segunda-feira, 6 de março de 2023

ENTREVISTA

 Engenheiro resgata tecnologias do século XVI em ficção. 



Um passeio pelas transformações tecnológicas das Grandes Navegações

Douglas Portelinha, autor de "O Segredo do Rei", leva o público para uma imersão no século XVI a partir de uma trama de aventura

Em O Segredo do ReiDouglas Portelinha faz o leitor viajar a uma época de grandes acontecimentos que mudaram o mundo. Com uma narrativa leve, divertida, mas recheada de aventuras, a obra é ambientada nas Grandes Navegações, no século XVI.

Curiosidades históricas do mundo são apresentadas por ele no enredo, como o robô de Leonardo. O navegador Fernão Magalhães também está presente. Já Américo Vespúcio aparece através de sua filha: ela é a protagonista, agente dupla de uma rede de espiões e precisa proteger os livros com as informações sobre o “Novo Mundo”.




De acordo com ele, o principal objetivo da história é ser uma ferramenta de entretenimento para aqueles que, depois de um dia exaustivo, apenas querem se divertir e descansar. Em entrevista, o autor fala sobre como intercala ficção e história mundial nesta aventura épica. Confira abaixo:

1. No lançamento “O segredo do rei”, você traz muitas curiosidades e acontecimentos históricos, principalmente da época das Grandes Navegações. Por que escolheu este período específico como pano de fundo para o livro?

Douglas Portelinha: Estava a trabalho em Gana e fui visitar a Fortaleza de São Jorge da Mina. Fiquei impressionado, pois ela foi construída em 1480 pelos portugueses, que levaram carpinteiros, pedreiros, material de construção, pedras, gesso e cal como lastro do navio. Como sou engenheiro, fiquei impressionado, pois sei como é difícil mobilizar uma grande obra. Tem uma logística envolvendo equipamentos, material e equipe. Então, quero levar o leitor a uma época de grandes transformações. Se fizermos um paralelo e cruzar os mares em 1500, é como ir para Marte em 2000. Hoje temos GPS, equipamentos modernos e, naquela época, a bússola era uma nova tecnologia que os europeus estavam usando. 

2. Qual a principal mensagem que o seu livro traz aos leitores e de que forma acha que pode contribuir na vida de cada um?

D.P.: Eu quero que as pessoas se divirtam com o livro. Para quem trabalhou o dia todo ou passou o dia estudando, eles podem chegar em casa e se entreter com a leitura. Quero levar o leitor para uma viagem na história com aventura e ação.

3. No enredo, você também traz para a ficção grandes nomes da história mundial – entre eles, Leonardo da Vinci, Fernão Magalhães e Américo Vespúcio. Para você, qual a importância desses nomes para a nossa realidade atual?

D.P.: Apresento essas referências nos dois livros que publiquei, “Draco Cola” e “Segredo do Rei”. Estes grandes nomes ajudaram ou participaram diretamente para transformar o mundo como conhecemos hoje. Seria difícil escrever sobre uma época de tantas transformações sem mencioná-los.

4. Você também retrata no lançamento diversas tecnologias do passado, que fizeram grande diferença na época. Pode citar algumas delas e explicar como fizeram a diferença para as tecnologias que temos à disposição hoje?

D.P.: Em primeiro, há a prensa. Antes da prensa, os livros eram copiados, depois podiam ser publicados em milhares. É mais ou menos como a internet: antes tínhamos os livros físicos, hoje os digitais com certeza chegam a uma quantidade muito maior de leitores. Cito o lápis no livro, que surgiu tempos depois, que é uma coisa muito simples para nós hoje, mas, naquela época, para um espião, faria grande diferença, pois é mais fácil andar com um pequeno lápis do que com tinteiro e uma pena. O astrolábio é outro equipamento muito importante para as navegações, era um aparelho que se usava para ter a localização durante o dia. Foi um grande avanço, pois antes a localização dependia das estrelas, hoje temos o GPS. São vários itens que aparecem, sempre para mostrar ao leitor que, mesmo no passado, já existia alguma tecnologia. Afinal, para atravessar um oceano, tem que ter muita coragem acompanhada de técnica, para saber onde quer chegar.

5. Douglas, além de escritor, você é engenheiro. Como a sua paixão pela profissão se mistura com o amor pela literatura?

D.P.: Como engenheiro, tive a oportunidade de morar em vários estados e cidades do Brasil e do exterior. Em todos os lugares que estive, sempre procurei conhecer um pouco mais da cultura local, os costumes de cada região, sua forma de falar, sua comida e suas particularidades.

6. Você tem outros projetos literários para o futuro? Se sim, já pode adiantar alguma novidade?

D.P.: Sim, tenho novos projetos. Adianto que, neste próximo livro, terá muita ação, aventura e grandes nomes da história mundial irão aparecer juntamente com personagens fictícios.

Sobre o autor: Douglas Portelinha nasceu em Pitanga, no interior do Paraná, e atualmente mora em São Paulo. Engenheiro civil, ele já morou em várias cidades do Brasil e em seis países diferentes. Passou por regiões como São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, República Dominicana, Nicarágua, Honduras e Panamá. Essas viagens pelo mundo foram fonte de inspiração para sua carreira como escritor. Seu primeiro livro foi “Draco Cola – a cauda do dragão”, que ganhou medalha de prata na 24ª edição do International Latino Book Awards, na categoria “Ficção em Português”. “O Segredo do Rei”, lançamento mais recente do autor, mistura história mundial com ficção.

Para saber mais sobre o livro “O Segredo do Rei”, clique aqui!

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