quinta-feira, 6 de julho de 2023

Comportamento.

 


PSICANALISTA EXPLICA SE SER FAMOSO É SAUDÁVEL.


Aparecer. Ganhar notoriedade. Ser reconhecido. Ser admirado. Fazer selfies com o público. Permanecer no centro das atenções com qualquer tipo de entretenimento. O filósofo francês Guy Debord já escrevia, nos anos de 1960, no livro A Sociedade do Espetáculo, que “toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era diretamente vivido se esvai na fumaça da representação”. Anos depois, é inegável não reconhecer a importância alcançada pela internet. Estamos conectados a todo tempo.


 Estamos conectados a toda hora. O fácil acesso aos celulares deu às pessoas a possibilidade de uma comunicação mais ágil e veloz. Estar nas redes sociais é quase uma obrigação. As plataformas digitais podem proporcionar aos usuários grande visibilidade. Ter alguma fotografia compartilhada ou determinado vídeo visualizado milhares de vezes, talvez, seja o desejo de muita gente.

Ser influenciador virou sinônimo de fama e dinheiro. Afinal, existe algum mal se o indivíduo cair no gosto popular das redes, ganhar comentários, curtidas, likes e alcançar a fama de uma hora para outra? O psicanalista Luiz Eurico fala que todos nós temos o desejo de sermos amados/desejados. Ele coloca que ser famoso pode nos dar essa impressão. Se buscar a fama tem um lado ruim, de acordo com o profissional, quando ela é alcançada por merecimento, seja qual for a atividade, é justa, desde que seja de verdade. “Muitos alcançam de forma errada, abrindo mão de qualquer ética”, diz. O psicanalista comenta que pode, sim, existir o lado bom da fama, citando a maturidade e o equilíbrio. Luiz acredita que se somarmos isso à educação e ao equilíbrio vindas da família, vai se tornar um fator importante, aliado também ao apoio recebido de amigos e assessores.


Quando a presença dos holofotes é constante, e o famoso é alvo frequente do mercado midiático, duas palavras são colocadas para o psicanalista: narcisismo e ego. Ele responde que o narcisismo, na psicanálise, é o desejo de ser aplaudido/olhado. “Não necessariamente a fama nos leva a isso. Se acontecer, nosso narcisismo é alimentado”, comenta. Luiz explica que existe um conceito errado de ego até mesmo pela desinformação de algumas pessoas. “Tornou-se um adjetivo negativo. Todos nós temos um ego, mas se não tivermos equilíbrio, podemos nos tornar egocêntricos, que significa tudo voltado para nosso eu”, ressalta

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