“A ideia da campanha não é tirar algo do prato, e sim acrescentar”, explica Mônica Buava, diretora executiva da SVB. “Existe uma grande variedade de gêneros alimentícios produzidos pela agricultura familiar brasileira que ainda não estão sendo aproveitados por grande parte da população, e todos que começam a fazer a Segunda Sem Carne ou outro movimento semelhante ficam surpresos com as descobertas de novos sabores e novas combinações”. Ela destaca ainda que o arroz e feijão perderam espaço no centro do prato do brasileiro ao longo dos últimos vinte anos, mas que a valorização dos vegetais tem trazido uma retomada desse protagonismo. |
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OPÇÃO VEGANA Embora ainda exista muita demanda não atendida, a oferta de restaurantes nos últimos anos vem aumentando rapidamente. Um mapa da Sociedade Vegetariana Brasileira mostra milhares de endereços que já oferecem boas opções veganas (link opção vegana). Batizado de ‘Onde Tem Opção Vegana’, o recurso reúne mais de 3,2 mil estabelecimentos no Brasil.
O resultado da pesquisa realizada neste ano impressiona, e em 2018 a SVB já havia encomendado outra pesquisa - com mesmo instituto – cujos números apontavam que 14% dos brasileiros se consideravam vegetarianos, e a maioria da população do país já estava disposta a escolher mais produtos veganos.
Mônica acrescenta que a evolução do cardápio dos restaurantes para uma maior variedade de produtos plant-based é uma grande oportunidade para a retomada dos restaurantes ao fim da pandemia de COVID. "Com um cardápio mais centrado em pratos à base de plantas, os restaurantes conseguem atrair essa imensa base de clientes evidenciada pelas pesquisas, e ao mesmo tempo reduzir seus custos com alguns dos insumos mais caros, como carnes e queijos".
Para se adaptar a essa nova realidade e incluir pratos veganos no cardápio, os restaurantes não precisam fazer investimentos, comprar novos equipamentos ou aplicar novas técnicas. Eles podem optar por combinações simples, tradicionais, utilizando ingredientes facilmente disponíveis no restaurante. “Mas tem havido uma evolução da culinária centrada nas plantas, com técnicas que evidenciam o sabor - e o consumidor está cada vez mais ávido por algo que seja saboroso, faça bem ao planeta e seja acessível”, explica Mônica. Importante, também, é os restaurantes se atentarem a ter pratos que sejam inclusivos, ou seja, pratos veganos porque contemplam a maior fatia possível do público - vegetarianos, veganos, simpatizantes, “flexitarianos” e afins.
PROTEÍNAS VEGETAIS O aumento do apetite do mercado por proteínas vegetais tem mobilizado os setores produtivos. O Brasil, que já produz anualmente 250 milhões de toneladas de grãos, tem transformado uma parte desses grãos em “carnes feitas à base de plantas”, convertendo o grão em produto final a uma alta eficiência, sem a onerosa taxa de conversão alimentar usualmente implicada quando se usa os grãos para alimentar animais de produção. Hoje, algumas das empresas mais atuantes no mercado global de carnes vegetais estão justamente aqui. "É um sinal claro da mudança de comportamento do brasileiro em relação ao consumo de carne", comenta Ricardo. "E também revela que existe uma oportunidade gigantesca para as marcas de alimentação que tiverem bons produtos veganos nos seus cardápios e portfólios", finaliza.
Sobre a Sociedade Vegetariana Brasileira Fundada em 2003, a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) é uma organização sem fins lucrativos que promove a alimentação vegetariana como uma escolha ética, saudável, sustentável e socialmente justa. Por meio de campanhas, programas, convênios, eventos, pesquisa e ativismo, a SVB realiza conscientização sobre os benefícios do vegetarianismo e trabalha para aumentar o acesso da população a produtos e serviços vegetarianos. |
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“A ideia da campanha não é tirar algo do prato, e sim acrescentar”, explica Mônica Buava, diretora executiva da SVB. “Existe uma grande variedade de gêneros alimentícios produzidos pela agricultura familiar brasileira que ainda não estão sendo aproveitados por grande parte da população, e todos que começam a fazer a Segunda Sem Carne ou outro movimento semelhante ficam surpresos com as descobertas de novos sabores e novas combinações”. Ela destaca ainda que o arroz e feijão perderam espaço no centro do prato do brasileiro ao longo dos últimos vinte anos, mas que a valorização dos vegetais tem trazido uma retomada desse protagonismo.
OPÇÃO VEGANA
Embora ainda exista muita demanda não atendida, a oferta de restaurantes nos últimos anos vem aumentando rapidamente. Um mapa da Sociedade Vegetariana Brasileira mostra milhares de endereços que já oferecem boas opções veganas (link opção vegana). Batizado de ‘Onde Tem Opção Vegana’, o recurso reúne mais de 3,2 mil estabelecimentos no Brasil.
O resultado da pesquisa realizada neste ano impressiona, e em 2018 a SVB já havia encomendado outra pesquisa - com mesmo instituto – cujos números apontavam que 14% dos brasileiros se consideravam vegetarianos, e a maioria da população do país já estava disposta a escolher mais produtos veganos.
Mônica acrescenta que a evolução do cardápio dos restaurantes para uma maior variedade de produtos plant-based é uma grande oportunidade para a retomada dos restaurantes ao fim da pandemia de COVID. "Com um cardápio mais centrado em pratos à base de plantas, os restaurantes conseguem atrair essa imensa base de clientes evidenciada pelas pesquisas, e ao mesmo tempo reduzir seus custos com alguns dos insumos mais caros, como carnes e queijos".
Para se adaptar a essa nova realidade e incluir pratos veganos no cardápio, os restaurantes não precisam fazer investimentos, comprar novos equipamentos ou aplicar novas técnicas. Eles podem optar por combinações simples, tradicionais, utilizando ingredientes facilmente disponíveis no restaurante. “Mas tem havido uma evolução da culinária centrada nas plantas, com técnicas que evidenciam o sabor - e o consumidor está cada vez mais ávido por algo que seja saboroso, faça bem ao planeta e seja acessível”, explica Mônica. Importante, também, é os restaurantes se atentarem a ter pratos que sejam inclusivos, ou seja, pratos veganos porque contemplam a maior fatia possível do público - vegetarianos, veganos, simpatizantes, “flexitarianos” e afins.
PROTEÍNAS VEGETAIS
O aumento do apetite do mercado por proteínas vegetais tem mobilizado os setores produtivos. O Brasil, que já produz anualmente 250 milhões de toneladas de grãos, tem transformado uma parte desses grãos em “carnes feitas à base de plantas”, convertendo o grão em produto final a uma alta eficiência, sem a onerosa taxa de conversão alimentar usualmente implicada quando se usa os grãos para alimentar animais de produção. Hoje, algumas das empresas mais atuantes no mercado global de carnes vegetais estão justamente aqui.
"É um sinal claro da mudança de comportamento do brasileiro em relação ao consumo de carne", comenta Ricardo. "E também revela que existe uma oportunidade gigantesca para as marcas de alimentação que tiverem bons produtos veganos nos seus cardápios e portfólios", finaliza.
Sobre a Sociedade Vegetariana Brasileira
Fundada em 2003, a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) é uma organização sem fins lucrativos que promove a alimentação vegetariana como uma escolha ética, saudável, sustentável e socialmente justa. Por meio de campanhas, programas, convênios, eventos, pesquisa e ativismo, a SVB realiza conscientização sobre os benefícios do vegetarianismo e trabalha para aumentar o acesso da população a produtos e serviços vegetarianos.
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