sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Música News

 


Zé Bigode Orquestra antecipa segundo disco com single "Maria Navalha"

Álbum será lançado em 2022 pelo selo Peneira Musical

 

Expoente do rico cenário instrumental carioca, a big band Zé Bigode Orquestra mostra os caminhos de sua próxima fase com o single “Maria Navalha”. A faixa, segunda com letra e vocais do grupo, faz uma potente amostra da sua sonoridade plural, mesclando afrobeat, disco music e o funk de James Brown com pontos de umbanda. Esse caldeirão sonoro tem assinatura do produtor e pianista Pedro Guinu, que também é responsável pela produção de todo o segundo álbum de Zé Bigode Orquestra, a ser lançado em breve.


 

Ouça aqui: https://ada.lnk.to/marianavalha 

 

“Maria Navalha” recebe o título da pomba-gira que representa os espíritos femininos conhecedores das complexidades e dilemas da alma humana. A letra do compositor e guitarrista José Roberto Rocha fala como essa entidade se apresenta imageticamente e se repete como um mantra. A composição ganhou ainda um trecho escrito pelo percussionista Victor Hugo, narrando um encontro em primeira pessoa com Maria Navalha. Entre elementos afro, o funk americano, os sons de terreiro, tambores, palmas e coros, o grupo faz referência a pontos conhecidos de Exu para construir uma ponte entre o sagrado e o mundano.

 

A ligação com uma entidade do povo rua da umbanda faz de “Maria Navalha” uma homenagem às ruas como forma cosmológica de encontros e saberes. Em sua segunda parte, a letra trata dessas vivências que ocorrem  nos becos e vielas. Zé Bigode Orquestra valoriza os ensinamentos da rua, embora essa cultura urbana seja tão frequentemente considerada “menor” perante à acadêmica.

 

Cria da Zona Norte do Rio de Janeiro, está é uma big band que desafia as classificações de gênero. Transitando entre a música brasileira e o jazz, o reggae e o afrobeat, o agora octeto convida a dançar  em um verdadeiro bailão rítmico e cheio de groove. 

 

O grupo prepara mais um capítulo de sua trajetória, iniciada em junho de 2016 por iniciativa de José Roberto com o objetivo de democratizar o acesso à música instrumental para os mais variados públicos. Naquele mesmo ano, foi lançado o EP de estreia, “Zé Bigode”. O trabalho foi bem recebido e chegou à segunda posição como melhor EP de 2016 no Genius Awards. Já em maio de 2017 viria o primeiro álbum completo, “Fluxo”. O disco ampliou a sonoridade da banda e entrou para a lista de 50 melhores lançamentos do ano divulgada pela conceituada Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

 

2018 trouxe o single “Impulso”. No ano seguinte, a Zé Bigode Orquestra lançou o remix “Amalá Adubado”, assinado por Buguinha Dub e experimentando novas sensações para a faixa de destaque no álbum “Fluxo”. Naquele ano também se apresentou no Blue Note Rio, com um show em tributo ao disco “Exodus”, do cantor jamaicano Bob Marley, que teve participação da cantora carioca Luciane Dom. Desse show surgiu a ideia de gravar um álbum visual com releituras de quatro músicas de Marley, registrado ao vivo em vídeo no lendário estúdio Toca do Bandido e contou com as participações das cantoras Luana Karoo, Luciane Dom e Clara Anastácia. Por fim, em 2019, o grupo lançou o clipe e single “Tikulafe”, inspirado por Fela Kuti.

 

Incorporando um vocal ao seu instrumental já de peso, a banda leva a novas reflexões em seu novo momento. Neste primeiro single, o grupo formado por Daniel Bento (baixo), Eric Brandão (bateria), Pedro Petrutes (teclados), Victor Lemos (saxofone tenor) e Thiago Garcia (trompete), além dos já citados Luana Karoo (voz), José Roberto Rocha (guitarra) e Victor Hugo (percussão), recebem as participações especiais dos músicos convidados Rodrigo Maré (percussão) e Breno Hirata (saxofone tenor). 

 

O segundo disco do grupo, “Clube da Fumaça”, está previsto para 2022 e contará com participações especiais de destaque da cena nacional. Enquanto isso, é possível ouvir “Maria Navalha” nas principais plataformas.



Ficha técnica

Escrita por:  José Roberto Rocha/ Victor Hugo Almeida

Produzida por: Pedro Guinu

Arranjo de Metais: Pedro Guinu

Zé Bigode Orquestra é:

Luana Karoo- Voz

José Roberto Rocha  - Guitarra

Daniel Bento- Baixo

Eric Brandão – Bateria

Pedro Petrutes - Teclados

Victor Hugo – Percussão

Victor Lemos – Saxofone Tenor

Thiago Garcia – Trompete

Músicos convidados:

Rodrigo Maré – Percussão

Breno Hirata – Sax Tenor

 

Letra

Vem de chapéu na mão, 

De saia rodada e navalha no cordão

 

Vinha passando no beco 

Quando de repente escuto um barulho, 

Era Maria Navalha sentada no canto fumando um bagulho



Selo Peneira Musical 

Idealizado pela cantora, compositora e empresária Elisa Fernandes, a Peneira Musical (diverse lab) é um selo musical, subselo da Urban Pop, que conta com a distribuição da ADA (agregadora do grupo Warner). A Peneira Musical (diverse lab) é um laboratório de diversidade. Criado em 2020, tem a missão de potencializar - principalmente - a criatividade de mulheres, pessoas pretas e LGBTQIAP+ que se expressam através da música, com o objetivo de fazer com que esses artistas cada vez mais tenham suas vozes ouvidas e amplificadas, ocupando espaços que lhes foram negados por séculos. A Peneira Musical é Elisa Fernandes, Zerzil, Alexandra Pessoa, Choi, David Alfredo, Ana Sucha, Lienne, Maíra Garrido, Laura Canabrava, Fernando Procópio, Kristal Werner, Vittória Braun e Rafael Lorga, entre outros.



Imagens relacionadas


Guilherme Bezerra
baixar em alta resolução



baixar em alta resolução




Nenhum comentário: