Na obra, conhecemos Vanise e Alberto, que se cruzaram muitas vezes nos corredores do colégio onde trabalhavam, sem se notarem, até o dia em que algo mudou. Era o destino: estavam predestinados a viver uma grande história de amor. Juntos, eles experimentaram a emoção da gravidez de gêmeos. Contudo, quando os bebês tinham poucos meses de vida, Vanise descobriu um nódulo em seu seio.
Começava assim um novo capítulo de suas vidas, uma luta que eles viveriam sempre lado a lado. A escritora Letícia Wierzchowski mistura-se aos fatos reais contados por Alberto e pela família de Vanise, imaginando outras tantas cenas do que deveria ser, mas a vida não permitiu. Ela revela ainda dados sobre o câncer de mama, uma batalha que tantas mulheres vencem, mas que acabou por vitimar Vanise – fato que é sabido desde a primeira linha do livro. Letícia chega a mudar o fim da história, já que a ficção tudo permite, desnudando aos leitores a dificuldade da luta, mas também a importância da coragem perante a doença.
“Amanhã será um dia melhor” conta sobre o amor desse casal e sobre a luta contra a doença que mais nos assusta. Mas, na sua essência, é um livro que enaltece a beleza do cotidiano e das histórias de pessoas comuns que, quando vistas de perto, carregam em si uma miríade de alegrias e de lições de vida.
“Esta história chegou até mim no meio da pandemia, e chegou de forma anunciada, como se também fosse meu destino contá-la. E assim o fiz: mergulhei na história de Vanise e Alberto e no universo da doença, com a profundidade necessária à importância da questão, mas também com a leveza que a literatura permite, pois escrevemos para corrigir a vida, para guardá-la e, às vezes, para que ela possa alcançar a dimensão merecida, guardada em palavras”, ressalta Leticia.
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