Especialista explica como o atual cenário afeta a produção cinematográfica brasileira.
Coordenadora do curso de Cinema do CEUNSP, Lilian Solá Santiago, explica como a pandemia refreou produções já em andamento e aponta que o setor precisa se reinventar para sobreviver
Salto e Itu, 18 de junho de 2021. – O setor audiovisual é um dos segmentos mais importantes para a economia de um país. No Brasil pré-pandemia, as produções chegaram a representar 1,67% do PIB brasileiro, o que adicionou mais de R$ 20 bilhões por ano na economia. Isso significa dizer que a cada R$ 1,00 de dinheiro público investido, houve um retorno de R$ 2,60 em tributos.
De acordo com Lilian Solá Santiago, coordenadora do curso de Cinema do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional, as produções nacionais geram empregos diretos e aumentam a visibilidade e influência de nossa cultura sob outras nações, e acaba atraindo mais investimentos para o país.
Entretanto, com a pandemia, as produções tiveram suas gravações paralisadas e houve o fechamento temporário das salas de cinema. Dados divulgados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) mostram que no ano passado, apenas 60 títulos brasileiros foram lançados. Uma queda brutal em comparação aos 167 filmes que estrearam em 2019.
Como solução, as empresas estão optando cada vez mais por produções destinadas para as plataformas de streamings, Vídeo On Demand (VOD), que estão sendo as principais janelas de reproduções em formato cinematográfico para o período. “Mesmo que esses recursos de distribuição não ofereçam tanto retorno financeiro como o cinema, eles são uma oportunidade para que as produções brasileiras tenham mais visibilidade em território nacional e internacional”, afirma Lilian.
A professora também explica que os novos protocolos de segurança estabelecidos geram mais gastos para as empresas audiovisuais. “Os custos de se adaptar às normas de segurança são altos, e muitas produtoras preferem ou não podem se arriscar a elevar assim os valores de produção”, explica.
Apesar do futuro incerto, a especialista acredita que o cinema nacional não vai acabar, afinal, segundo ela, as pessoas são seres sociais e necessitam de arte e cultura para desenvolver senso crítico e ressignificar a sua realidade.
“Com a pandemia, o audiovisual ainda sofre com os impactos do isolamento social e econômico. Precisamos utilizar novos meios de exibição das obras que fazem uso da tecnologia para disseminar o conteúdo audiovisual e garantir a sobrevivência do setor. Pensando no futuro, até vencermos a Covid-19 e voltarmos ao normal, produtores, exibidores e as distribuidoras precisarão continuar se reinventando em sua estrutura de produção e reprodução, e buscar alternativas para contabilizar os dados de espectadores que antes as bilheterias traziam”, ressalta Lilian.
Produção audiovisual do CEUNSP se adapta à pandemia
Reconhecido pelo seu Festival de Cinema Curta Salto, o CEUNSP também adaptou o formato das aulas do curso de Audiovisual durante a pandemia. Foi necessário planejamento e criatividade por parte dos docentes e alunos para desenvolver novas forma de produzir conteúdo. “Atualmente estamos trabalhando com mais leituras, exercícios e atividades que podem ser desenvolvidas remotamente, sempre pensando no protagonismo e na prática em equipe dos estudantes, que é a base do ensino da instituição”, explica Lilian.
Com a pandemia, a instituição está produzindo uma série de filmes de curta metragem de 1 minuto, desenvolvidos para serem filmados à distância. “Os alunos formandos estão com oito filmes de curta metragem, de aproximadamente 15 minutos, em fase de produção, preparando para captação de recursos e esperando para que possam ser gravados no próximo ano, com toda a equipe já vacinada”, conclui a docente.
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Sobre o Ceunsp - Com 60 anos de tradição e dois campi – Itu e Salto –, o Ceunsp é reconhecido por seu ensino de qualidade, com ótimos indicadores comprovados pelo MEC, Enade e Guia da Faculdade e considerado um dos maiores complexos educacionais da região. Oferece cursos de graduação e pós-graduação em diversas áreas do conhecimento e conta com mais de 14 mil alunos. A Instituição integra o grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados, como Universidade Cruzeiro do Sul e Universidade Cidade de São Paulo – Unicid (São Paulo/SP), Universidade de Franca - Unifran (Franca/SP), Centro Universitário do Distrito Federal - UDF (Brasília/DF, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - Ceunsp (Itu e Salto/SP), Faculdade São Sebastião – FASS (São Sebastião/SP), Centro Universitário Módulo (Caraguatatuba/SP), Centro Universitário Cesuca (Cachoeirinha/RS), Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG (Bento Gonçalves e Caxias do Sul/RS), Centro Universitário de João Pessoa – Unipê (João Pessoa/PB), Centro Universitário Braz Cubas (Mogi das Cruzes/SP) e Universidade Positivo (Curitiba, Londrina e Ponta Grossa /PR), além de colégios de educação básica e ensino técnico. Visite: www.ceunsp.edu.br e conheça o Nosso Jeito de Ensinar.
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