Mudanças simples no estilo de vida aumentam chances de sucesso de gravidez Há evidências convincentes de que o fumo, o consumo de álcool e cafeína, além de decisões dietéticas e os exercícios, podem ter um grande impacto na fertilidade, aumentando taxas de sucesso na fertilização in vitro. |
São Paulo - Cerca de 15% dos adultos em todo o mundo sofrem de infertilidade masculina ou feminina, e muitos deles recorrem a tecnologias avançadas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), para ajudar a realizar seus sonhos de maternidade e paternidade. “Mas já é consolidado na literatura científica que os programas de fertilização in vitro têm mais sucesso quando os casais adquirem simples mudanças no estilo de vida, o que pode aumentar significativamente as chances de conceber e ter um bebê saudável”, explica o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da Clínica Mater Prime, em São Paulo. Mais de oito milhões de bebês nasceram de fertilização in vitro e o número está aumentando significativamente à medida que os níveis de infertilidade aumentam nas populações em todo o mundo, com adiamento frequente da concepção de um filho. “Quando confrontados com a infertilidade, que é definida como a incapacidade de conceber um filho após um ano de relações sexuais desprotegidas, ou a incapacidade de levar a gravidez a um nascimento com vida, muitos acreditam que a fertilização in vitro é sua única esperança de ter os bebês que desejam. Mas mudanças no estilo de vida, como evitar fumo, álcool e cafeína, além de melhorar a dieta e introduzir os exercícios na rotina podem ter um grande impacto na fertilidade”, explica o Dr. Rodrigo Rosa. Segundo estudos, o tabagismo reduziu a gravidez de fertilização in vitro em cerca de 50% e aumentou o número de abortos em duas vezes. “Mesmo as mulheres que não fumam, mas são expostas ao fumo passivo, apresentam taxas de sucesso reduzidas na fertilização in vitro”, diz o médico. Há evidências claras de mais abortos espontâneos no primeiro ciclo de fertilização in vitro entre os casais que bebem álcool diariamente, em comparação com os que bebem e não bebem socialmente. “Um estudo com 2.500 casais atendidos em três clínicas de Fertilização In Vitro em Boston descobriu que as mulheres que consumiram quatro ou mais bebidas alcoólicas por mês antes de iniciar seu primeiro ciclo de FIV experimentaram uma redução de 16% nas taxas de nascidos vivos”, diz o médico. “O estudo também mostrou que se uma mulher e seu parceiro bebessem quatro ou mais bebidas alcoólicas um mês antes do primeiro ciclo de fertilização in vitro, havia uma redução de 21% nas taxas de nascidos.” Estudos também indicaram que o consumo de cafeína acima do moderado pode contribuir para as taxas de aborto na fertilização in vitro, enquanto uma dieta mediterrânea com alta ingestão de vegetais, azeite, peixe e legumes pode melhorar as taxas de gravidez. “Homens que participaram de programas de fertilização in vitro e realizaram exercícios regulares moderados a vigorosos tinham concentrações de espermatozoides mais altas do que os homens menos ativos. Esse é um dado importante, porque o hábito de vida de ambos, tanto do homem quanto da mulher, importam para o sucesso da fertilização”, explica o especialista. “É de vital importância que os médicos de fertilidade aconselhem as pacientes sobre os fatores de risco modificáveis do estilo de vida”, finaliza o Dr. Rodrigo Rosa. FONTE: *DR. RODRIGO ROSA: Ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana e sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), o médico é graduado pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Especialista em reprodução humana, o médico é colaborador do livro “Atlas de Reprodução Humana” da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana |
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