Dessa vez, era exatamente disso que Bilu precisava. Ele foi encontrado pela ONG Protetoras Independentes da Granja Viana em uma casa abandonada e preso em uma corrente. “Mesmo com todo esse sofrimento, ele é super amoroso e ama um colo e um abraço”, conta Liz.
“Ele é o famoso vira-lata. Quando eu vi a foto dele, meu coração disparou. Tive certeza que era ele. Meu marido queria uma fêmea e minha filha também, mas mudaram de ideia assim que conheceram Bilu pessoalmente.”
O match foi tanto que a família nem quis mudar o nome do cachorro. “Sempre que imaginávamos ter um animal de estimação, não conseguíamos chegar a um consenso, mas com ele foi tudo perfeito, até o nome.”
Por que adotar?
Em pouco tempo de convivência com sua nova família, Bilu já se tornou sinônimo de alegria, companheirismo e afeto.
“Acredito que com adoção tudo se transforma. A nossa vida, a vida deles. É um bem duplo: para seu novo ‘aumigão’, que não ocupa mais espaço no canil, e para as ONGs ou protetores, que podem fazer novos resgates e, principalmente, fazer esses animais esquecerem de tudo que passaram.”
Denise Fontana, uma das protetoras da Granja Viana, explica que os animais que são retirados das ruas são eternamente agradecidos por essa oportunidade de ganharem uma nova realidade.
“E o cachorro tem uma coisa muito importante que o ser humano não tem, eles têm a capacidade de virar a página e contar uma nova história sempre, uma nova história cheia de amor. Eles são muito gratos eternamente.”
No caso de Bilu, ele conseguiu virar essa página mesmo não sendo mais filhote. Sabendo que é mais difícil para os animais mais velhos conseguirem novos tutores, Liz e sua família já haviam decidido optar por um cachorro adulto mesmo antes de conhecer seu novo “aumigo”.
Não precisa ter medo de adotar
Os animais em situação de vulnerabilidade só querem uma coisa: receber e dar amor. Isso não muda o fato de que cada animal tem características e necessidades distintas e, por isso mesmo, é preciso que as ONGs e protetores avaliem os candidatos a novos tutores.
“Às vezes, uma família se candidata apenas pela aparência do cachorro, mas o perfil dele não bate com o da família, por exemplo. Uma família super calma, metódica, querer adotar um cachorro agitado não dá certo. O ideal é um animal que também seja calminho”, explica Denise.
Além de analisar o perfil do animal e dos candidatos a tutores, a ONG Protetoras Independentes da Granja Viana também estipula dez dias de experiência do cachorro com a família para saber se o animal vai se adaptar à dinâmica dos novos tutores.
Adotar exige responsabilidade, por isso é importante o candidato a tutor estar atento ao perfil dos animais que combinam com seu estilo de vida e local de moradia. Mas o mais importante de tudo é sempre estar com o coração aberto para receber esses animais.
“Adoção é um ato de amor, quando você olha o animalzinho, seja no canil ou no aplicativo, você simplesmente sabe que é ele/ela e aquele receio vai todo embora porque você se apaixona por alguém que só quer receber um carinho e ter um lar. Adoção é tudo de bom!”, completa Liz.
Conheça o app PetPonto
Lançado no final de agosto, o aplicativo gratuito PetPonto conecta ONGs e protetores de animais a possíveis adotantes e está disponível nos sistemas iOS e Android.
Já é possível visualizar mais de 750 perfis de cachorros e gatos para dar “match” com um melhor amigo e realizar buscas personalizadas por geolocalização, gênero do animal, idade e porte, além da necessidade de ser bom com outros pets e/ou crianças.
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