sábado, 1 de janeiro de 2022

Arte

 Exposição "Nise da Silveirai - A Revolução pelo afeto" recebe prêmio por sua expografia.

A Contemporaneidade de Nise da Silveira


A mostra “Nise da Silveira - A Revolução pelo afeto”, atualmente em cartaz no CCBB Belo Horizonte, recebeu uma menção Honrosa durante a 59ª edição do Prêmio do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RJ) por sua expografia, assinada pelo Estúdio M’Baraká, em parceria com a arquiteta Lilian Sampaio. O desenho expográfico e a curadoria de arte contemporânea foram desenvolvidos de forma a estabelecer uma perfeita sintonia com a pesquisa histórica, que reúne um retrato preciso e muito tocante da trajetória e da contribuição do trabalho da psiquiatra Nise da Silveira.


“Acredito que chegamos ao tom certo. A expografia é cênica, mas respeita a obra de cada artista e traz elementos como objetos usados pela doutora Nise em seu ateliê terapêutico”, enumera Diogo Rezende, um dos curadores da exposição. Aos 40 anos, ele atua neste segmento desde 2012 e está muito feliz com o prêmio.

“Cada sala da mostra foi pensada para comunicar o que ela representa na narrativa. Sinto que amadurecemos como coletivo”, acrescenta ele. A exposição estreou oficialmente no CCBB Rio de Janeiro em junho e foi estendida por mais três meses devido ao enorme sucesso de público e crítica e agora pode ser conferida na capital mineira, onde permanece em cartaz até 28 de março.

Sobre a exposição

Médica formada enquanto única mulher em uma turma com mais de 150 homens, Nise da Silveira ficou mundialmente conhecida pela ideia vanguardista de usar o afeto como metodologia científica no tratamento às pessoas com sofrimentos psíquicos. Ao buscar formas de acessar as camadas do inconsciente e criar um diálogo, através de ferramentas artísticas e com aplicações científicas, entre o inconsciente e a sua potente expressão em imagens, Nise reposicionou o entendimento de loucura na história da humanidade.

Com cerca de 100 obras surpreendentes, a mostra reúne telas e esculturas de artistas do Museu de Imagens do Inconsciente ao lado de peças de Lygia Clark, Abraham Palatinik e Zé Carlos Garcia, retratos de Alice Brill, Rogério Reis e Rafael Bqueer, vídeos de Leon Hirzsman, reproduções de desenhos de Carl Gustav Jung, aquarelas e fotos de Carlos Vergara e pinturas acrílicas de Margaret de Castro, feitas sob encomenda para ambientar o visitante na biblioteca de Nise.

A curadoria é do Estúdio M’Baraká, com consultoria do museólogo Eurípedes Júnior e do psiquiatra Vitor Pordeus.

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