terça-feira, 23 de novembro de 2021

Vinhos.

 Carmín de Peumo e Marques de Casa Concha celebram o Carménère Day 

Carménère Day


Dois grandes vinhos chilenos da Concha Y Toro para comemorar o Carménère Day em 24 de novembro

Os últimos dias de novembro são recheados de comemorações – da Consciência Negra à Black Friday, passando pelo Thanksgiving, que começa a ser celebrado por aqui também. E é também no final de novembro, precisamente dia 24, que a Carménère também tem um dia para chamar de seu. A data foi criada em 2014 pela Wines of Chile, para celebrar uma uva que havia sido “perdida”, mas que depois foi amplamente redescoberta.


Provavelmente conhecida como ‘Biturica’ pelos romanos, a Carménère era uma uva vinífera básica em Bordeaux até que a epidemia de filoxera acabou com a maioria das videiras francesas no início de 1860. Quando a produção de vinho aumentou novamente décadas depois, muitos viticultores evitaram Carménère, em parte devido à sua suscetibilidade ao mofo. Hoje, a uva dá-se bem no Chile, na América do Sul, desfrutando de um clima semelhante ao do Mediterrâneo: noites frescas com dias quentes - embora não escaldantes.

Ainda assim, por mais de um século, as uvas Carménère chilenas foram erroneamente identificadas como Merlot. Em 1994, o trabalho de detetive originado por vinicultores curiosos estabeleceu sua identidade genética. O reconhecimento de campo desta uva outrora nobre veio lentamente. No Chile, produtores constataram que poderiam fazer algo único com uvas velhas da Carménère para fornecer uma impressão digital chilena da terra.

Exemplo disso é Carmín de Peumo, vinho icônico do portfolio exclusivo de The Cellar Collection, a seleção de rótulos de alta gama da Concha Y Toro que recém-chegou ao Brasil. Já em seu lançamento, em 2006, a safra 2003 ganhou 97 pontos de Robert Parker, a mais alta nota até então concedida a vinhos chilenos. De lá para cá continuou colecionando o reconhecimento mundial e mantém-se no olimpo dos rótulos do Chile feitos com a Carménère. Carmin de Peumo traz a expressão máxima do terroir de Peumo, que se traduz na cor, nos aromas e sabores.

No rótulo, faz um tributo a Peumo e a todos que vem cultivando a cepa Carménere neste terroir único, por mais de um século, destacando ainda a côr carmin das folhas das parreiras no momento da colheita. Fruto do trabalho incansável de seu enólogo, Marcio Ramirez, Carmín de Peumo captura a exuberância da fruta, a singularidade do terroir, e a cultura única da região, resultando em um vinho delicado e elegante, com rica concentração de frutas vermelhas e profundidade em boca. “Ao criar um vinho, espero que expresse toda a sua ticipicidade, a essência da cepa, junto com o caráter de sua origem”, diz o enólogo.

Vermelho escuro profundo com tons violeta. No nariz, é muito elegante, complexo e mineral, com notas de amora e um toque de cassis. Preenche a boca com taninos maduros subjacentes. Profundo, concentrado, com um retrogosto longo e matizes características do terroir de Peumo. Nuances de grafite e minerais. Fácil de beber, como um assemblage moderno de Bordeaux, mas com a fineza e o toque frutado do Novo Mundo.  Tem 14,5% de graduação alcóolica, e é feito com 95% de Carménère, 3,5% de Cabernet Sauvignon, e 1,5% de Cabernet Franc.

Harmoniza bem com pratos elegantes, mas de preparação simples como um suculento rosbife, carne de vitela, lombo suíno com beterrabas assadas e cranberries e pato (confit ou magret). Também é delicioso acompanhado de massas recheadas com abóbora e molho de cogumelos do tipo “morille” ou queijo de cabra maduro com figos.

Outro rótulo onde a carménère está bem representada é o Marques de Casa Concha Carmenere 2017. De cor vermelha profunda e escura, este vinho mostra o clássico perfil do Carmenere de Peumo, com intensas notas de ameixas maduras, salsaparrilha preta e chocolate amargo. O vinho distingue-se por sua estrutura tânica firme e  marcada acidez. Elaborado pelo famoso enólogo Marcelo Papa, diretor técnico da Concha y Toro, este vinho é cultivado no vinhedo Peumo, localizado a 170 metros de altitude, ao longo do rio Cachapoal, em terraços de colinas da cordilheira de la Costa (Litorânea). As parreiras correspondem a estacas pré-filoxera e são conduzidas em treliça vertical. Os solos são profundos e, graças a uma primeira capa de argila, retém a umidade, permitindo à parreira permanecer ativa até o final de maio, data em que o Carmenere é colhido, além de controlar seu vigor e crescimento. É envelhecido em 12 meses em barris de carvalho francês. Tem potencial de guarda até 2025 e combina bem com cordeiro, cervo ou javali com boa dose de gordura, na grelha ou em receitas a fogo lento, com molhos concentrados e um toque de doçura; woks de carne e verduras; receitas com bacon e reduções de vinho tinto; todo tipo de massas e queijos maduros.

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