quinta-feira, 24 de agosto de 2023

 

‘MARTE UM’ É O GRANDE VENCEDOR DO 22º GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO.

22º GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO




Dira Paes e Carlos Francisco ganharam os troféus Grande Otelo de Melhor Atriz e Melhor Ator 

‘Marte Um’ levou oito troféus Grande Otelo, incluindo Melhor Direção e Melhor Longa-metragem 


Foram anunciados nesta quarta-feira, 23 de agosto, os vencedores do 22º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. O grande destaque da noite foi “Marte Um”, dirigido por Gabriel Martins, laureado com oito troféus Grande Otelo: Melhor Longa-Metragem Ficção, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Direção de Fotografia, Melhor Montagem e Melhor Som. A cerimônia – que é realizada anualmente pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais – aconteceu na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro, e teve apresentação de Silvio Guindane e Cláudia Abreu.


Produzido pela Filmes de Plástico, em coprodução com o Canal Brasil, "Marte Um" estreou no Festival de Sundance e foi o escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar®. É o segundo longa do cineasta mineiro Gabriel Martins e é centrado no cotidiano de uma família periférica, nos últimos meses de 2018, pouco depois das eleições presidenciais.


O troféu Grande Otelo de Melhor Atriz foi para Dira Paes (“Pureza”) e o de Melhor Ator, para Carlos Francisco (“Marte Um”). Adriana Esteves ganhou na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (“Medida Provisória”) e como Melhor Ator Coadjuvante quem ganhou foi Cícero Lucas (“Marte Um”). 


Foram anunciados 29 prêmios para longas-metragens, curtas e séries brasileiras, escolhidos pelo amplo júri formado por profissionais associados à Academia Brasileira de Cinema, além do prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular, que teve votação pelo site da instituição. Como é tradição, a abertura dos envelopes foi ao vivo, auditada pela PwC Brasil.


O cineasta paraibano Vladimir Carvalho foi o grande homenageado desta edição. Aos 88 anos, Vladimir segue como referência do "cinema verdade" e inspiração para novas gerações de documentaristas. Suas produções, carregadas com elementos do Cinema Novo, contam a história da nossa gente, permitindo que o Brasil se reconheça diante da tela. Ainda em celebração ao documentário, a Academia também homenageou o crítico de cinema, escritor e jornalista Amir Labaki, idealizador do É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários.


Com direção de Batman Zavareze, roteiro de Bebeto Abrantes e performances do pianista, orquestrador e compositor pernambucano Vitor Araújo, a cerimônia foi transmitida ao vivo pelo Youtube da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais e pelo Canal Brasil, com sinal aberto para não-assinantes no GloboPlay. A transmissão no Canal Brasil/GloboPlay teve apresentação de Simone Zuccolotto, com comentários da atriz Bárbara Paz e reportagem de Maria Clara Senra e Kiko Mollica. 


Na cerimônia, Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, celebrou a "nova retomada" do cinema nacional e lembrou que a edição do ano passado se encerrou com uma performance de Silvero Pereira cantando “Dias Melhores Virão”, música de Rita Lee e Roberto Carvalho, composta para o filme de Cacá Diegues em 1989.


Dias melhores chegaram! Mas isso não significa que ainda não haja muito trabalho pela frente para garantir que dias melhores sejam constantes. Esse é um ano muito especial para o cinema brasileiro: são 125 anos de existência, valendo lembrar que o Brasil, o Rio de Janeiro especificamente, foi um dos primeiros lugares do mundo onde se filmou. Essa noite é uma celebração a toda essa história. Uma viagem através do tempo e dos olhares desses nossos grandes documentaristas”.


O secretário Municipal de Cultura do Rio, Marcelo Calero, esteve na cerimônia e destacou a capacidade de resistência do setor audiovisual brasileiro. “Quando pegamos a Prefeitura, encaramos um cenário muito hostil à cultura e ao audiovisual. Ainda na campanha, nós conversamos com muitos produtores que sinalizam sobre a importância de se reconstruir a RioFilme”, disse. "Às vezes a sociedade até esmorece, e nós provamos a resiliência que temos. Hoje podemos nos orgulhar e, neste ano, o investimento foi recorde: passamos de um cenário de R$23 milhões, em 2021, para R$64 milhões neste ano”, concluiu.


