terça-feira, 21 de setembro de 2021

 Heroínas da pátria

Quem foram as mulheres que fizeram a diferença no 7 de setembro?

Além de Maria Quitéria, que lutou no batalhão de resistência de voluntários do príncipe, Os Periquitos, muitas mulheres participaram da emancipação política do Brasil, e embora a presença feminina nas lutas pela Independência não tenham números significativos, seja por pouco envolvimento militar ou falta de registros históricos, algumas marcaram presença e gravaram seus nomes em movimentos políticos brasileiros pró-Independência e até mesmo pró-república.

Para dar a visibilidade que elas merecem, o historiador Rodrigo Trespach, autor de Personagens da Independência do Brasil, publicado pela Editora 106, listou aquelas que, mesmo em uma sociedade patriarcal em que as mulheres exerciam papeis secundários, foram à luta.


Maria Quitéria: primeira mulher a servir oficialmente o exército brasileiro, era uma exímia caçadora e amazona, hábil no manejo de armas de fogo. Como seus irmãos homens eram menores e não poderiam servir as tropas na Independência da Bahia, Quitéria dirigiu-se à casa da irmã Teresa, conseguiu emprestado o uniforme do cunhado José Cordeiro de Medeiros e alistou-se travestida de “soldado Medeiros” no Batalhão dos Voluntários do Príncipe, o “Batalhão dos Periquitos”. Será que seu disfarce foi descoberto? Entre suas conquistas estão a coroação de honras de Primeiro Cadete, no dia 2 de julho de 1823, pelo general Labatut, com uma grinalda confeccionada no Convento da Lapa, e posteriormente, em 20 de agosto, em uma sessão no Paço Imperial, recebeu do imperador a insígnia de cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro. “Concedo-vos a permissão de usar esta insígnia como um distintivo, que assinale os serviços militares, que com denodo raro entre os mais de vosso sexo, prestastes à causa da Independência do Império”, disse d. Pedro I.

Barbara de Alencar: a matriarca dos Alencar, apesar de constar no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, só ganhou seu devido reconhecimento em suas ações na política e no seu papel nas Guerras da Independência, quase dois séculos depois, quando foi considerada a primeira presa política do Brasil. Após ficar viúva, aos 49 anos, assumiu os negócios da família, que incluíam propriedades rurais, engenhos e uma fábrica de utensílios de cobre.

Considerada por historiadores modernos como uma mulher sanguínea e nervosa, embora escrupulosa, a Dona Barbara do Crato, como era conhecida, jamais perdeu o interesse nos estudos e ciência. Ao ler clássicos da literatura universal para a população pobre da região, na calçada de sua casa, e manter seu conhecimento aguçado, ajudou a compartilhar ideias iluministas e de república. Teria ela passado ilesa?

Joana Angélica: a Irmã das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição foi considerada a primeira heroína da Independência, além de caridade e dedicação à sua fé, tornando-se vigária e, por fim, abadessa do convento, cargo que ocupou durante a Guerra da Independência na Bahia. Contam muitos livros de História que Joana tentou impedir a invasão dos portugueses ao Convento da Lapa, no dia 19 de fevereiro de 1822. Uma força religiosa descomunal. Apesar da vitória dos portugueses, a luta pela Independência estava apenas começando. Dezessete meses depois, o líder da invasão, o tenente-coronel Madeira de Melo se retirou para Portugal, deixando Salvador em mãos brasileiras.

 

Ficha Técnica: Personagens da Independência do Brasil– Os principais nomes da emancipação política do país e da história de Sete de Setembro

Autor: Rodrigo Trespach

Páginas: 224

Formato: brochura, 16x23x1,4cm

Peso: 390g

Preço: R$ 56,90

ISBN versão impressa: 978-65-88342-09-1

ISBN versão ebook: 978-65-88342-04-6

Gênero: História, Independência do Brasil, Biografias

Sobre o autor: Rodrigo Trespach nasceu em Osório (RS). Historiador, pesquisador e escritor, é autor de 15 livros, incluindo da série Personagens, além de diversos artigos e matérias para jornais e revistas nacionais e internacionais. Mais sobre o autor em www.rodrigotrespach.com.

Sobre a editora: A Editora 106 nasceu do encontro entre Omar Souza, editor com mais de 22 anos de experiência em diversas casas editoriais de renome, e a psicanalista Fernanda Zacharewicz, proprietária da Aller Editora, especializada em livros voltados para o universo psicanalítico. Com um escopo editorial que se reflete nos vários selos sob os quais publica suas obras, como: 106 Biografias, 106 Ideias (ensaios, Filosofia, História etc.), 106 Pessoas (desenvolvimento pessoal, espiritualidade, negócios etc.), 106 Histórias (ficção histórica e contemporânea), 106 Clássicos (obras e autores consagrados), 106 Crônicas (textos produzidos por alguns dos melhores cronistas nacionais e internacionais), entre outros, a editora prioriza representar os mais diversos públicos.

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