domingo, 25 de setembro de 2022

 

DIRIGIDO POR JUAN POSADA, A FILHA DO CAOS, TERÁ SUA PREMIÈRE MUNDIAL NO FESTIVAL DO RIO

Protagonizado por Bruna Spínola, que também assina o roteiro com o diretor, o longa será exibido na mostra Novos Rumos

Confira o trailer: https://youtu.be/puZo09X0E3c

Um filme metafísico sobre um mundo místico, A FILHA DO CAOS fará sua estreia mundial no próximo Festival do Rio, que acontece entre 6 e 16 de outubro. O longa, dirigido por Juan Posada, foi selecionado para a Première Novos Rumos, que privilegia a diversidade da produção cinematográfica contemporânea brasileira. A produção é assinada pela Santafé Produções Cinematográficas em parceria com a Maria Fumaça Filmes.


O roteiro é assinado por Posada e pela atriz Bruna Spínola, que também interpreta a protagonista, Maria, uma atriz em crise que se prepara para interpreta Jocasta numa montagem de Édipo Rei, e se depara com uma experiência mística, que a faz repensar suas ideias sobre a maternidade e a posição da mulher no mundo.

Partindo de uma estética neo-expressionista e usando uma montagem inspirada no cinema formalista, A FILHA DO CAOS é composto de imagens de forte conteúdo simbólico: são portas e passagens para universos diversos que se compõem no filme.

Fotografado em preto-e-branco, o diretor explica que essa opção tem a ver com a aura de mistério do longa. “Não é um suspense, mas mistério, existem elementos misteriosos no filme, uma presença, uma aparição, uma revelação. De outra parte, é um filme com uma estética neo expressionista, uma estética de cinema que sempre me atraiu. Então penso que o preto e branco melhor expressa as ideias que estão permeando o filme.”

Juan e Bruna já haviam trabalhado juntos em outros projetos, e foi a atriz quem apresentou o projeto de A FILHA DO CAOS para o diretor. “Ele, de alguma forma, se interessou pela minha história e escreveu um primeiro tratamento de roteiro. Seguimos desenvolvendo a história no papel durante um tempo mas na verdade muito do que se vê na tela é parte do processo de filmagem e vivência”, explica Bruna.

Apesar de ser uma ficção, ela aponta também que há pontos de contato com sua experiência como atriz, afinal, ela e a personagem compartilham a mesma profissão.  “O que une Maria e as outras personagens que faço são as questões humanas e existenciais de cada uma delas. Isso sim, universal.

“A base de A FILHA DO CAOS é o ato cinematográfico puro: o encontro entre um diretor com a câmera de cinema e a atriz diante dele. O que nasce deste encontro? O filme é, em grande medida, uma resposta a essa pergunta: uma criação dramática em ato, e acho que o filme é feliz em fazer o espectador participar disto em vários momentos”, explica Juan.

Boa parte do filme, explica Bruna, foi feita de improviso e descobertas no próprio set de filmagens, um processo bem próximo daquele do teatro, e, em várias cenas, a personagem está sozinha em cena. “Contracenar com a câmera guarda muita semelhança com o jogo que o ator tem com a plateia ao fazer teatro. É assumir que é sempre um jogo entre o ator e o espectador. O filme inclusive quebra algumas vezes essa quarta parede quando mostra momentos em que, na frente da câmera, eu me preparo pra viver a Maria, um pouco antes de iniciar a ação. No teatro existe esse pacto entre o público e a plateia que muitas vezes o cinema finge esquecer.”

Além do roteiro e o papel da protagonista, Bruna também desempenhou outras funções no filme, como produtora executiva – novamente em parceria com Juan – e direção de arte, e, para ela, foi uma experiência muito feliz trabalhar nessas outras áreas.

Ouvi de muitas pessoas que seria quase impossível realizar um longa fora dos mecanismos tradicionais de financiamento mas eu acreditei na história que eu queria contar e não desisti. Foi difícil? Claro que sim. Enfrentamos muitos desafios na pré produção, nas filmagens e na pós produção. Mas de alguma forma demos conta e fizemos disso parte do projeto. A forma é conteúdo e usamos isso a favor dessa nossa história. Buscamos encontrar uma maneira de contar isso tudo dentro do que era honesto artisticamente”.

