quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

 

Falta de metas e planos para o futuro prejudica a saúde emocional

Fazer listas de fim de ano é um hábito saudável: psicólogos explicam a importância dos ritos de passagem e do planejamento para estimular a inteligência e evitar o vazio existencial

A poucas semanas do fim do ano, é hora de revisitar a lista de desejos e projetos do último Revéillon, comemorar o que deu certo e analisar o que ficou para trás. O ritual de fazer planos para o ano seguinte é um hábito de muitos brasileiros, que escolhem essa época para traçar novas metas. 


Mudar de carreira, melhorar hábitos alimentares, começar uma atividade física, marcar o casamento, mudar de cidade, ter filhos, dedicar mais tempo à família. A lista é infinita, mas uma coisa é certa: fazer planos é terapêutico e estimula a inteligência. Quem garante é a psicóloga Daniela Jungles, mestre em Ciências da Educação pela Université de Sherbrooke (Canadá).

De acordo com a professora do curso de Psicologia do UniCuritiba – instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das principais organizações de ensino superior do país, ter planos muda o humor, relaxa e até diverte. “Sejam grandes ou pequenos, os planos nos proporcionam segurança, motivação e esperança. É assim que enfrentamos as situações difíceis do dia a dia”, explica.



O próprio ritual da virada de ano é importante. O mestre em psicologia e professor do UniCuritiba, Guilherme Alcântara Ramos, diz que os ritos de passagem - como o Revéillon, por exemplo - são construções sociais e culturais essenciais do ponto de vista emocional e psicológico. “Os rituais existem para aumentar a nossa predisposição diante de uma nova fase ou demanda. São eles que nos ajudam a criar mecanismos para ‘virar a chave’ e recomeçar um ciclo.”

Incerteza perturbadora

A pandemia obrigou muita gente a anular projetos e a rever metas. Casamentos, viagens, promoções no trabalho, início de um curso e tantos outros planos de vida foram cancelados. 


Essa incerteza é prejudicial às pessoas, avisa a professora Daniela Jungles. “Ter planos ou metas a atingir e agir de acordo com eles dá sentido aos nossos dias e diminui a sensação de perda de controle, além de gerar um efeito positivo de que a vida continua avançando, apesar de tantos desafios.”


A sugestão é manter as perspectivas mesmo diante das crises e estabelecer planos simples que possam ser colocados em prática a curto prazo, sem esquecer dos planos de médio e longo prazos. “Precisamos vislumbrar um futuro sem pandemia. A falta de metas leva a uma preguiça cognitiva, a um vazio existencial e equivale a uma lesão neuropsicológica”, adverte a especialista.


O planejamento faz parte dos processos psíquicos superiores chamados funções executivas e requer a orquestração de várias atividades cognitivas complexas. A professora ensina que os planos otimizam a inteligência e são um recurso essencial para lidar com os desafios que a vida impõe no campo emocional.


“A saúde mental fica comprometida em um mundo que parece ter parado de girar. Fazer planos nos permite recuperar a motivação e, principalmente, nos faz olhar para o futuro com mais confiança. Ter metas ajuda a dar sentido à vida e tem um impacto positivo na saúde mental”, garante.


Planos desde a infância

As habilidades de planejamento e autorregulação cognitiva se desenvolvem durante os anos pré-escolares. Por volta dos 4 ou 5 anos de idade as crianças são capazes de desenvolver e executar planos simples que se relacionam com eventos familiares do dia a dia, como planejar uma refeição ou um passeio em família, por exemplo. 


A psicóloga Daniela Jungles orienta as famílias a envolver as crianças, de forma lúdica, em seus projetos. Desta forma, o ritual de fazer planos e estabelecer metas vai se desenvolvendo. “A melhor forma de estimular e favorecer a cognição e a saúde emocional dos pequenos é por meio da brincadeira. Podemos até criar um plano com etapas e estratégias para transformar uma caixa de papelão em uma nave espacial, mas sem jamais esquecer que o objetivo principal é a diversão”, finaliza.


Sobre o UniCuritiba

Com mais de 70 anos de tradição e excelência, o UniCuritiba é uma instituição de referência para os paranaenses e reconhecido pelo MEC como uma das melhores instituições de ensino superior de Curitiba (PR). Destaca-se por ter um dos melhores cursos de Direito do país, com selo de qualidade OAB Recomenda em todas as suas edições, além de ser referência na área de Relações Internacionais. Conta com mais de 40 opções de cursos de graduação, em todas as áreas do conhecimento, além de cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado.


Possui uma estrutura completa e diferenciada, à disposição dos seus mais de 6 mil estudantes, com dois campi (Milton Vianna Filho e Pinheirinho) e mais de 60 laboratórios. Com professores mestres e doutores que possuem vivência prática e longa experiência profissional, o UniCuritiba tem seu ensino focado na conexão com o mundo do trabalho e com as práticas mais atuais das profissões, estimulando o networking e as vivências multidisciplinares.  

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