NOVO FILME DE MARIA CLARA ESCOBAR, DESTERRO, ESTREIA NOS CINEMAS NESTA QUINTA-FEIRA (22/09) |
Exibido nos Festivais de Roterdã, onde aconteceu a première mundial, e Viennale, filme fala de forma poética sobre a vida interior e política de uma mulher e seus embates |
Diretora do documentário “Os dias com ele”, sobre sua relação com o pai, o filósofo e professor Carlos Henrique Escobar, Maria Clara traz a sua visão poética de cinema e de mundo para sua primeira ficção. O roteiro, que fala da relação de uma mulher com o mundo, dá sequência à investigação de Maria Clara sobre o que pode significar família e tenta traçar possíveis futuros. O roteiro conta ainda com a colaboração da atriz e protagonista Carla Kinzo e do cineasta Caetano Gotardo. DESTERRO é definido como um embate. Não apenas entre Laura (Kinzo) e Israel (Otto Jr.), mas também entre o que define os limites entre vida pessoal e pública. Maria Clara aponta que o próprio cinema é um reflexo desse embate. “Penso que o próprio gesto de fazer um filme é sempre um pouco isso, se elaborar um desejo, pensar em imagens e nunca conseguir exatamente realizar aquilo, mas sim realizar outra coisa que é o não-aquilo.” Maria Clara, que também é poeta, explica como foi o processo de filmagem e a sua relação com a poesia: “Em cada cena havia um poema como referência, e o trabalho foi transformar os sentimentos em palavras, e as retrabalhar em ideias ou sentimentos novamente. Não acredito que as palavras devam gerar imagens na leitura do roteiro. Penso que devemos ter essa liberdade na criação de um filme.” Sem perder o seu viés político no entanto, a diretora afirma: “Para mim não existe discurso versus estética. A forma de contar é a forma politica de fazer o filme para além dos modos de produção. É sobre como você conta e com que linguagem você está compactuando para fazer isso. Como você enquadra, quem você enquadra e como esse personagem enquadrado se submete ao teu quadro ou não. Então com certeza todas as opções estéticas que estão ali são decisões e posicionamentos políticos.” A equipe técnica conta com fotografia de Bruno Risas (Era o Hotel Cambridge); coreografia de Flávia Meirelles, fundamental na preparação física dos atores; direção de arte de Juliana Lobo (Todos os mortos); e montagem de Patricia Saramago (O Quarto de Vanda, Deserto Particular). A produção é de Paula Pripas, da Filmes de Abril, em coprodução com a Terratreme Filmes (Portugal) e Frutacine (Argentina). |
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Ficha técnica: Direção e Roteiro MARIA CLARA ESCOBAR Direção de Fotografia BRUNO RISAS Direção de Arte JULIANA LOBO Montagem PATRÍCIA SARAMAGO Som TALES MANFRINATO Edição de Som NAHUEL PALENQUE Mixagem LEANDRO DE LOREDO Produção FILMES DE ABRIL Co-produção TERRATREME FILMES e FRUTACINE Produtores PAULA PRIPAS, JOÃO MATOS, IVAN EIBUSZYC Distribuidora EMBAÚBA FILMES Duração: 123 minutos SOBRE A DIRETORA Maria Clara Escobar é diretora, roteirista de cinema e poeta. Em 2020, o seu primeiro longa-metragem de ficção "Desterro", escrito e dirigido por ela, estreou na Tiger Competition do prestigiado Festival de Roterdã. No mesmo ano, "Desterro" foi selecionado para o Festival de Gotemburgo, Taipei Film Festival, Viennale, Berwick Film & Media Arts e Doc.Lisboa, entre outros |
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