segunda-feira, 25 de julho de 2022

 

Perda de memória, agressividade e depressão podem estar ligadas a lesões cerebrais


Alterações do comportamento devem ser motivo de investigação

Traumatismo cranioencefálico, tumores cerebrais, infecções, lesões vasculares e acidente vasculares cerebral (AVC) estão entre os principais problemas que podem danificar diferentes áreas do cérebro. “Após danos cerebrais, mudanças significativas podem ocorrer no campo do comportamento, tais como, perda de empatia, comportamento agressivo, resistência em relação a conselhos e orientações – diferente da conduta anterior - alterações de personalidade, entre outras”, explica Dr. Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico.


As lesões cerebrais podem comprometer seriamente a saúde física e mental e, normalmente, acarretam perda da consciência, alteração de memória ou personalidade e paralisia parcial ou completa. A memória, por exemplo, pode ser adquirida no contexto de um determinado estado emocional. Neste caso, o hipocampo é a principal estrutura do cérebro que tem por função realizar o processamento das informações.

O intuito da memória é conduzir e facilitar a tomada de decisão racional, mantendo somente as informações mais marcantes, ou seja, experiências com forte componente emocional permitem que a memória seja consolidada mais facilmente. Isso ocorre pela seleção de áreas cerebrais envolvidas e pela função endócrina – que consiste numa ligação entre o hipotálamo e áreas relacionadas ao campo de memória.

Por outro lado, situações de extrema ansiedade, estresse crônico, fadiga e distúrbios do sono podem desencadear problemas de memória. “A grande maioria dos estímulos estressores estão associados a medo e ansiedade” explica Dr. Ricardo.

Lesões cerebrais mais específicas, a exemplo do hipotálamo, podem causar desnutrição, agressividade e depressão. Já danos causados em áreas como o hipocampo, amigdala e estruturas mesiais do lobo temporal podem impactar de forma permanente a memória.

Alterações do comportamento devem ser motivo de investigação radiológica. Existem lesões estruturais tais como tumores cerebrais, hematomas intracranianos e abscessos que podem comprimir áreas específicas do cérebro, ocasionando mudanças comportamentais. Nestas situações o tratamento cirúrgico está indicado na maioria dos casos.

   

Sobre Dr. Ricardo de Oliveira - Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris, na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do Programa de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Também é docente credenciado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da pós-graduação e tem experiência com ênfase em Neurocirurgia Pediátrica e em Neurooncologia, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: neoplasias cerebrais sólidas da infância, glicobiologia de tumores cerebrais pediátricos e trauma crânio-encefálico. Foi o neurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Atua com consultórios em Ribeirão Preto no Neurocin e em São Paulo no Instituto Amato.

 

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