sexta-feira, 25 de junho de 2021

 Theatro São Pedro apresenta a rivalidade entre Mozart e Salieri,

 

na ópera de Rimsky-Korzakov,

 

e, em homenagem a Stravinsky, estreia Renard 

 

Nos dias 26 e 27 de junho, sobem ao palco do Theatro São Pedro duas óperas de compositores russos: Renard, de Igor Stravinsky, e Mozart e Salieri, de Nikolai Rimsky-Korsakov.  Espetáculo conta com direção musical de André dos Santos e direção cênica de William Pereira

 

 

                                                                  Crédito: Heloísa Bortz

 

         

           A ópera está de volta ao palco do Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, gerido pela organização social Santa Marcelina Cultura. No próximo final de semana, estreia um espetáculo com dois títulos de compositores russos: Renard, de Igor Stravinsky, que lembra os 50 anos de morte do compositor, e Mozart e Salieri, de Nikolai Rimsky-KorsakovAs récitas acontecem no sábado, dia, 26, às 18h, e no domingo, dia 27, às 17h. Os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia). 


 

          O espetáculo conta com direção musical de André dos Santos, que comanda a Orquestra do Theatro São Pedro, direção cênica de William Pereira, iluminação de Caetano Vilela, coreografia de Anselmo Zolla e produção de figurino de Fabio Namatame.  A montagem tem a participação de quatro bailarinos e um elenco formado por Savio Sperandio, (Salieri), Giovanni Tristacci (Mozart), Daniel Umbelino (tenor) e Anderson Barbosa (baixo).

 

“As duas óperas são interessantíssimas pelo tema que tratam e pela proximidade temporal de suas composições, além da proximidade dos seus autores. É um programa que tem uma riqueza muito grande no momento em que coloca próximos Stravinsky, e Rimsky-Korsakov, dois compositores fundamentais da música russa. Existem muitas relações entre os dois compositores. Ter em um mesmo programa os dois é poder proporcionar ao público uma descoberta porque essas relações não são necessariamente de sintonia e convergência de pensamento composicional musical. Essa proximidade também  coloca em evidência as diferenças entre os dois”, destaca Paulo Zuben, diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura.  

 

RENARD 

Composta entre 1915 e 1916, Renard estreou somente em 1922, em um espetáculo dos Ballets Russes, companhia de Diághilev, na Ópera de Paris., em um programa duplo, ao de lado de  Mavra. A coreografia foi de Bronislawa Nijinska (irmã do célebre Vaslav Nijinsky), que dançou o papel da Raposa. Conto da Raposa, Galo, Gato e Carneiro – ou simplesmente Renard (Raposa), como ficou conhecida na tradução francesa do suíço Ramuz, parceiro do compositor em obras como A História do Soldado Les Noces (As Bodas). Com libreto baseado em contos folclóricos russos, Renard mostra em cena quatro animais, o galo, a raposa, o gato e o bode. Ela foi criada para que os atores não deixassem o palco. Cada animal representa, em cena, características um tanto quanto humanas, transitando pela ironia de forma provocativa. Stravinsky escreveu na partitura: “A peça é representada por palhaços, dançarinos ou acrobatas, se possível em tablados montados diante da orquestra. Os atores não deixam o palco um só instante. Apresentam-se diante do público ao som de uma pequena marcha que serve de introdução e saem da mesma maneira”. 

Na montagem que sobe ao palco do Theatro São Pedro, teremos quatro bailrinos com coreografia de Anselmo Zolla e a participação dos cantores Daniel Umbelino e Giovanni Tristacci (tenores) e Anderosn Barbosa e Savio Sperandio (baixos).  

 

MOZART e SALIERI  

Aleksandr Púchkin (1799-1837) criou a primeira elaboração estética do mito de um Salieri invejoso, que assassina o talentoso Mozart: a peça em um ato Mozart e Salieri é uma das quatro Pequenas Tragédias que ele escreveu em meio a uma quarentena, por uma epidemia de cólera, em 1825. Em 1897, Nikolai Rímsky-Korsakov compôs uma ópera a partir do libreto de Púchkin, praticamente na íntegra, fazendo apenas pequenos cortes na fala de Salieri.   A primeira audição doméstica da partitura teve ao piano ninguém menos que Serguei Rachmaninov. A estreia ocorreu em novembro de 1898, na Ópera Privada Russa de Moscou, com cenografia do célebre pintor Mikhail Vrúbel (1856-1910).  

A suposta rivalidade entre Mozart e Salieri foi ainda tema da peça do escritor britânico Peter Shaffer Amadeus (1979), que inspirou o filme homônimo de Milos Forman.  

 

Com direção audiovisual de Giuliano Saade, o espetáculo será gravado e transmitido posteriormente pelo canal de YouTube do Theatro São Pedro: youtube.com/TheatroSaoPedroTSP 

 

Bilheteria 

Não haverá venda de ingressos na bilheteria do Theatro São Pedro. Os ingressos para todos os espetáculos devem ser adquiridos exclusivamente pelo site: https://theatrosaopedro.byinti.com/ 

 

SERVIÇO:  

 

RENARD | IGOR STRAVINSKY 

 

MOZART e SALIERI | NIKOLAI RIMSKY-KORSAKOV
Libreto: Alexander Pushkin 

 

ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO
André dos Santos, direção musical e regência
William Pereira, direção cênica
Caetano Vilela, iluminação
Anselmo Zolla, coreografia
Fabio Namatame, produção de figurino
Giuliano Saade, direção de audiovisual 

 

Elenco | Renard
Giovanni Tristacci, tenor
Daniel Umbelino, tenor
Sávio Sperandio, baixo
Anderson Barbosa, baixo

Bailarinos
Alexandre Nascimento, Gato
André Neri, Bode
Jefferson Damasceno, Raposa
Joaquim Tomé, Galo 

 

Elenco | Mozart e Saliei 

Giovanni Tristacci, Mozart
Sávio Sperandio, Salieri

Coro
Ludmilla Thompson, soprano
Luisa Aguilar, soprano
Fernanda Nagashima, mezzo-soprano
Nathália Serrano, mezzo-soprano
Daniel Umbelino, tenor
Mikael Coutinho, tenor
Anderson Barbosa, baixo
Gustavo Lassen, baixo 

 

DATAS: 26 de junho, sábado. 18h
27 de junho, domingo, 17h
LOCAL: Theatro São Pedro
ENDEREÇO: Rua Barra Funda, 161 – Barra Funda, São Paulo/SP
INGRESSOS: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)

 

Theatro São Pedro 

Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país. Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando sua própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade. 

 

Santa Marcelina Cultura 

Eleita a melhor ONG de Cultura de 2019, além de ter entrado na lista das 100 Melhores ONGs do ano, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Criada em 2008, é responsável pela gestão do Guri na Capital e região Metropolitana de São Paulo e da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim). O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. Desde maio de 2017, a Santa Marcelina Cultura também gere o Theatro São Pedro, desenvolvendo um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro. Para acompanhar a programação artístico-pedagógica do Guri Capital e Grande São Paulo, da EMESP Tom Jobim e do Theatro São Pedro, baixe o aplicativo da Santa Marcelina Cultura. A plataforma está disponível para download gratuito nos sistemas operacionais Android, na Play Store, e iOS, na App Store. Para baixar o app, basta acessar a loja e digitar na busca “Santa Marcelina Cultura”. 

Nenhum comentário: