo e o povo estava ávido por coisa nova”, lembra.
Cinejornal - Tony Tornado
Horário: Segunda, 20/11, às 13h15
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