A 22ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é uma realização da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais. O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023 conta com o apoio da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, por meio da RioFilme, órgão que integra a Secretaria Municipal de Cultura, e tem apuração e acompanhamento pela PwC Brasil.



OS VENCEDORES DO GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO 2023


MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO

  • MARTE UM - Gabriel Martins. 

Produção: Thiago Macêdo Correia, Maurilio Martins, André Novais Oliveira e Gabriel Martins por Filmes de Plástico


MELHOR FILME JÚRI POPULAR

  • BEM-VINDA A QUIXERAMOBIM, de Halder Gomes. 

Produção: Mayra Lucas da Rocha por Glaz Entretenimento


MELHOR DIREÇÃO

  • GABRIEL MARTINS - Marte Um


MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM

  • CAROLINA MARKOWICZ - Carvão


MELHOR ATRIZ

  • DIRA PAES como PUREZA - Pureza


MELHOR ATOR

  • CARLOS FRANCISCO como WELLINGTON - Marte Um


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

  • ADRIANA ESTEVES como ISABEL - Medida Provisória


MELHOR ATOR COADJUVANTE

  • CÍCERO LUCAS como DEIVINHO - Marte Um


MELHOR FILME INTERNACIONAL

  • ELVIS (EUA) - Baz Luhrmann. 

Distribuidor Brasileiro: Warner Bros Pictures


MELHOR FILME IBERO-AMERICANO

  • ARGENTINA, 1985 (Argentina) - Santiago Mitre 


MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO

  • KOBRA AUTO RETRATO - Lina Chamie

Produção: Lina Chamie e Vinícius Pardinho por Girafa Filmes


MELHOR LONGA-METRAGEM ANIMAÇÃO

  • TARSILINHA - Celia Catunda e Kiko Mistrorigo. 

Produção: Celia Catunda, Kiko Mistrorigo e Ricardo Rozzino por Pinguim Content 


MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL 

  • PLUFT, O FANTASMINHA - Rosane Svartman.

Produção: Clélia Bessa por Raccord Produções


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

  • GABRIEL MARTINS - Marte Um


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO 

  • ANGELO DEFANTI - O Clube dos Anjos


MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO

  • A MENINA ATRÁS DO ESPELHO - Iuri Moreno


MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO

  • BIG BANG - Carlos Segundo


MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO

  • TERRITÓRIO PEQUI - Takumã Kuikuro


MELHOR MONTAGEM 

  • THIAGO RICARTE e GABRIEL MARTINS - Marte Um


MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA

  • LEONARDO FELICIANO - Marte Um


MELHOR EFEITO VISUAL

  • SANDRO DI SEGNI - Pluft, O Fantasminha


MELHOR SOM

  • MARCOS LOPES e TIAGO BELLO - Marte Um


MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

  • ADRIAN COOPER - A Viagem de Pedro


MELHOR MAQUIAGEM

  • TAYCE VALE e BLUE - A Viagem de Pedro


MELHOR FIGURINO

  • MARJORIE GUELLER, JOANA PORTO e PATRICIA DORIA - A Viagem de Pedro


MELHOR TRILHA SONORA

  • PEDRO GUEDES, FABIANO KRIEGER e LUCAS MARCIER - Eduardo e Mônica


MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DOCUMENTÁRIO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE - TV PAGA E OTT

  • PACTO BRUTAL – O ASSASSINATO DE DANIELLA PEREZ – 1ª TEMPORADA -

Direção Geral: Tatiana Issa e Guto Barra. 

Escrita por Guto Barra. 

Produção: Producing Partners.


MELHOR SÉRIE BRASILEIRA ANIMAÇÃO, DE PRODUTORA INDEPENDENTE - TV PAGA E OTT

  • VAMOS BRINCAR COM A TURMA DA MÔNICA – 1ª TEMPORADA - 

        Direção Geral: Mauricio de Sousa e Fabiano Pandolfi.  

        Escrita por Belise Moffoli

  Produção: Mauricio de Sousa Editora 


MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇÃO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE PARA TV ABERTA, TV PAGA/OTT

  • MANHÃS DE SETEMBRO – 2ª TEMPORADA - Direção Geral: Luis Pinheiro. Escrita por Josefina Trotta, Alice Marcone, Marcelo Montenegro, Carla Meireles e Miguel de Almeida. 

Produção: O2 Filmes




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