A trajetória de uma família é a questão central em SEGUNDO TEMPO, quarto longa ficcional de Rubens Rewald, que também fez Corpo, Super Nada e #eagoraoque; além dos longas documentais, Esperando Telê, Intervenção e Jair Rodrigues – Deixa que Digam. O novo filme coloca ao centro os irmãos Ana (Priscila Steinman) e Carl (Kauê Telloli) em busca de suas verdadeiras identidades depois de uma grande perda. O filme é uma produção Miração Filmes & Confeitaria de Cinema, com distribuição da Pandora Filmes, que o lança nos cinemas em março.
“Uma questão crucial no filme é sobre as famílias na cidade, suas histórias atuais e antigas. São Paulo é povoada por inúmeros migrantes e imigrantes, sendo que a identidade da cidade se forma a partir deste caldeirão étnico e cultural. Nesse sentido, há muitas histórias ocultas na cidade sobre pessoas ou famílias que apagaram seus passados para tentar se reinventar em uma nova vida”, explica o diretor, que também assina o roteiro.
Ana e Carl nunca se deram bem. Eles precisam deixar de lado as diferenças na tentativa de encontrar seu lugar no mundo. Os irmãos partem para a Alemanha em busca de suas histórias e identidades. Eles tentam, de alguma forma, descobrir uma narrativa própria para que possam lidar com esse mundo caótico, que parece cada vez mais sem sentido.
Eles são filhos de Helmut (o ator alemão Michael Hanemann), um imigrante alemão que veio ao Brasil em busca de novas histórias. Agora, Ana e Carl fazem o caminho inverso, em busca de respostas.
A história oculta de Helmut é o fio condutor da trama, tal como um filme de investigação. Ana e Carl terão, em sua jornada, a missão de juntar e montar os fragmentos estilhaçados dessa história, tal qual um quebra-cabeças. Serão capazes? “Afinal, em nossa experiência real, as histórias sempre nos chegam incompletas e fragmentadas. Nós somos os únicos capazes de fazer as conexões, sejam elas reais ou imaginárias.”, diz o diretor.
“É importante ressaltar que eu mesmo venho de uma família de imigrantes. A família de meu pai veio da Alemanha, fugindo da Segunda Guerra Mundial, e a família de minha mãe veio da Hungria e da Turquia, fugindo da guerra entre a Turquia e a Grécia. Todos se conheceram em São Paulo durante a década de 1950, enquanto tentavam iniciar uma nova vida em um novo país. SEGUNDO TEMPO, embora completamente ficcional, carrega uma forte abordagem que deriva de meu imaginário pessoal e familiar.”
Rodado no Brasil e Alemanha, o filme conta com elenco e equipe técnica dos dois países. Além disso, foi exibido em diversos festivais nacionais e internacionais. No Festival de Cinema Judaico em Punta del Leste, ganhou o prêmio de Melhor Filme Latinoamericano. E também participou dos Festival do Rio, Festival Inffnito de Miami e New York, Festival de Cinema Judaico em Boston.
SEGUNDO TEMPO será lançado no Brasil pela Pandora Filmes.
Sinopse
Ana e Carl são dois jovens irmãos que nunca se deram bem, mas depois de sofrerem uma grande perda familiar, partem em busca de respostas. Os dois tentam encontrar no Brasil e na Alemanha, seus próprios caminhos e identidades, atravessando a história de sua família e do século XX.
FICHA TÉCNICA
Roteiro e Direção: Rubens Rewald
Produção Executiva: Marina Puech Leão & Julia Walker
Elenco: Priscila Steinman, Kaue Telloli, Michael Hanemann, Laura Landauer e Jochen Stern
Fotografia: Humberto Bassanelli & Sergio Roizenblit
Som: Eduardo Santos Mendes
Montagem: Willem Dias
Direção de Arte: Ana Rita Bueno
Música: Claudio Faria
Produção: Miração Filmes & Confeitaria de Cinema
País: Brasil
Gênero: Drama
Ano: 2022
Duração: 107min
Sobre Rubens Rewald
RUBENS REWALD, Professor Doutor da ECA/USP, na área de Dramaturgia Audiovisual, escreveu e dirigiu os longa-metragem exibidos comercialmente SUPER NADA, Premio de Melhor Ator no Festival de Gramado 2012, Premio Especial do Juri e de Melhor filme na Mostra Novos Rumos no Festival do Rio 2012, Premio Fiesp de Melhor Direção e Melhor Ator Coadjuvante, selecionado para vários festivais, como Amiéns, Mar del Plata, Chicago, Pune-India, Montevideo) e CORPO, co-dirigido com Rossana Foglia, em 2007 (selecionado para vários festivais, como Montreal, Palm Springs, India, Rio, São Paulo, Tiradentes, Premio de melhor filme estrangeiro no Festival de Los Angeles).
Seus mais recentes filmes foram: SEGUNDO TEMPO, que participou do Festival do Rio em 2019, Inffinito de Miami e NY, Cinema Judaico de Boston e Festival do Cine Judaico de Punta del Leste em 2020, onde ganhou o Prêmio de Melhor Filme Latino Americano; JAIR RODRIGUES – DEIXA QUE DIGAM, selecionado para o Festival É Tudo Verdade, In-Edit, Inffinito de NY e Miami e de Cinema Brasileiro em Chicago, onde ganhou o prêmio de melhor filme pelo voto popular; #EAGORAOQUE, em parceria com Jean-Claude Bernardet, exibido na Mostra Internacional de SP, Festival de Cinema latino de Toulouse, ForumDoc BH, Mostra de Tiradentes, entre outros.
Dirigiu também outros documentários de longa-metragem, como INTERVENÇÃO – AMOR NÃO QUER DIZER GRANDE COISA (Festival de Brasília), ESPERANDO TELÊ em 2009 (Festival do Rio, Tiradentes, Cinefoot), ambos em pareceria com Tales Ab’Sáber e os documentários para a TV RAINHA HORTÊNCIA & MAGIC PAULA em 2014 e 800M, em parceria com Aarón Fernandez, em 2016, além dos curtas CÂNTICOS em 1991 e MUTANTE... em 2002 (Festival Internacional de Clermont-Ferrand, prêmio de melhor curta e melhor som na Jornada da Bahia).
Escreveu o roteiro do filme HOJE, de Tata Amaral, prêmio de melhor filme, direção e roteiro no Festival de Brasília em 2011 e do documentário TODAS AS MANHÃS DO MUNDO, de Lawrence Whaba, em 2016.
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