Sinopse

Maria, uma atriz em conflito com suas escolhas, se prepara para estrear seu maior desafio: fazer a personagem Jocasta em Édipo Rei. A caminho do teatro, encontra uma mulher com um filho morto no colo. Lançada no caos de uma experiência mística, abandona os ensaios e enfrenta uma profunda crise existencial sobre a maternidade e sua condição de mulher: existe vida dentro de você?

Ficha Técnica

Direção: Juan Posada

Roteiro: Juan Posada e Bruna Spínola

Elenco: Bruna Spínola, Léo Wainer, Leopoldo Rodriguez, Dina Moscovici, Mariana Ferreira, Paulo de Vieira, Felipe Feijó, Ricardo Lima, Nathaly Couto, Raiza Kretzer, Sérgio Backet, Wilson Meireles

Fotografia e Câmera: Juan Posada

Direção de Arte: Bruna Spínola

Montagem: Renato Vallone e Juan Posada

Edição de Som: Emiliano Sette

Mixagem: Bernardo Gebara

Finalização: Guto Neto e Tomás Magariños

Produção Executiva: Bruna Spínola e Juan Posada

Produtor Associado: Eryk Rocha

Sobre Juan Posada

JUAN POSADA é um diretor de cinema brasileiro. Vive no Rio de Janeiro, onde também atua como filósofo, professor universitário de filosofia, roteirista e ensaísta. Dirigiu os longas metragens “Estado de Exceção” (2012), um drama policial noir, “Let´s Play Jazz” (2014) um filme documentário/ficção sobre música e filosofia, “A Filha do Caos” (2022) um filme de mistério, neo expressionista. Escreveu, entre outros, os roteiros dos longas-metragens: “Estado de Exceção” (2012), “Let´s Play Jazz” (2014), “Cinema Novo” (2016 -de Eryk Rocha), “A Filha do Caos” (2022), além do curta metragem “O Dia de São Jorge” (2006). Como professor de filosofia e estética e filosofia política, atuou nas universidades UNI-RIO e Universidade da Cidade, atualmente na FACHA e na EMERJ. No teatro, professor assistente de interpretação no Teatro TABLADO, entre 2005 e 2015. Como diretor no teatro, montou as peças “Pour en finir avec le judgement de dieu” texto de Antonin Artaud, no Teatro da Aliança Francesa (2007); “A Exceção e a Regra” texto de Bertolt Brecht no Teatro Tablado (2010); “Senhora do Afogados” texto de Nelson Rodrigues (2014), entre outras. Criou e organizou, com Paula Gaitan e Eryk Rocha, o evento “Cinema que Pensa – Encontros de Filosofia e Cinema”, de 2004 a 2010, no Rio de Janeiro. Autor do livro “Cinema Sem Imagem – Ensaio de filosofia” (no prelo em 2022).

Sobre Bruna Spínola

Bruna Spínola é atriz. Natural de São Paulo e formada em Literatura pela PUC-SP, estudou interpretação no renomado estúdio Coraza, em Madri, participou do grupo Tapa além de ter se formada no Macunaíma Teatro Escola e na Escola de Atores Wolf Maya/SP. Está no ar atualmente com a personagem Fernanda Rocha, na novela "Cara e Coragem" (2022), da TV GLOBO. Em 2022 estreou nos cinemas com o longa Eduardo e Mônica, de René Sampaio, filme de grande sucesso nas salas e nas plataformas de streaming. É protagonista do longa "A Filha do Caos", com direção de Juan Posada, que estreará em Outubro de 2022 na Premiere Brasil do Festival do Rio.

Na teledramaturgia seus trabalhos mais recentes são a personagem Rebecca na série Impuros, exibida no Globoplay e Disney Star+ (2020/2022), série de grande sucesso e repercussão internacional. Também se destacam a personagem Cintia Muniz na novela Pega Pega (2017 TV GLOBO) e a personagem Briana Williamson, em Orgulho e Paixão (2018 TV GLOBO).

Recentemente participou da Série "How to Be a Carioca", do diretor Carlos Saldanha, uma produção da Disney Star+ e está no elenco de Musa Música, séria da Globoplay, de Marcos Figueiredo. Ambas com estreia prevista para 2023.

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